Caiado alcança objetivo de evitar perdas, mas corrida pelo Senado requer atenção

O governador Ronaldo Caiado (UB) conseguiu chegar ao fim do período de convenções cumprindo o principal objetivo da pré-campanha, na visão de seu QG: evitar perdas de apoios partidários para além do Republicanos, representado pelo senatoriável João Campos na chapa de Gustavo Mendanha (Patriota). Caiado se viu diante da dificuldade de administrar múltiplas pré-candidaturas de senador em cenário inédito no estado e conseguiu superá-la com o mesmo expediente adotado para evitar que o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, seu principal adversário, conseguisse se abrigar em um grande partido.

Ao sacrificar a chapa de deputado federal de seu União Brasil para fortalecer siglas aliadas, o governador praticamente anulou a capacidade de agremiações, especialmente o PSD, de insistir na tese de candidatura única pela base ou mesmo avançar em conversas que foram iniciadas com a oposição. No entanto, é consenso que a disputa pela Senado requer atenção.

Apesar de menos assustados com ele, caiadistas seguem diante de um “grande nó” e ninguém sabe explicar ao certo como as candidaturas isoladas de Alexandre Baldy (PP), Delegado Waldir (UB) e Vilmar Rocha (PSD) serão administradas no dia a dia da campanha. Há quem veja o risco de eventual disputa fratricida não só favorecer Marconi Perillo (PSDB), que apareceu como líder na primeira rodada da pesquisa Serpes/O POPULAR, como também desarticular a base governista.

Entre governistas, há quem enxergue em Gustavo Mendanha grande responsabilidade na manutenção dos apoios a Caiado. Apesar de terem atacado a possibilidade de aliança no passado, avaliam que uma chapa do ex-prefeito com Marconi no Senado teria sido muito mais atrativa.

Há no QG de campanha de Mendanha a convicção de que Marconi atrapalharia principalmente o discurso de renovação que será explorado.

Vice de Mendanha, Heuler Cruvinel (Patriota) ocupou o mesmo posto na chapa de Daniel Vilela (MDB), agora vice de Caiado, nas eleições de 2018.

Além de avaliar o cenário na base como favorável à sua candidatura ao Senado, Marconi também se empolgou com a adesão de empresários a seu projeto eleitoral.

Depois de confidenciar a interlocutores, na quinta (4), que poderia não disputar o Senado contra Marconi, Vilmar Rocha garantiu nesta sexta (5), nos bastidores e em discurso, que levará adiante o projeto. Aliás, chamou a atenção, na convenção do PSD, a agilidade na produção de seu jingle de campanha, que estava pronto horas após o anúncio de sua candidatura.

Após receber a decisão o ministro André Mendonça, do STF, favorável à segunda recondução da mesa diretora da Câmara de Goiânia, o vereador Lucas Kitão (PSD) diz que vai recorrer por meio de agravo interno a ser apresentado à Segunda Turma da Corte. Segundo ele, o colegiado pode mudar a interpretação.

Notícia de fato sobre a segunda recondução da mesa diretora da Câmara de Goiânia tramita na Procuradoria Geral da República (PGR).