Com a falta de espaço, postulantes abrem conversas com grupos da oposição. O deputado federal João Campos, presidente estadual do Republicanos, mantém contatos tanto com o governador Ronaldo Caiado (DEM) como com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), que tenta estruturar uma coligação como pré-candidato ao governo.O próprio Henrique Meirelles (PSD), pré-candidato ao Senado, também já teve encontros com Gustavo e coloca a chapa de oposição como alternativa.Nos grupos contrários a Caiado, também se fala em uma possível candidatura ao Senado do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), embora seu partido o tenha lançado para a disputa ao governo. Há um grupo de aliados do tucano que defende que ele retome a candidatura que perdeu em 2018, quando ficou em quinto lugar na corrida ao Senado.O deputado estadual Paulo Trabalho (PSL, mas prestes a mudar de partido) também se coloca como pré-candidato em um grupo que tenta montar palanque para o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Goiás. Ele disse ter recebido oferta de disputar a vaga pelo DC. O deputado federal Vitor Hugo (PSL, mas prestes a sair do partido) e o ex-candidato a prefeito de Goiânia Gustavo Gayer (DC) são nomes cotados para a chapa majoritária bolsonarista, tanto para o governo como para o Senado.Embora não esteja totalmente descartada, a possibilidade de o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (PL), tentar o Senado por Goiás perdeu força nas últimas semanas, diante da insistência do presidente para que ele dispute o governo de São Paulo. Embora tenha manifestado desejo de ser candidato aqui e considerar facilidade de vitória, ele teria cedido aos pedidos de Bolsonaro.Até então, Tarcísio era cotado para compor o grupo bolsonarista no Estado, apesar de ter também boa relação com Caiado. Nos bastidores, aliados contam que o governador já demonstrou entusiasmo e apoio a uma possível candidatura do ministro.Em partidos da esquerda em Goiás há indefinição de nomes para o Senado. O PT, que recentemente lançou a pré-candidatura do ex-reitor da PUC Wolmir Amado ao governo, tem avançado mais nas conversas para candidatos a deputado federal e estadual.