Sete ex-gestores e professores de unidades da Universidade Estadual de Goiás (UEG) divulgaram nota em reação à entrevista do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) ao POPULAR na terça-feira (15), em que reclamam da situação da universidade, com baixo orçamento, pouca autonomia e falta de profissionais.Ao comparar sua gestão com governos anteriores, do PSDB, o governador disse que "a UEG era um escândalo". "Três ex-reitores foram para a cadeia (na verdade, nenhum foi preso, mas alvos de investigações, e, dois deles condenados). Eu tirei das páginas policiais e coloquei nas páginas acadêmicas. Fortalecemos e demos autonomia", afirmou Caiado.O grupo de professores afirma que "a realidade da UEG não se resume às questões jurídicas de seus ex-reitores" e que "a universidade e a comunidade acadêmica são maiores que um reitor". Diz ainda que não há autonomia e faltam recursos materiais e humanos.Os professores afirmam que a realidade da UEG é de "fuga de cérebros" contínua; falta de pagamento aos docentes conforme formação; ausência de Regime de Tempo Integral de Dedicação à Pesquisa e a Docência, condição fundamental em qualquer universidade para o acesso a editais externos, com vistas à busca de recursos de toda a sorte para pesquisas; falta de professores em muitos cursos e de técnicos; e poucos recursos."O orçamento escasso da universidade não nos permite avançar. A UEG, na realidade, encontra-se em processo de letargia administrativa desde a eleição de 2018", diz a nota.Assinam a nota os professores Eduardo Antonio de Souza, de Palmeiras de Goiás; Luís Carlos Ferreira Gomes, de Santa Helena de Goiás (aposentado); Marcelo Moreira, de Anápolis; Mary Soares de Almeida Reis, de São Miguel do Araguaia; Paulo Sérgio Cantanhede, da cidade de Goiás; Valdir Specian, de Iporá; e Valtuir Moreira da Silva, de Itapuranga.-Imagem (1.53933)