O pagamento de data-base atrasada para servidores do Estado de Goiás e da Prefeitura de Goiânia segue em impasse. A Lei Orçamentária Anual (LOA) da capital prevê 3,8% em 2022. Não há novidades em relação aos reajustes dos anos de 2020 e 2021.Em agosto do ano passado, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) anunciou que parecer da Procuradoria-Geral do Município apontou impossibilidade jurídica do pagamento da data-base por causa da Lei Complementar 173/2020. Na época, a declaração de Cruz gerou polêmica entre vereadores da capital, pois o prefeito havia prometido pagar a recomposição.No fim de 2020, a lei não foi empecilho para a Câmara de Goiânia criar 17 cargos, com impacto financeiro de R$ 164 mil por mês. A Casa argumentou que os postos não estão em desacordo com a legislação porque são de natureza essencialmente administrativa e pagos com recursos do duodécimo.No Estado de Goiás, sindicatos que representam os servidores seguem na expectativa de negociar a data-base atrasada. A LOA estadual não prevê o pagamento de nenhum porcentual do direito em 2022, mas há planejamento de promoções e progressões. Em outubro, o governador Ronaldo Caiado (DEM) disse às lideranças sindicais que o tema seria tratado após ingresso do estado no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A entrada no programa de socorro financeiro foi homologada em dezembro. No estado, há carreiras com atraso de data-base há mais de dez anos. A reportagem questionou o governo de Goiás e a Prefeitura de Goiânia sobre o tema, mas não houve resposta.