A Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa Goiás) realiza nesta quinta-feira (25) a abertura da 1ª Festa do Pequi. A central contratou uma empresa de eventos com um custo de R$ 22,5 mil e com expectativa para receber, na sede da empresa, em Goiânia, às 10h, aproximadamente 1,5 mil pessoas.A central informou que o evento terá como mote destacar que o entreposto da capital é responsável pela comercialização do maior volume do fruto no País, que deve ter na safra de 2021/2022 um novo recorde.A programação prevê o descerramento de placa, celebrando o feito, apresentações artísticas, com folia de reis da cidade de Petrolina e Orquestra de Violeiros de Goiás, além da distribuição de milhares de refeições, tendo como base a iguaria do cerrado. A organização do evento teve o apoio da Emater e da Goiás Turismo, sendo que está previsto, ainda, a distribuição de mudas de pequi por parte da empresa de extensão rural.Para o presidente da Ceasa-GO, Lineu Olimpio, o objetivo é deixar registrado para os anais da empresa e para toda a sociedade a importância da central no comércio pequizeiro. Ele acrescentou que faz parte das premissas do governador Ronaldo Caiado a valorização da cultura e da tradição goianas.ProduçãoSegundo a Ceasa, Minas Gerais e Goiás são os dois maiores produtores de pequi no País, porém, se o assunto é venda e recebimento do produto, a Ceasa Goiás assume a liderança, sendo que no Estado, na safra 2020/2021, foram produzidas 2.039,7440 toneladas.No entanto, o montante que chegou à Ceasa para vendas foi 6.229.8560, ou seja, volume bem maior que o extraído no Estado, o que evidencia a soberania da central em relação à venda do fruto. As vendas da última safra representaram um aporte financeiro de mais de R$ 7 milhões.Na safra 2021/2022, que começou em setembro e segue até março, já são 5.187 toneladas, o que cria a expectativa de que o pequi, dessa vez, deve bater recorde de vendas. O total negociado também já praticamente atingiu o teto anterior, estando na casa de R$ 7,5 milhões.Na Ceasa Goiás, o pequi começa a chegar em setembro, com a remessa do Tocantins, que representa cerca de 30% de tudo que entra do produto no entreposto goiano. O pequi tocantinense mantém a demanda até meados de outubro, quando dá entrada na companhia, as primeiras cargas da produção goiana, vinda do Norte, de cidades como Porangatu, Crixás e Santa Tereza.O pequi de Minas Gerais pode ser encontrado na Ceasa-GO em dezembro, e é o responsável pela comercialização até janeiro. Com menos expressividade, o pequi matogrossense pode ser encontrado no mercado em meados do mês de novembro.É o fruto originário do Noroeste goiano, às margens do Rio Araguaia, que é considerado o “filé mignon” dos pequis na Ceasa-GO, por apresentar caroços maiores, mais ricos em polpa e sabor. Quando a produção de São Miguel do Araguaia chega, ela apresenta preço mais elevado, justamente por representar o que de melhor se produz em relação ao fruto.