Fabiana Pulcineli

Em coligação com cinco dos dez maiores partidos do País em bancada na Câmara dos Deputados, o governador Ronaldo Caiado (UB) terá metade do tempo da propaganda eleitoral no rádio e na televisão. O espaço é mais que o dobro do que terá o segundo colocado na divisão: o candidato do PT, ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica (PUC Goiás) Wolmir Amado, contará com pouco mais de dois minutos.Os blocos de 10 minutos dos candidatos ao governo vão ao ar a partir do dia 26, às segundas, quartas e sextas, às 13 horas e às 20h30. No rádio, os programas serão transmitidos às 7 horas e às 12 horas.Além do maior tempo no bloco, Caiado também se beneficia com número bem mais elevado das pílulas, as inserções de 30 segundos veiculados ao longo do dia e que alcançam maior número de eleitores.A coligação de sete partidos do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota) garantirá a ele apenas 1 minuto na TV e no rádio. Já o deputado federal Vitor Hugo (PL), que sairá em chapa pura, terá 48 segundos.Leia também:<a href="https://opopular.com.br/noticias/politica/patriota-oficializa-mendanha-com-vice-da-mesma-legenda-1.2505016" target="_blank">-&nbsp;Patriota oficializa Mendanha com vice da mesma legenda</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/politica/marconi-diz-que-corrida-ao-senado-ajuda-proporcionais-1.2505004" target="_blank">-&nbsp;Marconi diz que corrida ao Senado ajuda proporcionais</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/politica/mendanha-diz-que-alian%C3%A7as-formadas-s%C3%A3o-suficientes-e-que-chegar%C3%A1-ao-2%C2%BA-turno-1.2504760" target="_blank">-&nbsp;Mendanha diz que alianças formadas são suficientes e que chegará ao 2º turno</a>A socióloga Cíntia Dias (PSOL) contará com 20 segundos e o empresário Edigar Diniz (Novo), com 16 segundos. Todos os três demais candidatos - a professora Helga Martins (PCB); o Professor Pantaleão (UP) e Vinicius Gomes da Paixão (PCO) - terão apenas 6,6 segundos, cada, referente ao tempo que é distribuído a todos igualitariamente.A projeção foi feito pela reportagem com base na legislação eleitoral, que prevê a contagem das bancadas dos seis maiores partidos de cada coligação. Pode haver mudança em caso de alteração no número de candidatos ou ainda na composição das coligações.O cálculo oficial será divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) em reunião com os partidos no dia 20 de agosto. Isso porque o registro das candidaturas só é finalizado no dia 15, conforme regras da legislação eleitoral.Além do União Brasil - que tem o maior tempo de televisão e fundo eleitoral do País, resultado da fusão DEM-PSL -, o governador Ronaldo Caiado conta com PP, PSD e MDB na coligação. Os três são a terceira, quarta e quinta maiores legendas no ranking de espaço na propaganda.O segundo lugar é do PT, o que beneficia Wolmir. O petista ainda tem o reforço da coligação com o PSB.Embora o peso da TV tenha reduzido, segundo analistas, nas últimas eleições, especialmente pelo “case” do presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha de 2018 - com foco nas redes sociais -, o espaço é considerado relevante para alcance do eleitorado, especialmente no caso das pílulas.Enquanto o grupo governista aposta que o desequilíbrio grande na distribuição favorece o governador, equipes dos candidatos da oposição afirmam que é possível passar mensagens importantes em 1 minuto e que o excesso de tempo também pode pesar contra.A propaganda vai até 29 de setembro, três dias antes do primeiro turno. Candidatos a presidente da República, senador e deputados estadual e federal também têm blocos de aparição na tevê.De acordo com a legislação eleitoral, no caso dos candidatos ao Executivo, 90% do bloco na TV e no rádio é distribuído proporcionalmente em razão do número de representantes na Câmara dos Deputados, enquanto os 10% restantes são divididos igualitariamente entre o total de candidatos.2018Caiado terá quatro vezes mais tempo de televisão do que na campanha de 2018. À época, ele ocupou o quarto lugar no ranking da distribuição da propaganda.O então governador José Eliton (PSDB) teve 3 minutos e 27 segundos nos blocos. O presidente do MDB, Daniel Vilela, que agora é candidato a vice na chapa de Caiado, contou com 2 minutos e 18 segundos. Em terceiro estava a candidata do PT, Kátia Maria, presidente do diretório estadual, com 1 minuto e 26 segundos.O governador, que havia se coligado com 12 partidos, mas a maioria nanicos, aparecia com 1 minuto e 19 segundos, além de apenas 4 pílulas por dia.<div attr-cid="policy:Image_1.2506997" attr-version="policy:Image_1.2506997" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.2506997" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.2506997', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.2506997">Imagem (Image_1.2506997)</a></div><div attr-cid="policy:Image_1.2506998" attr-version="policy:Image_1.2506998" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.2506998" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.2506998', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.2506998">Imagem (Image_1.2506998)</a></div><div attr-cid="policy:Image_1.2506999" attr-version="policy:Image_1.2506999" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.2506999" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.2506999', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.2506999">Imagem (Image_1.2506999)</a></div><div attr-cid="policy:Image_1.2507000" attr-version="policy:Image_1.2507000" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.2507000" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.2507000', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.2507000">Imagem (Image_1.2507000)</a></div><div attr-cid="policy:Image_1.2507001" attr-version="policy:Image_1.2507001" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.2507001" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.2507001', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.2507001">Imagem (Image_1.2507001)</a></div><div attr-cid="policy:Image_1.2507002" attr-version="policy:Image_1.2507002" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.2507002" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.2507002', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.2507002">Imagem (Image_1.2507002)</a></div><div attr-cid="policy:Image_1.2507004" attr-version="policy:Image_1.2507004" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.2507004" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.2507004', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.2507004">Imagem (Image_1.2507004)</a></div><div attr-cid="policy:1.2507010" attr-version="policy:1.2507010" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2507010" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2507010', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2507010">Imagem (1.2507010)</a></div>

Caiado deve ficar com a metade do tempo de TV na propaganda eleitoral

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Chega pra Cá#133: Marlise Matos, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher

<div attr-cid="policy:1.3208621" attr-version="policy:1.3208621:1733835884" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3208621" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3208621', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3208621">Chega pra Cá#133: Marlise Matos, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (1.3208621)</a></div>

Na eleição de 2022, 25% dos candidatos a deputado estadual e a deputado federal em todo o país receberam menos de 1% da votação dos candidatos eleitos com a menor quantidade de votos. Essa linha de corte foi usada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (Nepem), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para identificar “As Candidaturas com Votação Pífia no Legislativo Brasileiro”, nome da pesquisa cujo resultado foi publicado recentemente.

Não foi nenhuma surpresa para os pesquisadores a revelação de que o número de candidaturas com votação pífia é maior entre as mulheres do que entre os homens e que essa proporção é praticamente a mesma em todos os estados brasileiros.

Quem vai nos contar essa história e as revelações da pesquisa é a coordenadora-executiva do Nepem, a professora Marlise Matos. Professora Titular de Ciência Política da UFMG, Marlise é também copresidente do RC32 Gênero e Sociedade, da Associação Internacional de Sociologia.

Chega pra Cá #133: Marlise Matos, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher da UFMG

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O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) começou a julgar, nesta quarta-feira (27), as ações que tratam sobre a cassação da chapa de candidatos a deputados estaduais do PL de 2022, por suposta fraude à cota de gênero. Na sessão, o relator, desembargador Ivo Favaro, apresentou voto contra o pedido para que a chapa seja cassada, e foi seguido por Rodrigo de Melo Brustolin e Carlos Augusto Tôrres Nobre.

Já Adenir Teixeira Peres Júnior apresentou posicionamento divergente, votando pela cassação da chapa. A análise da matéria foi suspensa após a desembargadora Ludmilla Rocha Cunha Ribeiro pedir vista do processo. O presidente do TRE-GO, Luiz Cláudio Veiga Braga, e a desembargadora Alessandra Gontijo do Amaral decidiram aguardar a análise do processo por Ludmilla para, depois, se posicionarem.&nbsp;

No julgamento são analisados quatro processos com teor semelhante, que acusam o PL de, na eleição de 2022, ter lançado três candidaturas de mulheres apenas com o objetivo de cumprir o mínimo de 30% determinado pela legislação. As ações foram protocoladas pelo União Brasil e MDB; Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PCdoB e PV; pela presidente estadual do PSOL, Cintia Dias; e pelo vereador de Goiânia e suplente de deputado estadual Fabrício Rosa (PT).

Entre os principais argumentos está que duas candidatas não apresentaram documentos (como certidões e identidade) para o registro de candidatura. Os autores apontam que o PL teve prazo para sanar o problema ou substituir as mulheres, mas não fez a mudança. Em reação, com o indeferimento das candidaturas por falta de documentos, o partido tentou cortar cinco homens da chapa para alcançar o mínimo de 30%, mas não foi autorizado pela Justiça.&nbsp;

Se a Justiça Eleitoral julgar que o PL cometeu fraude à cota de gênero, a consequência prática é que os deputados estaduais do partido, Eduardo Prado, Major Araújo e Paulo Cézar Martins, vão perder seus mandatos. Como toda a chapa é cassada, a Justiça Eleitoral deve recalcular os votos válidos e determinar quem serão os três novos deputados. Na defesa, o PL tem apontado a boa-fé, citando que houve tentativa de contato com as candidatas para que elas apresentassem os documentos necessários para o registro e que o partido tentou alcançar o porcentual de 30% pela exclusão de candidatos homens.&nbsp;

Argumentos

Ao apresentar seu voto, Favaro apontou que o PL empreendeu esforços para solucionar o problema na sua chapa. Diante das provas apontadas, o relator disse não ter constatado omissão do partido. Ao expor seu posicionamento divergente, Peres Júnior argumentou que os problemas na documentação básica do registro de candidatura são incompatíveis com a vontade real de candidatura.

Ao seguir o relator, Nobre afirmou que não percebe a responsabilidade do partido na pendência documental dos casos. “Se alguma dúvida remanescer, a opção tem que ser invariavelmente pela improcedência, porque os efeitos são muito drásticos. (...) Na dúvida, você não pode aplicar a pena capital, invalidar mais de 240 mil votos”, disse Nobre.&nbsp;

O processo foi incluído na pauta do TRE-GO pela primeira vez em 18 de novembro de 2024, quando o Ministério Público Eleitoral (MPE) se posicionou a favor da cassação da chapa. Na oportunidade, o relator pediu vista da matéria e o julgamento foi então suspenso. A análise dos processos foi adiada pelo relator em outras três oportunidades, nas sessões dos dias 19, 21 e 25 de novembro.

TRE-GO começa julgamento de chapa do PL por fraude à cota de gênero

Deputados estaduais

O Ministério Público Eleitoral (MPE) se posicionou pela procedência das ações que tratam sobre a cassação da chapa de candidatos a deputados estaduais <a href="https://opopular.com.br/politica/ub-e-mdb-acusam-pl-de-fraude-em-provas-sobre-chapa-de-2022-1.3139357" target="_blank">do PL de 2022, por suposta fraude à cota de gênero.</a> O julgamento dos processos no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) foi suspenso, nesta segunda-feira (18), após o relator, desembargador Ivo Favaro, pedir vista das matérias. As regras da Corte não estipulam prazo para que o relator faça a análise.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Se a Justiça Eleitoral entender que o PL cometeu fraude na chapa que disputou eleição por cadeiras na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) em 2022, os deputados estaduais do partido, Eduardo Prado, Major Araújo e Paulo Cézar Martins, vão perder seus mandatos. Em seguida, a Justiça Eleitoral deve recalcular os votos válidos no pleito e determinar quem serão os três novos deputados.

Quatro ações de investigação judicial eleitoral foram analisadas no julgamento desta segunda. Uma delas foi proposta, em conjunto, pelo União Brasil (UB) e pelo MDB, partidos liderados em Goiás pelo governador Ronaldo Caiado (UB) e pelo vice, Daniel Vilela, respectivamente. No julgamento, o UB foi representado pela advogada Ana Vitória Caiado, filha do governador, que fez sustentação oral. Luciano Hanna é responsável pela ação do MDB.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/em-evento-caiado-sinaliza-para-transic-o-no-governo-1.3200951" target="_blank">Em evento, Caiado sinaliza para 'transição' no governo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/governador-cita-perda-de-tempo-com-discuss-es-inferteis-1.3200954" target="_blank">Governador cita perda de tempo com discussões 'inférteis'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/ub-e-mdb-acusam-pl-de-fraude-em-provas-sobre-chapa-de-2022-1.3139357" target="_blank">UB e MDB acusam PL de fraude em provas sobre chapa de 2022</a></div>

O segundo processo foi iniciado pela Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PCdoB e PV, representada pelo advogado Edilberto Dias. As outras duas ações foram propostas pela presidente estadual do PSOL, Cintia Dias, e pelo vereador de Goiânia e suplente de deputado estadual Fabrício Rosa (PT). Na eleição deste ano, Rosa foi reeleito na capital para mandato de 2025 a 2028 na Câmara de Goiânia. Cintia foi representada pela advogada Nara Bueno e Fabrício, por Diogo Mota.

Os advogados de cada processo foram ouvidos individualmente, mas o relator decidiu que apresentará voto único para as quatro ações.

Os partidos e políticos que levaram à Justiça o questionamento sobre a chapa do PL argumentam que a sigla lançou três candidaturas fictícias de mulheres, apenas com o objetivo de cumprir o mínimo de 30% estipulado pela cota de gênero. Durante o julgamento, os advogados classificaram duas candidatas como “laranjas profissionais”.

Entre os argumentos apresentados está que as duas candidatas não apresentaram documentação mínima (como certidões, documentos sobre escolaridade e identidade) para o registro de candidatura. Diante da situação, o PL teve prazo para substituir as mulheres, mas não o fez. O partido tentou cortar cinco homens da chapa para alcançar o porcentual de 30% de mulheres, mas a Justiça Eleitoral não autorizou essa mudança.

<h2>Argumento</h2>

No julgamento, o procurador regional eleitoral, Marcello Wolff, destacou que a resolução nº 23.735 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece o que é considerado fraude. O dispositivo cita, entre outros pontos, a prática de atos com aparência de legalidade, mas destinados a frustrar os objetivos de normas eleitorais; a obtenção de votação zerada ou irrisória de candidatas; a prestação de contas com idêntica movimentação financeira; e a ausência de atos efetivos de campanha em benefício próprio.

O texto também descreve como “fraude à cota de gênero a negligência do partido político ou da federação na apresentação e no pedido de registro de candidaturas femininas, revelada por fatores como a inviabilidade jurídica patente da candidatura, a inércia em sanar pendência documental, a revelia e a ausência de substituição de candidata indeferida”.

“O partido incidiu duplamente nas circunstâncias que revelam a ocorrência da fraude. Deixou de suprir a deficiência documental e deixou de substituir as candidatas interferidas”, disse Wolff. O procurador também afirmou que não há base legal para excluir os candidatos homens da chapa, da forma como o PL tentou fazer. “Não é hipótese de exclusão de candidato. O partido tinha o dever de lançar novas candidatas mulheres. Se não fez isso, é porque chegou ao pleito eleitoral despreparado”, disse Wolff.

O procurador concluiu que “o partido lançou candidaturas fictícias e isso foi constatado por circunstâncias objetivas, que é a ausência de esforço para sanar pendências documentais e fazer substituição adequada a tempo e a hora”. “E, com isso, (o PL) chegou às eleições de 2022 com um porcentual de 25% de mulheres”, apontou Wolff.

<h3>Tentativa</h3>

Na defesa do PL, o advogado Leonardo de Oliveira Pereira Batista rebateu as acusações de fraude. Batista disse que ele mesmo conversou com as duas candidatas para que elas apresentassem a documentação que estava faltando e foi informado que elas tinham passado os dados para suas advogadas. De acordo com Batista, para demonstrar boa-fé, o partido decidiu “cortar candidatos na própria carne”, ao tentar excluir cinco homens da chapa.

Ao longo do julgamento, os advogados Dalmy Alves de Faria e Bruno Pena também fizeram sustentação oral, em defesa dos deputados Paulo Cezar e Major Araújo. Batista representa Eduardo Prado. Em sua fala, Pena apontou que um dos processos foi proposto pelo União Brasil, de Caiado, contra parlamentares que fazem oposição ao governo estadual na Alego. A alegação foi rebatida por Mota, advogado de Fabrício, que destacou que seu cliente é oposição a Caiado.

<h4>Capital</h4>

Fabrício, inclusive, assumiu cadeira como vereador de Goiânia em abril deste ano, após a Justiça Eleitoral cassar as chapas do PMB e do Agir por fraude à cota de gênero. Além disso, na capital, as chapas de vereador do PRTB e do Cidadania foram cassadas pelo mesmo motivo. As decisões relacionadas a este tipo de fraude já levaram sete vereadores a perderem seus mandatos.

MPE se posiciona a favor da cassação de chapa do PL

Justiça eleitoral

Os últimos dias de campanha em Aparecida de Goiânia e Anápolis são marcados por intensificação da troca de ataques entre os candidatos e consequente batalha judicial para retirar do ar conteúdos dos adversários. As duas cidades com disputa de segundo turno, além de Goiânia, vivem trocas de papéis, em que Professor Alcides (PL) e Antônio Gomide (PT), que lideravam as pesquisas, chegaram atrás na votação de 6 de outubro e mudaram por completo as estratégias.

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Já Leandro Vilela (MDB) e Márcio Correa (PL), respectivamente, adotaram postura defensiva, depois da vantagem obtida nas últimas três semanas. Apesar das semelhanças, a corrida pela prefeitura de Aparecida apresenta clima mais tenso, com troca de agressões políticas e pessoais entre Alcides e Leandro.

Além de rebater ataques do emedebista, em processo iniciado ainda no fim do primeiro turno, o deputado federal passou a fazer críticas diretas a Leandro e integrantes da campanha. As supostas denúncias incluíam acusação de descumprimento de direitos trabalhistas de uma cuidadora, que teria trabalhado com a mãe de Vilela, além de registro de suposto abuso sexual cometido por funcionário de um dos comitês. As citações, no entanto, foram retiradas do ar por decisões da Justiça Eleitoral.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/pesquisas-em-goiania-anapolis-e-aparecida-mostram-reta-final-1.3191163" target="_blank">Pesquisas em Goiânia, Anápolis e Aparecida mostram reta final</a> 
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Entre os ataques mais repetidos no segundo turno, está a retomada da Operação Miqueias, deflagrada em 2013 pela Polícia Federal. A ação investigou suposto esquema de golpes em fundos de previdência dos municípios e tinha Leandro e o atual vice-governador Daniel Vilela (MDB) entre os investigados. O uso de reportagem da época que retratava a deflagração também foi retirado do programa e das redes sociais, já que a apuração não resultou em processo judicial.

As decisões obtidas pela campanha de Leandro Vilela, no entanto, foram tratadas como “censura” pelos últimos programas de Alcides, que optou por abrir mão dos cinco minutos no bloco diário no Rádio e na TV por dois dias consecutivos. A produção apresentou apenas o texto: “censurado pelo grupo de Gustavo Mendanha e Leandro Vilela”.

Quando retomou a apresentação no horário eleitoral, a candidatura de Alcides teve programa focado em interpretações dos apresentadores sobre as decisões judiciais, mas com referências indiretas a cada uma das denúncias derrubadas na Justiça pelo adversário. Mesmo com as decisões, a propaganda volta a acusar Mendanha e Leandro de serem “membros de quadrilha”.

Depois de tom agressivo no primeiro turno, a estratégia de Leandro passou a restringir os ataques a debates e entrevistas, com os programas e inserções focados nos apoios do governador Ronaldo Caiado (UB), do vice Daniel Vilela e de Mendanha, além de críticas contra a atual a gestão, do ex-aliado Vilmar Mariano (UB).

O governista ainda passou a utilizar falas com deslizes de Alcides, que passou a participar de sabatinas e debates no segundo turno, com o apontamento de que o concorrente apresenta “desequilíbrio emocional”.

A última semana de campanha antes da votação de domingo (27) marcou anúncio de apoios ao candidato emedebista. Na quarta-feira (23), o deputado estadual Veter Martins (UB) deixou de se esquivar do processo eleitoral em Aparecida e anunciou voto em Leandro. O parlamentar se manteve, até então, ausente do processo, desde a inviabilidade de Vilmar Mariano para ser o candidato da base caiadista na cidade.

Nesta quinta (24), o partido Agir também anunciou o apoio à candidatura do MDB, apesar de integrar a coligação em torno de Alcides. “Segundo turno é uma nova eleição e estamos trazendo 80% do nosso time”, disse o presidente da sigla e ex-vereador em Aparecida, Fernando Meirelles.