Segurança pública e solidez fiscal tiveram o maior peso para a queda de dez pontos do Estado de Goiás no ranking nacional de competitividade, quando aparece pela primeira vez abaixo da média nacional e em 13º lugar, caindo três posições desde 2015. O ranking do Centro de Liderança Pública (CLP), divulgado no dia 20, faz levantamento de 10 pilares, com um total de 66 indicadores. Goiás piorou em 7 pilares e em 44 indicadores (veja quadro) em relação a 2015. A nota geral passou de 58,2 em 2015 para 53,1 em 2016 e 43,3 este ano.Em 2015, no início do quarto mandato do governador Marconi Perillo (PSDB), o governo anunciou como meta incluir Goiás entre os três Estados mais competitivos do País até 2018. A gestão estadual alega que os dados são defasados, que ainda não avaliam os resultados do programa Goiás Mais Competitivo e Inovador, lançado em 2015, e que a posição deve subir no próximo ano. Ainda assim, as perspectivas são de chegar a 9º ou 10º lugar no ranking de 2018.O Estado também afirma que não tem controle sobre todos os indicadores, embora os dois com maior queda sejam de responsabilidade do Executivo estadual.Mesmo com sucessivos anúncios por parte do governo de medidas de ajuste fiscal, desde 2014, e com o discurso de que foi o primeiro Estado a sair da crise, Goiás ficou entre os quatro piores Estados do País em solidez fiscal. De nota 81,4 em 2015, o Estado despencou para 45,3 no ranking atual, uma redução de 36%. De 14º lugar no País em 2015, passou a 23º. As pioras ocorreram principalmente na capacidade de investimentos (menos 39%) e resultado nominal (menos 9%). Na segurança pública, a queda foi ainda maior: - 49% em relação a 2015. O Estado ficou na 22º posição no País, com nota geral de apenas 17,2. Há dois anos, a nota era 65,7. O maior impacto da redução foi pela segurança patrimonial, que avalia roubos e furtos de veículos em relação a frota total (por 100 mil). De nota 76,5, caiu para 4,1. A gestão estadual aponta mudança na metodologia, mas o CLP não mostra alteração da contagem no relatório completo do ranking. Segurança pessoal (homicídios em relação à população total) e déficit carcerário (relação detentos/vagas) também tiveram peso na piora. O POPULAR traz o detalhamento de todos os indicadores avaliados pelo CLP. Neles, além de segurança patrimonial e capacidade de investimento, estão no topo de quedas de Goiás o acesso ao saneamento básico (-51%) e custo da energia elétrica (- 39%).Dos 66 indicadores, 35 levam em conta dados de 2015 e 22 de 2016. De 2014, são 7; 1 de 2012 e 1 de 2017. Goiás teve crescimento da nota em dois pilares - capital humano (20%) e sustentabilidade ambiental (11%). Em inovação, se manteve na mesma posição. No conjunto de indicadores, as maiores melhorias foram em crescimento potencial da força de trabalho, destinação do lixo e qualidade da energia elétrica. -Imagem (1.1359573)-Imagem (1.1359578)