Para a especialista em marketing político Priscylla Ferreira, o impulsionamento de conteúdo nas redes sociais é uma estratégia essencial de campanha. Ela explica que a pandemia da Covid-19 fez com que aumentasse a presença do público nas redes sociais. Na sua visão, erra quem ainda não começou a usar a ferramenta. “Você precisa estar onde as pessoas estão consumindo conteúdo”, explica. Priscylla também aponta para o fato de que é mais barato pagar pelo anúncio na internet do que pela veiculação de propaganda na televisão. “E não adianta você publicar conteúdo se ele não vai ser entregue”, diz. Para a especialista, dificilmente o eleitor comum vai entrar na rede social e lembrar de procurar, especificamente, pela página de seu candidato. Priscylla acrescenta: “A partir do momento em que elas são impactadas pelo anúncio, mesmo que não saibam que é um anúncio, desperta-se nela o interesse de acompanhar a narrativa daquela pessoa”.Ela também alerta para o fato de que, no marketing digital, é possível segmentar o público de forma mais específica e aprofundada do que na televisão, por exemplo. Priscylla ainda critica o fato de a maioria dos pré-candidatos a governador não ter iniciado o impulsionamento de conteúdo em suas redes sociais. Para ela, o marketing político precisa ser mais digital e com estratégias que não sejam apenas uma reprodução do que é feito em off, como os tradicionais panfletos e outros. Para ela, é mais vantajoso utilizar as plataformas digitais, que têm respaldo na lei eleitoral, do que pagar a multa pelo uso de outdoors, por exemplo, que são proibidos. O publicitário João Paulo Teixeira, que também é especialista em marketing político, defende que o impulsionamento funciona até como forma de driblar as restrições que a maioria das redes sociais impõem ao conteúdo político. Ele defende que o investimento seja cada vez maior no digital.