O secretário-geral da Governadoria de Goiás, Adriano da Rocha Lima, diz que o trabalho da força-tarefa criada para fazer auditoria no Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) continua em andamento, mas que o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, que acumulava a presidência da autarquia desde setembro, já fez sua parte.Na sexta-feira (12), o governador Ronaldo Caiado (DEM) publicou, em edição suplementar do Diário Oficial do Estado (DOE), a saída de Alexandrino da presidência do Ipasgo, que ocupava de forma interina, e a nomeação de Leonardo Lobo Pires para o posto. Com isso, o titular da Secretaria de Estado da Saúde deixa de acumular as duas funções.Leonardo estava nomeado como assessor especial na Secretaria de Estado de Administração e era o atual diretor de Gestão Integrada do Ipasgo. No site do instituto, já consta o novo organograma, com os ocupantes dos cargos comandados pelo novo presidente.O governador nomeou Alexandrino para assumir o Ipasgo interinamente em 21 de setembro, um dia depois da saída de Hélio José Lopes. Seu pedido de exoneração foi feito no momento em que a autarquia estava envolvida em uma polêmica provocada pelo corte de 50% das cotas de atendimentos eletivos. Na época, o POPULAR noticiou que o corte teria sido decidido à revelia do governador e, portanto, teria gerado estresse no Palácio das Esmeraldas. Quatro dias antes da exoneração de Hélio, o conselheiro Celmar Rech, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), determinou, em medida cautelar, o restabelecimento das cotas. Quando Alexandrino assumiu, o governo anunciou um trabalho de compliance, que tinha a intenção de recuperar R$ 200 milhões com auditoria de faturas. Na época, foi criada uma força-tarefa com os secretários Adriano da Rocha Lima (Governadoria) e Rodney Miranda (Segurança Pública) e o controlador-geral do Estado, Henrique Ziller.Segundo Rocha Lima, o trabalho da força-tarefa segue em andamento. O secretário afirma que Ismael, durante esses quase dois meses, organizou os processos e implantou o grupo de trabalho. “Agora, precisa de alguém dedicado para dar continuidade”, justifica.Ele também afirma que a expectativa de recuperar R$ 200 milhões pode ser reduzida. “Mas ainda há muito trabalho por fazer”, conclui.