Atualizada às 23h14 do dia 07 de novembro de 2022Em reunião com produtores rurais nesta segunda-feira (7) para discutir a contribuição sobre a produção agropecuária, revelada pelo POPULAR no dia 1º, o governador Ronaldo Caiado (UB) anunciou a criação de secretaria que cuidará da infraestrutura e que a pasta será comandada por Pedro Sales, atual presidente das agências de Infraestrutura e Transporte (Goinfra) e de Habitação (Agehab).O POPULAR também já havia revelado no dia 13 de outubro que o governo vinha estudando a criação de pelo menos três secretarias (Infraestrutura, Planejamento e Emprego e Renda). A primeira foi defendida pelo próprio Pedro Sales, que apresentou minuta com a proposta. Ainda não está definido se o nome será Secretaria de Infraestrutura ou de Cidades."Esse dinheiro não irá para o Tesouro. Irá para a Secretaria de Infraestrutura. A Secretaria de Economia não verá nem o cheiro desse recurso. Vai ter conselho constituído por vocês, que vai direcionar o que deve ser feito com essa verba, para que não tenha dúvida de que governo cumpriu o compromisso que foi acertado de investimentos. O dinheiro não é pra ser usado para outra finalidade", afirmou o governador.Depois da divulgação dos estudos para criar a cobrança, Caiado resolveu se reunir com o setor antes do encontro com os deputados estaduais, marcado para esta quarta-feira (9). O governo pretende mandar o projeto de lei com a proposta da contribuição nos próximos dias. "Não sou homem de mandar recado e nem de tratar pelas costas. Sei da dificuldade do setor, mas todos nós estamos em momento de superação", afirmou o governador.Conforme mostrou O POPULAR, o governo goiano quer seguir exemplo de outros estados do Centro-Oeste que já têm a cobrança. O modelo deve ser igual ao do Mato Grosso, com cobranças sobre operações internas e externas de todos os setores. A expectativa é de arrecadar de R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão por ano, com destinação para infraestrutura.O governador já havia estudado a possibilidade de criação em duas ocasiões anteriores, no início de seu primeiro mandato, em 2019, e no começo do ano passado, mas recuou. Em 2021, ele chegou a se reunir com lideranças de entidades representantivas e propor a criação de um conselho gestor, com nomes indicados pelo setor, para monitorar a destinação dos recursos. Agora, o governo alega necessidade de compensar perdas da arrecadação com o limite de ICMS dos combustíveis e energia. A previsão é de R$ 5,5 bilhões a menos no Orçamento de 2023. Os presidentes da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), José Mário Schreiner e Gilberto Marques Neto, além de outras entidades, participam da reunião, que teve início às 15 horas, no Auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Leia também:- Bruno D’Abadia deixa o comando da Secretaria de Administração- Caiado negocia transferência de R$ 1,1 bi para suprir demanda do FCO****E-mail: fabiana.pulcineli@opopular.com.brTwitter: @fpulcineliFacebook: fabiana.pulcineliInstagram: @fpulcineli-Imagem (1.2556531)