-Imagem (1.2435642)Atualizada às 15h03Um grupo de professores da rede municipal de educação de Goiânia realizou mais um protesto, neste sábado (9), com cobrança do pagamento de data-base para servidores administrativos e reajuste linear de 33,24% para o magistério. A categoria está em greve há 25 dias.Na quinta-feira (7), uma liminar determinou o fim da greve de professores da rede municipal. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, afirma que a instituição ainda não foi notificada da decisão e, quando for, deve recorrer. Desta vez, a manifestação ocorreu durante o 4º Mutirão do Governo de Goiás, que é realizado em parceria com a Prefeitura de Goiânia, no Jardim Abaporu, Região Leste da capital. O grupo começou a gritar palavras de ordem durante a visita do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) ao evento.Cerca de 30 manifestantes, usando uma caixa de som, cobraram de Cruz as demandas da categoria. O ato foi organizado principalmente em frente ao estante da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma). Guardas civis metropolitanos formaram um cordão em frente à estrutura. Um vídeo que circula em grupos de WhatsApp de professores mostra o momento do protesto.No dia 31 de março, uma outra manifestação teve professores detidos e confusão. O ato aconteceu durante inauguração de Cmei Vila Areião, em Goiânia. O capô do carro do prefeito foi danificado.NegociaçãoNesta semana, o Paço encaminhou à Câmara de Goiânia pacote de projetos de lei, entre os quais estão as propostas de atualizações de 9,32% de data-base à maioria do funcionalismo e de 10,16% aos professores.Bia de Lima afirma que o protesto deste sábado não foi organizado pela entidade. De acordo com a presidente, há expectativa de que a prefeitura apresente nova proposta de reajuste para os professores na próxima semana.Ainda segundo Bia, a alteração deve ser feita no projeto de lei que já tramita na Câmara e é articulada pelo presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota), e pelo líder do Paço, Anselmo Pereira (MDB). Bia afirma que, a depender da proposta, há possibilidade de a categoria colocar fim à greve.DefesaEm nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que antes mesmo das paralisações das atividades em escolas e Cmeis, a gestão municipal já negociava com a categoria. “Apesar disso, o Sintego tomou a decisão precipitada de deflagrar uma greve após dois anos de ensino de remoto”, disse.A pasta ressaltou que a Justiça reconheceu a greve como ilegal porque “foi deflagrada em apenas duas assembleias e enquanto o município ainda negociava com a categoria”. “Diante disso, a gestão municipal ampliou as negociações e propôs um reajuste de 10,16% sobre os vencimentos dos professores que já recebem acima do valor do piso nacional”, disse.Com a atualização nacional de 33,24%, o piso dos professores da educação básica em início de carreira passa de R$ 2,8 mil para R$ 3,8 mil. No entanto, o entendimento dos representantes dos professores é de que o porcentual deve ser aplicado de forma linear.Leia a nota completa da SME:A respeito das reivindicações dos profissionais da educação e da greve na rede municipal de ensino, a SME informa o que se segue: - Antes mesmo das paralisações das atividades em escolas e Cmeis, a gestão municipal já negociava com a categoria. Apesar disso, o Sintego tomou a decisão precipitada de deflagrar uma greve após dois anos de ensino de remoto. - A Justiça, inclusive, reconheceu que a greve é ilegal justamente porque foi deflagrada em apenas duas assembleias e enquanto o município ainda negociava com a categoria. - Diante disso, a gestão municipal ampliou as negociações e propôs um reajuste de 10,16% sobre os vencimentos dos professores que já recebem acima do valor do piso nacional.- O percentual proposto pela pasta levou em consideração a capacidade orçamentária e o limite prudencial da folha de pagamento de município e é exatamente igual ao reajuste apresentado pelo Governo de Goiás à categoria, que foi aceito pelo próprio Sintego. - Ainda sobre a pauta de reivindicações, a SME Goiânia esclarece que propôs um reajuste de 50% do auxílio locomoção dos professores e um aumento de 10,16% na gratificação de regência de todos os professores que estão em sala de aula ou em função de regência. - A proposta inclui também um reajuste de 9,32% nos vencimentos dos servidores administrativos e a criação de vale locomoção no valor de R$ 250 para essa categoria. - A SME Goiânia pontua, ainda, que a gestão municipal cumprirá integralmente o piso atualizado em 2022 pelo Governo Federal. Hoje, a título de exemplo, a média salarial dos professores da capital é de R$ 6.083,11. - Com todos os benefícios da última proposta apresentada, nenhum professor da rede pública receberá menos que R$ 4.255,00 por mês. O valor é substancialmente acima do piso nacional reajustado pelo Governo Federal em 2022, que é de 2.870,00 para a carga horária de 30 horas semanais.Secretaria Municipal de Educação (SME) – Prefeitura de Goiânia-Imagem (1.2435633)