A emedebista Valéria Pettersen foi exonerada, a pedido, do cargo de secretária de Relações Institucionais de Goiânia. O documento foi publicado no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (29).Vereadora em Aparecida de Goiânia, a ex-secretária diz que pediu ao prefeito Rogério Cruz (Republicanos) para deixar o posto por alguns dias e retornar à Câmara para trabalhar pela votação de projeto que muda o regimento interno da Casa. Na prática, a matéria tira autonomia do presidente do Legislativo aparecidense para exonerar servidores de gabinetes.Pettersen afirma que deve retornar à Prefeitura de Goiânia em cerca de uma semana. No entanto, há nos bastidores o entendimento de que ela pode não retornar, pois sua saída seria parte de promessa feita por Cruz sobre mudanças no secretariado.Leia também:<a href="https://opopular.com.br/noticias/politica/roberto-e-vivian-naves-s%C3%A3o-alvos-de-den%C3%BAncia-por-abuso-de-poder-em-an%C3%A1polis-1.2586598" target="_blank">-&nbsp;Roberto e Vivian Naves são alvos de denúncia por abuso de poder, em Anápolis</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/politica/mpe-pede-cassa%C3%A7%C3%A3o-da-chapa-de-vereadores-de-goi%C3%A2nia-do-ptc-1.2585998" target="_blank">-&nbsp;MPE pede cassação da chapa de vereadores de Goiânia do PTC</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/podcasts/giro-360/depois-de-um-ano-turbulento-o-que-vem-pela-frente-1.2586173" target="_blank">-&nbsp;Depois de um ano turbulento, o que vem pela frente?</a>Ligada ao presidente do Republicanos em Goiás, deputado federal João Campos, Pettersen tomou posse em 30 de abril de 2021. Apesar de filiada ao MDB, foi indicada por Campos pela ligação com lideranças evangélicas, segmento que faz parte da base eleitoral do deputado.Naquela época, a cúpula de seu partido havia rompido com Cruz, após desentendimentos sobre os rumos da gestão. Eleito prefeito de Goiânia, Maguito Vilela morreu dias após a posse por causa de complicações provocadas pela Covid-19. Com isso, Cruz, o vice, assumiu. O MDB continuou no primeiro escalão até o desembarque oficial, no início de abril.Em reunião com vereadores no início de novembro, o prefeito sinalizou que faria mudanças no secretariado e a saída de Pettersen era vista como certa. Os parlamentares fizeram reclamações em plenário sobre demora no pagamento de emendas, área que a Secretaria de Relações Institucionais atua diretamente.Nesta quinta, Cruz assinou, durante solenidade, o repasse de carca de R$ 5,2 milhões em emendas impositivas para entidades filantrópicas. O recurso é referente a emendas federais e municipais. Chamou atenção a ausência de Pettersen no encontro. Ela foi representada por uma auxiliar.Pettersen afirma que houve necessidade de retornar à Câmara de Aparecida para, junto com outros dois membros da Mesa Diretora, apresentar projeto que permite ao presidente do Legislativo nomear ou exonerar servidores dos gabinetes apenas com a indicação do vereador. Pettersen diz que o presidente André Fortaleza (MDB) está exonerando servidores dos gabinetes após estes parlamentares votarem a favor de projetos do prefeito Vilmar Mariano (Patriota).Fortaleza afirma que vai se atualizar sobre a situação e legalidade do projeto nesta sexta-feira (30). O presidente disse que os vereadores sabem o motivo das demissões de servidores e todas as justificativas estão disponíveis para serem consultadas. Ele nega retaliação.

Pettersen deixa Secretaria de Relações Institucionais de Goiânia para votar projeto

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Matéria - Política

Pagamento de emendas dos vereadores

A Prefeitura de Goiânia planeja pagar pelo menos R$ 10 milhões de emendas impositivas por mês. As indicações que entram nesse cronograma são aquelas liberadas via Secretaria Municipal de Articulação Institucional e Captação (Secap) - Saúde e Assistência Social devem ter planejamento próprio. No primeiro semestre de 2025, as destinações ficaram represadas em meio ao debate de regulamentação dos pagamentos. Até 15 de julho, o Paço havia liberado R$ 10,4 milhões a entidades sociais, segundo dados do Portal da Transparência.

Na terça-feira (15), foram publicados dois decretos no Diário Oficial do Município (DOM) com abertura de crédito suplementar de R$ 11,6 milhões para a Secap, com a justificativa de uso do recurso para o pagamento de <a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-enviou-pelo-menos-15-projetos-de-lei-para-a-camara-1.3287474" target="_self">emendas parlamentares</a>. O documento foi assinado pelo prefeito, Sandro Mabel (UB), e pelo secretário da Fazenda, Valdivino Oliveira.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/repasses-para-19-entidades-sociais-ja-somaram-r-10-4-milh-es-1.3289138" target="_self">Repasses para 19 entidades sociais já somaram R$ 10,4 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-enviou-pelo-menos-15-projetos-de-lei-para-a-camara-1.3287474" target="_self">Mabel enviou pelo menos 15 projetos de lei para a Câmara</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/com-cei-vereadores-fazem-press-o-por-espaco-e-emendas-1.3287020" target="_self">Com CEI, vereadores fazem pressão por espaço e emendas</a></div>

Ao todo, são 23 vereadores que devem ver suas bases receberem os recursos em breve. O maior valor é de Pedro Azulão Jr. (MDB), com montante de R$ 2,2 milhões, que serão encaminhados para quatro organizações (Grupo Ecológico Nacional Ambiental Comando Pantera, ONG Shallon Semente de Vida, Associação Albino e Associação Beneficente da Região Noroeste).

O documento foi publicado após dois movimentos que vereadores da base usaram para demonstrar insatisfação com o Paço por causa da demora na liberação das emendas e em busca de mais espaço para indicações de cargos no Paço. No dia 10, Cabo Senna (PRD) protocolou pedido de abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar supostas irregularidades na execução do contrato e de serviços da Limpa Gyn. O requerimento tem 16 assinaturas de membros da base. Além disso, no fim de semana, parlamentares trataram sobre a possibilidade de aprovar diligência ou arquivamento de projetos do Executivo, mas, na segunda-feira (14), Mabel retirou as matérias de tramitação.

As emendas impositivas são recursos da Prefeitura que os vereadores podem indicar para suas bases eleitorais, com previsão na Lei Orçamentária Anual (LOA). O valor representa 2% da receita corrente líquida (RCL). Em 2025, as destinações somam R$ 176 milhões, sendo R$ 5 milhões para cada um dos 35 vereadores que eram titulares do mandato quando a LOA deste ano foi votada (entre eles estão 12 que não conseguiram se reeleger).

Os vereadores podem encaminhar as emendas para execução direta da Prefeitura ou para ações de entidades sociais. O POPULAR já mostrou que, no Orçamento deste ano, mais de 90% dos recursos foram destinados para as organizações. Os vereadores argumentam que as entidades executam o serviço de maneira mais rápida do que a Prefeitura.

<div attr-cid="policy:1.3289147" attr-version="policy:1.3289147:1752719206" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3289147" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3289147', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3289147">Pagamento de emendas dos vereadores (1.3289147)</a></div>

<h2>Estratégia</h2>

De acordo com o titular da Secap, Vanderlei Toledo Júnior, as emendas estão sendo liberadas de acordo com a aprovação dos planos de trabalho das entidades. O auxiliar lembrou que no primeiro semestre houve debate entre Câmara e Prefeitura para regulamentar os pagamentos. Inicialmente, o Paço ia publicar decreto com as novas regras. No entanto, em busca de aproximação com os vereadores, Mabel fez acordo para que as regras fossem estabelecidas em projeto de lei proposto pela Mesa Diretora da Casa. A matéria foi aprovada em 20 de maio (as primeiras emendas foram liberadas no dia 28).

“Já foram (pagos) R$ 10 milhões de maio e um pouco de junho, porque não existiam muitos planos de trabalho aprovados em junho. Foi R$ 5 milhões e R$ 5 milhões, digamos assim. Agora, em julho, esses (cerca de) R$ 10 milhões. Em agosto, está indo para quase R$ 8 milhões de planos de trabalho aprovados”, afirmou Toledo.

A secretária de Governo, Sabrina Garcez, também atribui a demora para liberação das emendas às dificuldades burocráticas. “Desde que a lei foi aprovada, nós já havíamos feito o cronograma de pagamento de R$ 10 milhões por mês. O que aconteceu, na maioria absoluta dos casos, foi a falta de documentação e de atualização da documentação das entidades”, disse Sabrina.

A secretária explicou que, no caso das emendas da Saúde, as entidades receberam ofício na semana passada para que apresentem os planos de trabalho. A partir da avaliação dos documentos, a Prefeitura irá elaborar o cronograma de pagamento.

Para o líder do prefeito, Igor Franco (MDB), a demora para o pagamento de emendas foi característica do primeiro ano e não deve se repetir no restante do mandato de Mabel. “Entendemos que a Prefeitura no começo de gestão teve grandes dificuldades, mas para o próximo ano, vejo que não terá esse enfrentamento. (...) Acredito que de agora para frente as coisas começam a melhorar” afirmou Franco.

Pagamento de emendas terá R$ 10 milhões por mês, diz Paço

Prefeitura de Goiânia

Na conta da União

O governo federal pagou R$ 445,06 milhões em garantias de empréstimos contratados e não pagos por Goiás nos primeiros seis meses do ano. Com o valor, o estado totaliza R$ 6,2 bilhões honrados pela União desde 2019, quando o governador Ronaldo Caiado (UB) assumiu o primeiro mandato. Primeiro por liminares do Supremo Tribunal Federal (STF) e, depois, pela adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), a gestão se livrou do pagamento integral dos serviços das dívidas com garantia.

A atualização dos dados foi publicada pelo Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito e Recuperação de Contragarantias, da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da Fazenda. De acordo com o documento, Goiás continua como terceiro mais beneficiado pelos pagamentos do governo federal, atrás apenas do Rio de Janeiro (R$ 42,7 bilhões) e Minas Gerais (R$ 21,6 bilhões), no período.

A administração estadual passou a quitar parte dos serviços da dívida em 2023, primeiro ano da gradativa retomada do pagamento, previsto pelo RRF, sendo 11,1% naquele, que subiu para 22,2%, em 2024, e 33,3%, neste ano. Antes disso, houve um salto no valor honrado pelo Tesouro Nacional, em 2019, 2020 e 2021, por conta de decisões judiciais (veja o quadro).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/estado-tenta-evitar-vazio-legislativo-entre-rrf-e-propag-1.3282192" target="_self">Estado tenta evitar 'vazio legislativo' entre RRF e Propag</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/novo-projeto-vai-detalhar-termos-de-ades-o-ao-propag-1.3280747" target="_self">Novo projeto vai detalhar termos de adesão ao Propag</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/ldo-estima-deficit-nominal-de-r-106-milh-es-em-2026-1.3261759" target="_self">LDO estima déficit nominal de R$ 106 milhões em 2026</a></div>

A expectativa do governo goiano é ter nova redução nos valores arcados pelo estado a partir de 2026, com a adesão ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag), que deve ocorrer em outubro, para ter validade no próprio exercício. Pelos termos do novo sistema de renegociação, Goiás sairá do atual porcentual para 20% do total dos serviços da dívida, com o restante da União.

Além do índice menor, a adesão possibilitará abatimento de até 20% do montante da dívida, que supera R$ 19,6 bilhões, o que reduz a base de cálculo para os pagamentos mensais. O secretário estadual de Economia, Francisco Sérvulo Nogueira, mantém a intenção de confirmar a entrada no novo programa ainda neste ano e aponta que foram definidos mecanismos para evitar o possível “vazio legislativo” entre a vigência do RRF e do Propag.

“Já está alinhado com a STN que, no momento em que o estado fizer o contrato de adesão ao Propag, haverá a definição da saída do Regime de Recuperação Fiscal. Isso foi incluído no texto da última lei estadual aprovada na Assembleia Legislativa, que já prevê que os processos ocorrerão concomitantemente. Essa definição também está o ofício do estado ao Tesouro Nacional”, explica Sérvulo.

Caiado manifestou preocupação com a possibilidade de pagar, mesmo que provisoriamente, o valor integral dos serviços da dívida no período de transição. “Nós vamos aguardar se, com a inclusão no programa, nós não apenas sairemos do RRF e se não estaremos em um vazio legislativo. O que nós queremos é a garantia de que, ao entrar no Propag, nós já passamos a responder a novas regras, sem estar desguarnecido”, defendeu o governador.

Com a adesão automática ao novo programa junto com a saída do Regime de Recuperação Fiscal, o estado evita elevar para cerca de R$ 2,4 bilhões o total anual pago com os serviços das dívidas. Atualmente, todos os pagamentos somam R$ 1,7 bilhão e cálculos preliminares da Secretaria de Economia apontam que, com o índice de 20% e outros benefícios do Propag, o valor deverá cair para R$ 1,2 bilhão em 2026.

Sob a vigência dos novos termos, o estado terá evolução gradativa no pagamento, começando em 20%, em 2026, e seguindo com 40%, 60% e 80%, até chegar à totalidade em 2030. “A primeira conta que fazemos é qual será o montante da dívida com a União a partir da adesão com os termos do Propag. A partir disso, nós avaliaremos a situação das outras dívidas que não serão absorvidas no programa. Essa soma deve resultar no valor de R$ 1,2 bilhão, a depender das condições específicas em cada ano”, apontou o secretário.

<h2>Adesão</h2>

“Nós estamos trabalhando com o cenário de adesão em outubro. Temos a previsão de aprovar a previsão dos recebíveis junto à STN e, feito isso, há um prazo de manifestação do Tesouro Nacional para nos mandar uma minuta de aditivação desse contratos que serão refinanciados. Por isso, ainda trabalhamos com esse calendário até outubro”, detalha o auxiliar.

Como antecipado pelo Giro, a adesão de Goiás ao programa também será impactada pela aprovação, no Congresso Nacional, de projeto de resolução do senador em exercício, Pedro Chaves (MDB). A proposta deve ser votada em agosto e inclui as renegociações de dívidas no rol de exceções à regra do Senado que limita o montante global das operações de crédito anuais realizadas pela União a 60% da receita corrente líquida (RCL).

“O que essa resolução define é que a <a href="https://opopular.com.br/politica/novo-projeto-vai-detalhar-termos-de-ades-o-ao-propag-1.3280747" target="_self">dívidas refinanciadas pelo Propag</a> não entram no limite total de endividamento da União. A medida vai excepcionalizar o processo que teria todo o trâmite de um financiamento de crédito comum. Essa mudança vai dar esse rito sumário para esses contratos que os estados vão assinar com a União”, afirmou Sérvulo.

Em nota, a Secretaria de Economia apontou que, entre 2019 e 2025, o estado desembolsou R$ 8,32 bilhões para o pagamento do serviço da dívida pública. Apesar de não pagar a integralidade dos serviços das dívidas garantidas pela União e de ter a conta zerada entre 2019 e 2022, o montante inclui pagamentos contratuais junto ao sistema financeiro, ressarcimentos à União, além dos repasses obrigatórios de precatórios judiciais ao Tribunal de Justiça de Goiás e os parcelamentos tributários firmados no período.

<div attr-cid="policy:1.3289141" attr-version="policy:1.3289141:1752718063" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3289141" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3289141', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3289141">Na conta da União (1.3289141)</a></div>

Dívidas de Goiás pagas pela União chegam a R$ 6,2 bilhões

Recuperação Fiscal

Dezenove entidades sociais já foram beneficiadas com R$ 10,4 milhões de <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/pec-permite-o-envio-de-emendas-impositivas-a-entidades-como-agm-e-fgm-1.3285303" target="_self">emendas dos vereadores de Goiânia</a>. Os recursos foram pagos entre 28 de maio e 15 de julho e estão publicados no Portal da Transparência da Prefeitura. Entre as que receberam os maiores valores está a Associação Goiana de Jogos Digitais, com R$ 1,4 milhão. Os responsáveis pelas indicações foram Henrique Alves (MDB), R$ 500 mil; Joãozinho Guimarães (SD), R$ 250 mil; Kleybe Morais (MDB), R$ 500 mil; e Lucas Kitão (UB), R$ 200 mil.

Conforme consta nos objetos de cada uma das emendas, o recurso é destinado para o Go Games Festival, evento que tem entrada paga, marcado para ser realizado na capital entre sexta-feira (18) e domingo (20).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/pagamento-de-emendas-tera-r-10-milh-es-por-mes-diz-paco-1.3289144" target="_self">Pagamento de emendas terá R$ 10 milhões por mês, diz Paço</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/pec-permite-o-envio-de-emendas-impositivas-a-entidades-como-agm-e-fgm-1.3285303" target="_self">PEC permite o envio de emendas impositivas a entidades como AGM e FGM</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/projeto-quer-diminuir-o-tempo-para-a-discuss-o-de-propostas-1.3281178" target="_self">Projeto quer diminuir o tempo para a discussão de propostas</a></div>

Kleybe Morais argumentou que definiu a emenda por ser incentivador do esporte, pela qualidade da edição do evento no ano passado e a parceria que a associação já firmou com a Prefeitura em outras oportunidades. O ex-vereador disse que confia na capacidade de organização e prestação de contas da entidade.

Em nota, a associação afirmou que o evento também recebeu emendas em 2024 e conta com apoio do recurso para “promover o acesso ao universo dos eSports e incentivar a prática competitiva entre jovens, especialmente estudantes e pessoas em situação de vulnerabilidade social em Goiânia”. De acordo com a associação, os atletas inscritos participam das competições de forma gratuita, mediante a doação de alimentos. A entidade disse ainda que distribui centenas de ingressos gratuitos para estudantes da rede pública.

Segundo a associação, o evento é financiado por múltiplas fontes. Os recursos públicos são, diz a nota, aplicados em áreas específicas definidas no termo de fomento, como infraestrutura, incentivo ao competitivo e gratuidade para determinados públicos. A entidade afirmou que a cobrança de passaportes “serve para garantir a sustentabilidade financeira do evento, sem interferir nas ações custeadas com recursos públicos”. A venda de ingresso individual está no 5º lote e custa R$ 108. Há outros pacotes de entradas.

<h2>Evento católico</h2>

Outro evento que recebeu recursos de emendas foi o Totus Tuus, realizado entre 7 e 9 junho, no Serra Dourada, pela Paróquia Nossa Senhora da Assunção. O recurso foi pago via Associação Assunção. O evento recebeu R$ 670 mil. Os responsáveis pelas destinações foram Anselmo Pereira (MDB), com R$ 70 mil; Geverson Abel (Republicanos), com R$ 100 mil; e Izídio Alves (DC), com R$ 500 mil.

Geverson afirmou que destinou o recurso porque conhece o trabalho desenvolvido pelo responsável, padre Marcos Rogério. Anselmo disse que tem confiança de que o recurso está sendo bem aplicado. A Associação Assunção também recebeu R$ 300 mil indicados por Romário Policarpo (PRD), verba que foi aplicada na festa junina da entidade.

Em nota, a Associação Assunção destacou que, com 15 anos de história, mantém uma série de projetos sociais. A entidade argumentou que o Totus Tuus reuniu mais de 60 mil pessoas e é um dos maiores encontros religiosos e culturais do Centro-Oeste. A associação disse ainda que os recursos foram devidamente aplicados conforme os termos aprovados, com prestação de contas protocolada e disponível para fiscalização.

A reportagem entrou em contato com os demais vereadores que fizeram indicações ao Go Games e Totus Tuus, mas não houve retorno.

Repasses para 19 entidades sociais já somaram R$ 10,4 milhões

Emendas parlamentares

Com intenção de estruturar um novo centro administrativo em Goiânia, o governo estadual articula a compra do prédio que abriga a superintendência regional da Caixa Econômica Federal na Avenida Anhanguera e a construção de duas torres no estacionamento do antigo Jóquei Clube, no Centro da capital. As negociações começaram ainda no ano passado e avançaram neste mês, conforme apurou O POPULAR. O complexo tem estimativa inicial de custo de cerca de R$ 500 milhões, mas há informações de bastidores de que o conjunto pode chegar a R$ 1 bilhão.

O prédio da Caixa pertence à Fundação dos Economiários Federais (Funcef), entidade privada de previdência de empregados do banco e terceiro maior fundo de pensão do País. Sob alegação de cláusula de confidencialidade nas tratativas com a Funcef, o governo não responde sobre valor e detalhes da negociação, mas confirmou a intenção de criar o novo centro.

A reportagem apurou que o preço do prédio na Anhanguera, que possui 15 andares, 2 pavimentos de subsolo e 1 mezanino, estaria fechado em cerca de R$ 95 milhões. Outros R$ 400 milhões seriam aplicados na construção das duas torres, mas o governo não fala em previsão de despesas, sob alegação de que ainda não há projeto pronto para o empreendimento.

<ul>
	<li>Veja na TV Anhanguera:<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/prefeitura-de-goiania-quer-transformar-joquei-clube-em-centro-multiuso-13557178.ghtml" target="_blank">&nbsp;Prefeitura de Goiânia quer transformar Jóquei Clube em centro multiuso</a></li>
</ul>

Os atuais custos com aluguel, reformas e pedidos de novos espaços para órgãos do Estado, e o incentivo à revitalização do Centro da capital são os principais argumentos apresentados pelo governo para defender a proposta de um novo polo administrativo.

A Secretaria Estadual de Administração (Sead) afirma também que haveria economia com frota de veículos - com centralização de contrato e uso comum a várias pastas -, vigilância e manutenção da estrutura.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/prefeitura-vai-desapropriar-sede-do-joquei-1.3257741" target="_self">Prefeitura vai desapropriar sede do Jóquei</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mabel-anuncia-desapropriac-o-do-joquei-1.3257637" target="_self">Mabel anuncia desapropriação do Jóquei</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/nova-gest-o-municipal-quer-ocupar-joquei-clube-1.3193701" target="_self">Nova gestão municipal quer ocupar Jóquei Clube</a></div>

Apenas o prédio da Funcef abrigaria cerca de 9 mil servidores, segundo estimativa do governo. Ainda não há informações sobre o tamanho das outras duas torres, mas a intenção é que acomode a maioria dos órgãos.

No atual centro administrativo, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira (PPLT), ficariam servidores do alto escalão e secretarias com atuação mais próxima ao gabinete do governador.

A proposta de utilizar o estacionamento do Jóquei para construção de torres para o Estado foi levada ao prefeito Sandro Mabel (UB) em 21 de março, na primeira visita do vice-governador Daniel Vilela (MDB) ao Paço Municipal. Na ocasião, conforme mostrou O POPULAR, o emedebista afirmou que o governo tinha interesse em parcerias no programa de requalificação do Centro, em meio às discussões de revisão do projeto Centraliza, que havia sido enviado à Câmara na gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (SD).

“Estamos dependendo de uma negociação para anunciar, mas vai ser um projeto bem impactante e que vai colaborar com o resgate do Centro da nossa capital”, afirmou Daniel na época, já se referindo ao novo centro administrativo, segundo fontes da Prefeitura. O vice-governador disse ainda que o projeto iria estimular investimentos privados na região, com atração de empresas e revitalização de imóveis.

No final de abril, <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mabel-anuncia-desapropriac-o-do-joquei-1.3257637" target="_self">Mabel anunciou a desapropriação do terreno do Jóquei</a>, mas até hoje não houve a publicação do decreto. A Prefeitura alega que houve demora nos levantamentos da Secretaria de Planejamento (Seplan) necessários à publicação do decreto. O prefeito afirmou na ocasião que o plano era transformar o espaço, abandonado há mais de uma década, em um centro de cultura e lazer. Em junho, ele comentou que recebeu propostas para destinar uma parte do espaço para games.

Na conversa com Daniel e outros integrantes do governo, o prefeito sinalizou positivamente para a ideia de ceder o estacionamento para a construção das torres do centro administrativo, mas não houve ainda acordo de como ocorreria essa negociação. Há proposta por parte do Estado de assumir todo o terreno, com a própria gestão estadual passando a ser responsável pela revitalização da sede histórica do antigo clube, projetada pelo arquiteto e urbanista Paulo Mendes da Rocha, que morreu em 2021 e é um dos mais reconhecidos do País. O antigo clube tem 11,4 mil metros quadrados de área construída.

Integrantes do governo e da Prefeitura de Goiânia afirmam que a estruturação do complexo administrativo seria um “grande impulsionador” da reocupação do Centro. Eles também afirmam que não haverá prejuízo ao resgate histórico do Jóquei com o uso do espaço do estacionamento, alegando que a área total do antigo clube é muito ampla.

<h2>Ocupação</h2>

A reportagem apurou que o governo ainda aguarda resposta da Funcef sobre uma previsão para desocupação do prédio para fechar a compra. Cinco andares estariam ocupados pela Caixa e outros dois locados para a iniciativa privada. A gestão estadual quer um prazo determinado para começar a utilizar o prédio antes de bater o martelo na aquisição.

As informações de bastidores são de que o acordo seria para saída em janeiro, o que viabilizaria a compra ainda este ano. O governo também pretende organizar a transferência de secretarias para o prédio da Caixa independentemente do acerto para construção das outras torres, que ainda não tem qualquer previsão de início. No plano inicial do complexo, há ideia da inclusão de uma passarela para facilitar a mobilidade entre os prédios.

O POPULAR solicitou informações da Funcef, por meio da assessoria de imprensa, nos últimos dois dias, mas não obteve resposta. A reportagem apurou que a fundação tentou negociar a venda anteriormente com outras instituições públicas do Estado, como o Judiciário e o Ministério Público.

O prédio chegou a ser anunciado em site de venda de imóveis - agora com informação de “indisponível” - ao preço de R$ 106 milhões. O anúncio ressaltava o “ponto estratégico” e “excelente localização” do edifício.

A Sead informou que o PPLT abriga atualmente estruturas de 12 secretarias estaduais, enquanto 32 órgãos funcionam em outras localidades. Algumas pastas instaladas no PPLT também possuem unidades administrativas em outros imóveis.

Ainda de acordo com a Sead, em 2024, o governo estadual gastou R$ 41 milhões com locações. De janeiro a junho deste ano, a despesa foi de R$ 28,2 milhões, segundo dados do Sistema de Contabilidade Geral, referentes aos contratos efetivamente pagos.

A pasta também informou que houve gasto de R$ 2,13 milhões no ano passado com reformas de sedes administrativas do governo, das secretarias de Economia e de Governo e do PPLT.