Após saber da prisão de seu ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (22) que “ele que responda pelos atos dele” e que, se a Polícia Federal prendeu, é porque “tem motivo”. A declaração vem menos de três meses depois de o presidente dizer que “colocava a cara no fogo” diante de denúncias contra Ribeiro.Segundo Bolsonaro, o ex-ministro mantinha "conversa informal demais com pessoas de confiança dele" e que isso pode ter o prejudicado."Se a PF prendeu, tem um motivo", disse em entrevista à rádio Itatiaia de Minas Gerais.Em março deste ano, o presidente chegou a dizer que o ex-ministro era vítima de uma covardia. “O Milton, eu boto minha cara no fogo por ele. Estão fazendo uma covardia”, declarou.“Balcão do Mec” e prisãoO ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o pastor de Goiânia, Gilmar Santos, foram presos na manhã desta quarta-feira (22) em uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Ministério da Educação. A informação é do jornal Folha de São Paulo.Além das prisões, a PF teria cumprido mandados de busca e apreensão em endereços de Ribeiro, Santos e também do pastor Arilton Moura.Conforme informações da PF, a operação Acesso Pago tem como objetivo apurar a apontada prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação.Leia também:Pastor de Goiânia e ex-ministro da Educação são presos em operação da PF, diz jornalO órgão destacou que, com base em documentos, depoimentos e Relatório Final da Investigação Preliminar Sumária da Controladoria-Geral da União, reunidos em inquérito policial, foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas.Ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. “Outras medidas cautelares diversas, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos, também foram efetuadas”, informou a PF.As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal. A investigação corre sob sigilo.A reportagem tenta localizar a defesa dos envolvidos.