Goiânia ficou entre as cinco melhores capitais no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC) do Brasil. Apesar disso, em um ranking cuja nota máxima é 100, o município pontuou 58,32. A capital ficou na 229ª posição no levantamento, que analisou 7 mil municípios brasileiros, de acordo com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O IDSC é uma iniciativa do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), no âmbito do Programa Cidades Sustentáveis (PCS), com o objetivo de orientar prefeituras na definição de metas. No levantamento, os municípios são analisados em cada um dos ODSs, de forma que ganham cor verde para bom ou muito bom, amarelo ou laranja para regular e vermelho para ruim ou muito ruim. Goiânia ficou verde em energia limpa e acessível, indústria, inovação e infraestrutura e vida na água. A capital recebeu o selo amarelo em água limpa e saneamento, trabalho decente e crescimento econômico, consumo e produção responsáveis, ação contra a mudança global do clima e parcerias e meios de implementação.Na erradicação da pobreza, o selo foi laranja. Já o vermelho foi dado para: fome zero e agricultura sustentável; saúde e bem-estar; educação de qualidade; igualdade de gênero; redução das desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; proteger a vida terrestre e paz, justiça e instituições eficazes.Em nota, a Prefeitura de Goiânia comemorou o resultado e enumerou metas a serem cumpridas para superar os pontos em que ganhou o selo de ruim ou muito ruim, como saúde e educação. “Há desafios a vencer, mas a atual gestão já conquistou avanços importantes, que não podem ser subestimados”, diz o texto.Cidades goianasChapadão do Céu, na classificação geral 137, com nota 59,52, é a primeira colocada no estado. Também melhor do Centro-Oeste, é o primeiro município a aparecer no ranking depois de cidades do Sudeste ou Sul dominarem os primeiros lugares. O assessor da coordenação do IDSC, Igor Pantoja, comenta essa discrepância regional: “O índice tem uma característica, que não deixa a gente tão alegre, que é de reproduzir muito da desigualdade que a gente já conhece no Brasil”. O prefeito em exercício de Chapadão do Céu, Vinicius Terin (MDB), comemorou o resultado e citou as metas: “Estamos investindo no saneamento, nova estação de tratamento de esgoto, coleta seletiva de lixo e programas de educação ambiental.” Na 5205ª colocação, Monte Alegre foi o pior colocado de Goiás. A cidade não recebeu selo de bom ou muito bom em nenhum dos objetivos. O prefeito Felipi Campos (UB) justificou que o município ainda tem desafios a superar. “Temos uma economia muito voltada para a pecuária, que acaba gerando pouco emprego. Tem pouco investimento do estado e, na educação, por ter muita zona rural, acaba sendo complicado”, resume.