Sem previsão de encontro com governadoriáveis, o pré-candidato ao Senado Henrique Meirelles (PSD) deve dedicar sua primeira visita a Goiás em 2022 a conversas internas no partido, que ainda discute formação de chapas para deputados estadual e federal, e ao recebimento de comitiva de prefeitos e vereadores de cidades do interior do Estado.Meirelles permanece como secretário da Fazenda de São Paulo e teve sua última agenda em solo goiano em dezembro de 2021. A união desses dois fatores, inclusive, chegou a ser usada como argumento para especulações de que ele poderia desistir da disputa à vaga de senador na eleição deste ano, o que foi negado por ele ao POPULAR em 15 de fevereiro.À época, ele disse que deve deixar o governo paulista durante o mês de março. “Sou uma pessoa que cumpre as minhas responsabilidades. Tem gente que joga tudo para o alto e sai correndo. Eu não. Sempre cumpro as minhas obrigações até o final”, afirmou na semana passada, quando anunciou que voltaria a Goiás ainda em fevereiro.Sobre o possível recuo da pré-candidatura, o pessedista atribuiu o que chamou de boatos a “adversários”, mas sem citar nomes. “É normal. Os candidatos estão tentando se posicionar e ficam, cada um, espalhando coisas que acham que vão ajudá-los pelo menos temporariamente.”Até o momento, são três os principais nomes com interesse na disputa ao Senado por Goiás: os presidentes de PP e Republicanos, Alexandre Baldy e João Campos, respectivamente, e o deputado federal Waldir Soares (União Brasil). O nome do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) também aparece como cotado à disputa.Meirelles chega a Goiás na noite desta quarta-feira (23) e fica até a sexta-feira (25). A demora na desincompatibilização, assim como em intensificar as ações de pré-campanha, deve ser o assunto principal de reunião nesta quarta-feira à noite com pré-candidatos do PSD a deputado estadual e deputado federal, assim como com o senador Vanderlan Cardoso e o presidente do partido, Vilmar Rocha.A expectativa é de que se bata o martelo, por exemplo, a respeito da escolha de um local para montagem de seu escritório político na capital — desde o ano passado, o pessedista tem feito reuniões e encontros em um hotel da cidade. Pelo apurado, sua equipe tem quatro opções de locais para apresentar a ele.A respeito da demora em intensificar ações de pré-campanha, Meirelles disse ao POPULAR, na semana passada, que é uma questão estratégica. “Janeiro, todos já tinham me dito, era um mês em que estavam todos fora, e que o momento de retomar a agenda seria na segunda metade de fevereiro, quando todos voltam.”