O desembargador Ney Bello determinou, nesta quinta-feira (23), a soltura do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e de outros quatro presos na operação da Polícia Federal (PF) que apura o pagamento de propina e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC). Além dele, serão soltos o pastor Gilmar Santos e o ex-servidor municipal, Helder Bartolomeu, ambos de Goiânia, e outros dois investigados.A decisão vem após o magistrado do Tribunal Regional Federal (TRF-1) acatar um pedido de habeas corpus da defesa de Ribeiro. “Defiro a liminar, se por outro motivo o paciente Milton Ribeiro não estiver segregado, para cassar a sua prisão preventiva, até o julgamento de mérito pelo colegiado da Terceira Turma deste TRF da 1ª. Região”, diz o documento.Ainda na decisão, o desembargador argumenta que em um Estado Democrático de Direito “ninguém é preso sem o devido acesso à decisão que lhe conduz ao cárcere, pelo motivo óbvio de que é impossível se defender daquilo que não se sabe o que é.”A decisão de soltura engloba todos os presos na operação. São eles: Milton Ribeiro, Gilmar Santos, Helder Bartolomeu, Arilton Moura e Luciano Musse.Operação Acesso PagoO ex-ministro Milton Ribeiro foi um dos cinco presos pela PF na Operação Acesso Pago, deflagrada na quarta-feira (22), que investiga pagamentos de propina e tráfico de influência dentro do MEC. Além dele, foram alvos da operação o ex-gerente de projetos da Secretaria Executiva do MEC, Luciano Musse; o ex-servidor municipal de Goiânia, Helder Bartolomeu, e os pastores Gilmar Santos, de Goiânia, e Arilton Moura.Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões, sendo elas em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. Bartolomeu teria acompanhado o pastor Arilton Moura, que teria atuado como um lobista do MEC, em um evento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em Nova Odessa, no interior de São Paulo, em 2021.A reportagem tenta localizar a defesa dos envolvidos.Leia também:Pastor de Goiânia e ex-ministro da Educação são presos em operação da PFBolsonaro se manifesta sobre operação contra ex-ministro: "Ele que responda pelos atos dele"Prefeito atribui demora de 1 ano para exonerar assessor preso pela PF a "trâmites legais"