Atualizada às 8h11O prefeito licenciado de Goiânia Maguito Vilela (MDB), 71 anos, morreu às 4h10 desta quarta-feira (13), após mais de dois meses internado na UTI do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP). De acordo com nota da unidade de saúde, assinada pelos médicos Marcelo Rabahi, Carmen Barbas e Miguel Cendoroglo, Maguito estava internado desde o dia 22 de outubro para tratar da Covid-19, e lutava contra uma infecção pulmonar diagnosticada na semana passada.A família está providenciando o traslado do corpo de São Paulo para Goiás e ele deve ser sepultado em Jataí, sua terra natal. Luís Alberto Maguito Vilela nasceu em Jataí, era advogado, foi vereador na cidade, deputado estadual, deputado federal, vice-governador, governador, senador, vice-presidente do Banco do Brasil, prefeito de Aparecida de Goiânia por dois mandatos e venceu a eleição para a Prefeitura de Goiânia em 2020. Maguito deixa a mulher, Flávia Teles, filhos e netos.Entenda a evolução do quadro de saúde de Maguito Vilela desde o diagnóstico de Covid-19 19 de outubro – Maguito suspende agenda por suspeita de Covid-19. Na época, o candidato disse que estava com sintomas de sinusite e iria fazer o exame de coronavírus por recomendação médica. 20 de outubro – O teste positivo do emedebista para Covid-19 é divulgado. Maguito apresenta rouquidão e fica isolado em casa. Exames de sangue e tomografia do tórax não indicavam gravidade da doença. 22 de outubro – Maguito é internado no Hospital Órion, em Goiânia. A equipe médica justificou que a medida era necessária para minimizar riscos na fase considerada mais aguda da doença, entre o 6º e o 9º dia. Neste dia, o emedebista publicou nas redes sociais um vídeo em agradecimento pela torcida por sua recuperação e afirmou que estava bem. “Essa é uma doença traiçoeira. É bom que todos vocês se protejam. Usem máscaras e lavem as mãos todos os dias porque não é brincadeira, não”, disse o candidato no vídeo. 26 de outubro – O emedebista é transferido para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A assessoria do candidato divulgou na época que a medida foi tomada para garantir maior suporte ventilatório no tratamento da inflamação nos pulmões. Maguito começa a usar cateter nasal de alto fluxo de oxigênio e de uma máscara de ventilação não invasiva. 27 de outubro – Diante do comprometimento dos pulmões entre 50% e 75%, Maguito Vilela é transferido para o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, sob a justificativa de que o paciente teria, na instituição, suporte mais otimizado em relação à assistência ventilatória. 28 de outubro – Maguito mantém quadro estável nas primeiras horas internado na UTI do hospital de São Paulo e equipe médica afirma que inflamação nos pulmões começa a ser controlada. 29 de outubro – Exames apontam melhora no quadro clínico e Daniel Vilela publica primeira foto do pai desde que o candidato foi para a UTI. 30 de outubro – Paciente é entubado pela primeira vez, após apresentar dificuldade para respirar. A equipe médica informou que a decisão foi tomada para preservar as funções pulmonares e evitar possíveis sequelas. 1º de novembro – Boletim médico informa que Maguito teve melhora no quadro pulmonar, mas continua sedado e entubado. 6 de novembro – Maguito continua entubado, mas médicos informam que o emedebista tem menor dependência de aparelhos. 8 de novembro – Com quadro positivo de recuperação da inflamação causada pela Covid-19, o emedebista é desentubado. Maguito estava acordado, consciente e recebia suporte ventilatório não invasivo para auxiliar na respiração. 10 de novembro – Maguito recebe informações sobre a campanha pela primeira vez desde sua internação. Pesquisa Serpes/O Popular mostrava que o porcentual de intenções de voto do emedebista crescia e ele estava empatado tecnicamente com o adversário Vanderlan Cardoso (PSD). 12 de novembro – Equipe médica informa que Maguito apresenta melhoras significativas e faz exercícios de fisioterapia para os músculos da respiração e membros superiores e inferiores. Nesta data, foi publicada mais uma foto de Maguito na UTI. 15 de novembro – Maguito é entubado pela segunda vez no dia do primeiro turno da eleição devido a aumento da inflamação nos pulmões. O candidato passou também por broncoscopia, exame para coleta de material dentro do pulmão do paciente. 17 de novembro – O emedebista começa a ser submetido a hemodiálise (filtragem do sangue) e respira com suporte de oxigenação por membrana extracorpórea (Ecmo), aparelho que possibilita a ventilação protetora e atua como um pulmão artificial. 22 de novembro - Dependência de Maguito em relação a aparelho que dá suporte para respiração diminui. 24 de novembro – Maguito passa por traqueostomia na UTI, procedimento em que é criado um orifício na traqueia, onde é colocado na cânula. O paciente passou a respirar por este tubo, que foi conectado a um ventilador pulmonar. O tubo que passava pela garganta foi retirado para evitar inflamações. Exames mostram que o emedebista continua com Covid-19, mas o vírus não tem grande atividade. O tratamento segue contra complicações provocadas pelo coronavírus. 27 de novembro – Com quadro estável, Maguito continua sedado e em ventilação invasiva com traqueostomia. 29 de novembro – No dia do segundo turno da eleição, o boletim médico informou que Maguito estava com traqueostomia, sedado e conectado a ventilação mecânica com parâmetros satisfatórios de oxigenação. 30 de novembro – Equipe médica divulgou que o paciente precisa de suporte mínimo da Ecmo. A mudança é considerada uma melhora discreta no quadro de saúde. 1º de dezembro – Daniel Vilela divulga que Maguito não tem mais Covid-19 e o tratamento segue contra complicações provocadas pela doença. 4 de dezembro – Exames laboratoriais e de imagem mostraram controle do quadro inflamatório nos pulmões. 5 de dezembro – Paciente não usa mais a Ecmo. 9 de dezembro – Com a melhora e redução da sedação, Maguito tem longos períodos de despertar e consegue se comunicar por meio de gestos com a cabeça. 10 de dezembro – Maguito apresenta sangramento pulmonar e passa por angiotomografia (exame que detecta possíveis problemas no sistema circulatório). 11 de dezembro – Prefeito é submetido a uma cirurgia para controlar sangramento no pulmão. Diante do quadro, o emedebista retorna para sedação profunda. 13 de dezembro – Equipe médica volta a reduzir a sedação de Maguito gradativamente. 20 de dezembro – Boletim médico informa que Maguito tem períodos de despertar. 21 de dezembro – Em sedação leve, o emedebista passa por fisioterapia na UTI. 24 de dezembro – Maguito responde a estímulos e volta a interagir por meio de gestos. 25 de dezembro – Hospital divulga que Maguito está em reabilitação na UTI. Com mais de dois meses de internação, o emedebista sorriu ao receber visita dos netos pela primeira vez. 30 de dezembro – Paciente ainda não consegue falar por causa da traqueostomia, mas passa a maior parte do tempo acordado na UTI. 2 de janeiro – Maguito começa a usar o bipap, um ventilador portátil que foi visto como possível ponte para a saída do paciente da ventilação mecânica. 6 de janeiro – Quadro de saúde é estável e prefeito passa por reabilitação. 7 de janeiro - Maguito sofre nova infecção pulmonar e médicos aumentam sedação. 8 de janeiro – Paciente começa a usar drogas vasoativas devido à nova infecção pulmonar. A medicação é necessária para controle da pressão arterial. 12 de janeiro – Hospital informa que Maguito está em tratamento contra infecção pulmonar grave e precisa de altas doses de drogas vasoativas. 13 de janeiro – Após quase três meses internado em São Paulo, com um quadro grave como sequela da Covid-19, o Hospital Albert Einstein comunica o falecimento de Maguito Vilela, às 4h10.