O governador Ronaldo Caiado (UB) minimizou a ausência do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSD), no evento de transferência da capital nesta segunda-feira, e disse acreditar que o PSD ficará na base do governo nas eleições deste ano. Ele afirmou ao POPULAR que o presidente do partido, Vilmar Rocha, não fez cobranças sobre candidatura única ao Senado e que as conversas são "apenas de convergências". Caiado também alegou ter ajudado a chapa de candidatos a deputado da sigla. "Eu desidratei a chapa do Democratas para repassar ao PSD. Esses nomes vão realçar as suas candidaturas com aquilo que o governo construiu. Qual discurso teriam? Como podem ser candidatos em outra situação que não seja do governo?", afirmou, para completar: "Eu acho que isso tudo está 100%".Segundo o governador, há entendimento por parte da direção do PSD sobre as limitações na definição da vaga ao Senado. "Não há condicionante (para a aliança). O presidente Vilmar Rocha disse a mim que jamais me cobraria isso. Ele falou: 'Olha, governador, eu sei que o senhor não tem como interferir na prerrogativa dos partidos'. Então não há nenhum ponto de incongruência, pelo contrário."Na quinta-feira, conforme mostrou O POPULAR, o governador descartou a possibilidade de candidatura única ao Senado na base, em conversa com Lissauer. Ele alegou não ter condições políticas de barrar aos pleitos do deputado federal Waldir Soares (UB) e do ex-deputado Alexandre Baldy (PP).Insatisfeito com a falta de espaço, Lissauer não compareceu nem enviou representante para a solenidade na cidade de Goiás. Lei de 1983 estabeleceu o evento anual, com instalação dos três Poderes na antiga capital, em comemoração ao aniversário da cidade, que faz 295 anos em 2022.Leia também:- Lissauer Vieira não comparece nem envia representante a evento de transferência da capital- PSD decide entre Lissauer isolado ou com a oposiçãoQuestionado sobre a ausência, o governador disse que havia ligado pela manhã para Lissauer, que informou que não poderia comparecer. "Eu não posso acreditar nisso (em retaliação). Isso aqui é um gesto por algo histórico, que tem relevância institucional. Não é algo pessoal. Aqui não tem a pessoalidade de Ronaldo Caiado. Aqui tem impessoalidade, é um ato do governo e dos Poderes."Até poucos minutos antes da abertura do evento, às 9h05, o cerimonial do governo não sabia quem representaria o Legislativo. A informação é que não houve qualquer resposta do Poder sobre o evento. O único deputado estadual presente, Amauri Ribeiro (Patriota), subiu no palanque para hasteamento da bandeira poucos minutos depois do início. Ele não integra a mesa diretora da Alego e confirmou não ter ido como representante.O PSD mantém conversas com os três principais candidatos da oposição - Gustavo Mendanha (Patriota), Marconi Perillo (PSDB) e Vitor Hugo (PL) - e também avalia lançar candidatura avulsa ao Senado, sem fechar coligação para o governo. Na manhã desta segunda, o presidente da Alego postou nas redes sociais que "sabe o que quer e não vai recuar diante das barreiras e obstáculos".