A procuradora do município de Trindade Neli Cárita Máximo Figueredo recuou e não seguirá com processo para assumir o cargo de titular do conselho regulador da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR). A indicação foi aprovada no plenário da Assembleia Legislativa de Goiás nesta quarta-feira (18).Neli é advogada, vice-presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag) - entidade ligada à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) - e esposa do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) Anderson Máximo. Nos bastidores, havia dúvidas se a nomeação de Neli de fato seria publicada, por causa de seu vínculo familiar com Máximo. Eles não poderiam atuar nos mesmos processos. A procuradora afirma que tomou a decisão para evitar desgastes e porque não tem intenção de deixar o trabalho classista na Casag. Segundo Neli, Máximo não atua em processos dos quais ela participa em Trindade, e a situação se repetiria na AGR. A indicação de Neli foi encaminhada à Assembleia pela governadoria. A procuradora participou de sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) nesta terça-feira (17).Neli ocuparia na agência o cargo deixado Carlos Roberto Peixoto, cujo mandato (de quatro anos) venceu em abril. O conselho regulador da AGR é a 2ª instância de julgamento dos processos administrativos de autos de infração da agência.De acordo com o Portal da Transparência do governo de Goiás, o subsídio de um conselheiro da AGR é de R$ 17.625,60. Na procuradoria de Trindade, o total de proventos de Neli é de R$ 15.427,70, conforme consta em dados da folha de pagamento de março de 2022.A reportagem entrou em contato com o governo de Goiás, que decidiu não se posicionar. Leia também:- AGR começa atualização da tarifa das empresas do transporte coletivo, em Goiânia- Enel planeja vender antiga Celg-D