Com muitas incertezas sobre a possibilidade de candidaturas isoladas para o Senado nas eleições de 2022, pré-candidatos têm buscado informações junto a especialistas, que sugerem aguardar respostas a consultas e resoluções da Justiça Eleitoral. Em Goiás, aliados de pelo menos quatro postulantes cogitam o lançamento avulso. Não há ainda segurança sobre as permissões legais e desvantagens do pleito.O professor de direito eleitoral da PUC e Unifan Alexandre Azevedo diz que é possível que partidos fechem coligação para governador e lancem de forma isolada nomes para o Senado. Segundo ele, resposta a consulta feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2010 considerou legal a possibilidade e não houve novos dispositivos em lei que alterariam o cenário.Ele admite, porém, que há muitas dúvidas sobre a distribuição de fundo partidário e tempo de televisão nestes casos e o mais apropriado é aguardar a Justiça. “É uma situação inédita e bastante inovadora. Não tivemos nenhum caso concreto de candidatura isolada, apesar da consulta de 2010. Como não há um franco favorito na disputa este ano em Goiás, todo mundo cresceu o olho e entendo que não há vedação legal, mas a situação gera confusão”, diz. Já o advogado Dyogo Crosara, especialista em direito eleitoral, considera que os partidos terão de lançar chapa apenas para senador e deputado (federal e estadual), com impossibilidade de se coligarem em chapa majoritária. Ele leva em conta o fato de a resolução do TSE apontar limite de um candidato ao Senado por coligação. A preocupação dos partidos com as chapas proporcionais, na primeira eleição de deputado em que não é permitida coligação, afeta a escolha de candidatura isolada ao Senado. Isso porque as siglas dependem de acordos e visibilidade de candidatos ao governo para fortalecer seus nomes para a briga por cadeiras na Câmara e Assembleia Legislativa. Isso, segundo lideranças partidárias, torna mais difícil a opção por lançamento de candidatura ao Senado, a não ser que sejam nomes com grande potencial de vitória.