No fim da tarde desta quinta-feira (10), a Secretaria Municipal de Educação (SME) se manifestou por meio de nota em relação ao estado de greve, aprovado, na parte da manhã, em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego). "Nos últimos dois anos, as aprendizagens dos alunos foram comprometidas pela pandemia e uma paralisação das atividades por conta de greve ampliaria ainda mais os prejuízos vivenciados pela educação pública, prejudicando mais de 100 mil famílias", diz o texto enviado ao POPULAR.Os servidores da Educação reivindicam o cumprimento integral dos 33,24% de atualização do piso dos professores, anunciados pelo governo federal em janeiro, e maiores porcentuais da data-base dos servidores administrativos, que está atrasada desde 2020.A categoria rejeitou a proposta do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), de pagar 7,5% de reajuste no piso e 9,3% para os administrativos, referente ao período de 2020 a 2022.Na nota, a SME alega que os 7,5% atendem ao "cumprimento integral do piso nacional". "A proposta garante aumento salarial a todos os profissionais, inclusive, aqueles que já recebem valor acima do piso nacional", diz o texto.A secretaria ainda afirma que continua em negociações com o Sintego. "A pasta reforça que, diante desse cenário, o município seguirá aberto ao diálogo e continuará investindo de forma planejada na educação municipal", acrescenta.Os professores, no entanto, aprovaram o estado de greve nesta quinta na expectativa de que a Prefeitura atenda ao reajuste de 33,24%, como determinado pelo governo federal. Os servidores esperam que a secretaria apresente uma nova proposta até a próxima terça-feira (15). Caso contrário, a greve deve ser iniciada no mesmo dia.A presidente do Sintego. Bia de Lima, disse aos servidores, na manhã desta quinta, que o secretário municipal de Educação, Wellington Bessa, propôs subir o reajuste dos professores para 9,3%. Ou seja, igualaria o porcentual ao que vai ser pago de data-base para os administrativos.No entanto, nem os professores aceitaram a proposta, nem os administrativos estão satisfeitos com essa data-base. Diante desse cenário é que foi aprovado o estado de greve. Leia a nota da SME na íntegra:A propósito das reivindicações dos professores da rede municipal de ensino, a SME Goiânia informa o que se segue: - A proposta de reajuste salarial apresentada pela gestão municipal neste ano atende o cumprimento integral do piso nacional com o aumento estabelecido pelo Governo Federal, garantindo que todos os nossos professores recebam valor superior ao piso nacional. - Além disso, a proposta de 7,5% garante aumento salarial a todos os profissionais, inclusive, aqueles que já recebem valor acima do piso nacional. - O percentual continua a ser discutido com os representantes do Sintego, sindicato representativo dos professores e profissionais da Educação. - A SME Goiânia esclarece, também, que compreende as demandas da categoria e que conta com a sensibilidade dos professores para avançar nas negociações. - Nos últimos dois anos, as aprendizagens dos alunos foram comprometidas pela pandemia e uma paralisação das atividades por conta de greve ampliaria ainda mais os prejuízos vivenciados pela educação pública, prejudicando mais de 100 mil famílias. - A pasta reforça que, diante desse cenário, o município seguirá aberto ao diálogo e continuará investido de forma planejada na educação municipal. - Nos primeiros meses de gestão, a Prefeitura de Goiânia retomou as aulas presenciais; garantiu direitos dos servidores ao quinquênio; investiu na abertura de novas unidades; enviou recursos para a reforma de todas as 373 unidades; apresentou nova proposta pedagógica; adquiriu uniforme completo para os nossos estudantes; entre outros avanços.