Com sete casos recentes de mortes provocadas por policiais militares em Goiás em investigação, o governador Ronaldo Caiado (DEM) disse que não vai fazer prejulgamentos e que apontar excessos é "uma conclusão simplista diante da relevância da Polícia". Desde 2019, as supostas mortes em confronto em Aragarças, Valparaíso, Goiânia, Trindade e Inhumas estão sendo apuradas. O último caso ocorreu em Cristalina, onde três trabalhadores rurais que teriam saído para caçar javalis foram alvos de 43 tiros de policiais no dia 25 de novembro. Em outubro, O POPULAR mostrou que Goiás é o segundo Estado com maior taxa de mortes pela polícia, considerando dados do primeiro semestre deste ano, ficando atrás apenas do Amapá e com crescimento de 19% em relação ao mesmo período de 2019.O blog falou com o democrata sobre os episódios e questionou se seu governo não está respaldando mortes injustas.- O que sr. tem a dizer sobre os três trabalhadores mortos por policiais com 43 tiros em Cristalina?Vou esperar a conclusão do inquérito para falar.- Não acha que esses casos recentes indicam excessos por parte de alguns integrantes da PM que devem ser combatidos?Seria uma conclusão simplista diante da importância e da relevância que tem a Polícia Militar de Goiás. Não vou generalizar. Isso não pode.- Mas não o preocupa que tenha havido tantos casos recentes?A única coisa que tem me preocupado é como recebi o Estado com um número grande de homicídios e latrocínios e que conseguimos reduzir. Nenhum governo salvou tantas vidas quanto o meu. A minha prioridade é a segurança da minha população. Acabamos de anunciar uma operação importante, a do Natal Seguro II, com aumento de efetivo e planejamento para evitar que qualquer cidadão sofra com crimes. É isso que tem sido feito.- Mas os excessos não são incoerentes com o discurso de melhoria da segurança?Ninguém está falando em defesa de excessos. Mas temos uma polícia altamente profissional e que tem apresentado resultados. Pra que prejulgar antes de ser concluídos os inquéritos?****E-mail: fabiana.pulcineli@opopular.com.brTwitter: @fpulcineliFacebook: fabiana.pulcineliInstagram: @fpulcineli