Sob alegação de que precisa de "musculatura", o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, pediu apoio do PP e de 40 prefeitos bolsonaristas das maiores cidades em Goiás para fechar a filiação ao PL. Ele já esteve com o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, na semana passada e terá nova conversa às 11 horas desta quarta-feira (26), em Brasília.Apesar dos entusiastas da filiação já estarem anunciado a assinatura da ficha nesta semana, a previsão é que a definição fique para mais adiante.Gustavo, que inicialmente queria evitar montar palanque para o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Goiás, já admite o apoio. "Eu não teria dificuldades de apoiar Bolsonaro. Na minha base hoje eu tenho muito mais pessoas que defendem a candidatura dele", afirmou ao blog. Ele não quis confirmar os termos das articulações com Valdemar Costa Neto, mas admite que tem de "fazer muitos cálculos sobre perdas e ganhos" do destino partidário e que "precisa de reforços que vão além de recurso financeiro".Nos bastidores, aliados de Gustavo afirmam que ele tem de jogar alto nas negociações para tornar a filiação "atrativa" e compensar desgastes que virão com o apoio ao presidente Bolsonaro. PL e PP fazem parte do chamado Centrão no Congresso e apoiam a reeleição de Bolsonaro. Valdemar tem grande influência no grupo. Além do PP, o prefeito defende união com partidos menores da base bolsonarista.Os deputados federais Magda Mofatto, que comanda o PL em Goiás, e Professor Alcides (PP), articulam encontro de Gustavo com o presidente Bolsonaro. O pepista chegou a anunciar em vídeo nas redes sociais que o prefeito assinaria filiação ao PL no gabinete do presidente nesta terça-feira (25). Gustavo negou que tenha agendado audiência com Bolsonaro e afirmou que pretende definir o novo partido em meados de fevereiro.O PP, comandado pelo ex-deputado Alexandre Baldy em Goiás, compõe hoje a base do governador Ronaldo Caiado (DEM), com indicação de Joel Sant´Anna Braga, irmão do dirigente pepista, na Secretaria de Indústria e Comércio (SIC). Apesar de insatisfações recentes manifestadas por Baldy e pelo prefeito de Anápolis, Roberto Naves, especialmente com o MDB, Caiado e aliados atuam para manter o partido, que é o segundo maior do Estado em número de prefeitos (30), no grupo governista.Outro caminho possível para Gustavo é o Podemos, que na semana passada entregou o comando do partido em Goiás ao vice-prefeito de Aparecida, Vilmar Mariano. A possível desfiliação do ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato a presidente da República, favorece Gustavo, que havia colocado freio nas conversas com a sigla diante da possibilidade de o União Brasil (futuro partido resultado da fusão DEM-PL) apoiar o pré-candidato. Caiado será o presidente do União Brasil em Goiás.****E-mail: fabiana.pulcineli@opopular.com.brTwitter: @fpulcineliFacebook: fabiana.pulcineliInstagram: @fpulcineli-Imagem (1.2372532)