Preocupado em preservar a chapa de candidatos a deputado federal, o PSD segue tendência de ficar na base do governo de Ronaldo Caiado (UB), mas em dúvida sobre o lançamento de candidatura do presidente estadual do partido, Vilmar Rocha, ao Senado. De outro lado, grupos da oposição, especialmente o PSDB, ainda têm esperança de atrair o partido, após a confirmação da desistência do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSD), de disputar o Senado, na terça-feira (2).Lideranças do partido fizeram reunião na noite de terça, na casa do senador Vanderlan Cardoso (PSD), quando apontaram três possíveis caminhos: ficar na base do governo sem candidatura majoritária; lançar Vilmar como um dos três palanques ao Senado do grupo de Caiado - ao lado do deputado federal Waldir Soares (UB) e Alexandre Baldy (PP) - e ter candidatura independente ao Senado sem coligação para o governo.A primeira opção é que tem mais respaldo de lideranças da sigla, em especial dos candidatos a deputado, que preferem disponibilidade de recursos do partido para a chapa.Mas haveria interesse de Vilmar na disputa, sob argumento de que cenário está muito aberto para o Senado e que houve compromisso com o diretório nacional de lançar um nome para a disputa. O dirigente tem dito que não se preparou para candidatura, não tem mandato e não tem apoios de prefeitos e deputados, mas que leva em conta a combinação com o presidente nacional, Gilberto Kassab.Da parte do governo, não haveria resistência à candidatura. Vilmar e Caiado se encontraram na nesta quarta-feira, mas não bateram o martelo sobre candidatura. O dirigente pessedista falou da preferência de fechar com o governo. Segundo informações de bastidores, houve oferta de apoio de parte da base na mesma medida da conversa anterior com Lissauer.Conforme O POPULAR mostrou na terça-feira, Caiado ameaçou retirar candidaturas a deputado federal do PSD caso o partido ficasse com a oposição. O ex-secretário de Saúde Ismael Alexandrino e o ex-vice-prefeito de Rio Verde Dannillo Pereira sairiam da disputa, a pedido do governador, e inviabilizariam as chances de reeleição do deputado Francisco Júnior (PSD).Em nota divulgada na quarta-feira (3), com a confirmação da desistência, Lissauer afirma que “momento é de união e não de divisão”, sugerindo ser favorável ao não lançamento de nome para o Senado. “Diante da decisão de candidaturas avulsas, entendemos, em conjunto, que o momento é de união e fortalecimento. Precisamos agregar força à base, consolidando o grupo em prol de um bem maior, que é cuidar do nosso estado”, afirma.Nos bastidores, há informação de que ele pode ser coordenador da campanha de Caiado, mas também existem especulações de que retomaria o projeto de conseguir cargo de conselheiro em um Tribunal de Contas, desta vez dos Municípios.A cúpula do PSD teria novas reuniões na noite desta quarta e na quinta-feira para bater o martelo sobre a disputa ao Senado.Leia também:- Comando destituído do Pros em Goiás tenta manter apoio a Caiado- Vereadores articulam para Policarpo ser vice na chapa de Mendanha- Marconi articula para atrair PSD e quer mulher para vice-governadora