Na lista de cidades que registraram queda no Índice de Participação dos Municípios (IPM), o maior impacto é na Prefeitura de Minaçu, 34,99%. O prefeito Carlos Lereia (PSDB) afirma que entrou com ação judicial questionando os dados. O chefe do Executivo argumenta que o município tem usina de geração de energia em seu território e, por isso, tem direito a fatia maior.Lereia afirma que Minaçu passa por problemas estruturais provocados pelas fortes chuvas das últimas semanas. “Essa receita é fundamental para recuperar a cidade”, afirma. Os recursos, diz o prefeito, seriam investidos em obras como recuperação de pontes e asfalto. A cidade de Terezópolis de Goiás sofreu a segunda maior queda de IPM, 30,87%. De acordo com o prefeito Uilton dos Santos (PSC), a retração ocorreu porque a gestão anterior não bateu metas do ICMS Ecológico. O prefeito afirma que o fechamento de parte das indústrias da cidade por causa da pandemia também contribuiu para a queda.Segundo Uilton, a ordem é segurar os gastos com pessoal, evitando a contratação de comissionados. Além disso, o prefeito afirma que está organizando a gestão para bater as metas do índice Ecológico e voltar a receber o incremento no repasse do ICMS nos próximos anos. Uilton diz que a cidade não deve perder em investimentos.O prefeito conta que em 2021 o município recebeu por 6 meses repasses de ICMS Ecológico referentes a metas cumpridas em 2019, mas que não foram pagas no período correto. O direito aos recursos foi garantido na Justiça. Em nota, a Secretaria de Estado da Economia informou que os motivos para queda do IPM em 105 municípios devem ser analisados caso a caso. Em relação a Minaçu, a pasta disse que houve diminuição no valor adicionado da geração de energia elétrica. Já em Terezópolis, a pasta afirmou que houve queda nos critérios do índice Ecológico.Em Goiânia, o IPM caiu 4,83%. De acordo com a Secretaria Municipal de Finanças, o impacto anual deve ser de R$ 40 milhões.