O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) disse ao POPULAR, na manhã deste sábado (19), que a definição de qual cargo vai disputar na eleição deste deve ser feita em junho. Ele explica que quer fazer consultas internas e tomar a decisão com base em pesquisas qualitativas e quantitativas. O tucano falou com a reportagem antes de discursar em um seminário do PSDB Mulher, em Goiânia, na manhã deste sábado. Marconi era tido como pré-candidato a deputado federal, mas a pesquisa Serpes, contratada pela Associação Comercial, Industrial e Serviços de Goiás (Acieg), mostrou o ex-governador à frente na disputa para senador pelo estado. Além disso, parte da base tucana em Goiás deseja que ele saia candidato a governador. "Nós vamos acompanhar a evolução das pesquisas e depois tomar uma decisão, considerando a importância da unidade das oposições, com vistas a disputar o governo do estado. Como eu já disse, eu não tenho interesse pessoal, vaidade, projeto pessoal, o projeto na política tem que ser coletivo e é assim que eu estou encarando esse desafio de estar com os companheiros aqui em Goiás", disse.Presidente interino do PSDB goiano, Marconi afirma que o foco, neste mês, é na formação de chapas proporcionais. Durante o evento deste sábado, ao discursar, ele destacou as pré-candidaturas da deputada estadual Lêda Borges e da vereadora de Goiânia Aava Santiago, que vão tentar vaga na Câmara dos Deputados, e da ex-deputada estadual Eliane Pinheiro, que deve estar na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).Quanto à disputa pelo governo do estado, Marconi reafirmou que tem conversado com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), que já declarou sua pré-candidatura ao cargo, em oposição ao governador Ronaldo Caiado (UB). "Nós temos conversado por telefone, o nosso último encontro já tem algum tempo, mas a nossa relação é muito boa", disse. Questionado sobre a possível filiação de Mendanha ao Patriota, que tem resistência com o PSDB, Marconi preferiu não comentar. "Vamos deixar acontecer a filiação do Gustavo, vamos deixar essa coisa ser resolvida, para depois a gente tratar desse tema", ponderou.NacionalO ex-governador também comentou o anúncio recente de uma possível coligação majoritária entre o União Brasil, o MDB e o PSDB na eleição para presidente da República. Os dois primeiros partidos são aliados em Goiás, com o PSDB na oposição.Para Marconi, o único impacto dessa articulação nacional na eleição estadual é que o candidato a presidente que estiver representando as três siglas terá dois palanques em Goiás. "Um palanque do governo com o MDB e outro palanque nosso, não vejo problema algum", disse.Além disso, defendeu uma candidatura de centro, que surja como alternativa à polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). "Eu percebo aqui nas pesquisas de Goiás um desejo grande de que haja uma alternativa de centro. Então caberá a quem lidera esses partidos ter juízo, espírito público e pensar no Brasil."Marconi ainda lamentou a desfiliação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que se filiou ao PSB com o objetivo de ser vice na chapa de Lula. "Ele tomou um caminho, eu respeito, mas ele vai ficar de um lado e eu do outro, isso faz parte da democracia."Em Goiás, o ex-governador acrescentou que terá uma agenda cheia de encontros regionais do PSDB nos próximos meses com vistas às eleições de 2022.