Um dia após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que vai tentar convencê-lo a enviar a reforma administrativa do governo e disse estar disposto a dividir o desgaste do tema com o Planalto. Maia afirmou que, ao encaminhar a proposta, o Executivo daria um passo importante para melhorar a qualidade do gasto público.“A (reforma) administrativa, o governo tem uma proposta pronta”, disse. “Nós vamos tentar convencer o presidente de que pode enviar, que ele vai enviar, e que nós não vamos ter desgaste, nós vamos ter apoio da sociedade para que a gente possa... não é cortar, perseguir servidor, muito pelo contrário, é valorizar o servidor.”Maia disse que a reforma foi debatida na reunião de quarta (12), da qual também participaram o ministro Paulo Guedes (Economia) e outros da área econômica, além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). “Acho que seria um passo importante, e a gente assume a responsabilidade com ele de que nós queremos esse debate, queremos trazer esse debate para o Congresso Nacional”, disse Maia.Na avaliação do deputado, como a proposta do governo não versa sobre o passado, não haverá conflito com os atuais servidores. Ele afirmou que o importante será a construção de novas carreiras e de formas para melhorar a qualidade do serviço público.

Pode enviar, diz Maia sobre reforma nas carreiras

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Matéria - Política

Como pensa a bancada goiana

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A maior parte dos deputados federais de Goiás manifesta posição contrária à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende encerrar <a href="https://opopular.com.br/economia/entenda-a-proposta-para-acabar-com-a-escala-6-x-1-no-trabalho-1.3198035" target="_blank">a jornada de seis dias de trabalho por um de folga no Brasil.</a> A matéria ainda precisa de pelo menos 30 assinaturas para atingir o mínimo de 171 necessárias para tramitar e define nova escala com quatro dias trabalhados por semana, com regime de 36 horas a cada sete dias.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

A maioria da bancada goiana aponta que a ideia, apesar de mobilizar engajamento entre trabalhadores, seria inviável economicamente. De acordo com levantamento do POPULAR, ao menos seis deputados antecipam voto contra a PEC, caso seja apreciada, e apenas dois são favoráveis. Das 134 assinaturas registradas, há apenas o apoio dos petistas Adriana Accorsi e Rubens Otoni, entre os goianos.

Além da manifestação contra o texto, há ainda três deputados que se mantêm indecisos, com avaliação de que a sugestão é interessante na teoria, mas que é preciso realizar estudos sobre a aplicação prática, principalmente a partir dos custos para empresários e empregadores, além de aguardarem posicionamentos das bancadas partidárias.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/veja-lista-de-deputados-que-assinaram-a-favor-da-mudanca-na-escala-6-x-1-1.3198158" target="_blank">Veja lista de deputados que assinaram a favor da mudança na escala 6 x 1</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/carga-de-trabalho-no-brasil-e-maior-que-no-jap-o-na-coreia-do-sul-e-nos-estados-unidos-1.3198423" target="_blank">Carga de trabalho no Brasil é maior que no Japão, na Coreia do Sul e nos Estados Unidos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/ministro-da-secom-defende-mudar-escala-6x1-no-trabalho-1.3198453" target="_blank">Ministro da Secom defende mudar escala 6x1 no trabalho</a></div>

Com perfil majoritariamente direitista, integrantes da bancada usam discurso polarizado ideologicamente para condenar a proposta, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL/SP). “Eu acho que isso que a esquerda trouxe, especialmente o partido desse deputado (sic) ou dessa deputada, não é um bom projeto para o Brasil, ainda mais em um momento desse em que nós estamos precisando de produção, trabalhar e buscar faturamento”, diz Glaustin da Fokus (Podemos).

“Isso gera um desconforto, porque se você perguntar, é claro que é bom ficar à toa. Não é prazeroso acordar cedo todo dia. Trabalhar é espetacular? Claro que não, mas nós temos que fazer e não concordo com essa PEC nunca”, adiciona.

<a href="https://opopular.com.br/economia/entenda-a-proposta-para-acabar-com-a-escala-6-x-1-no-trabalho-1.3198035" target="_blank">Marussa Boldrin (MDB) avalia que a matéria, como está, “não passa” na Câmara federal</a>. “O projeto força uma situação impraticável para todos. Ele vai forçar o aumento dos custos para todas as empresas, algumas correndo o risco de fechar, logo aumentando o desemprego. Aquelas que não fecharem vão repassar o aumento de custos para o consumidor final e o custo de tudo aumenta”, opina.

A deputada ainda aponta “desemprego e redução da capacidade de compra”. “Para falarmos em redução da carga de trabalho precisamos incluir no debate qual será a redução dos tributos. E isso a esquerda não quer debater. Temos que ter responsabilidade, pensando no futuro e não em projetos populistas”, diz Marussa.

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Os parlamentares confirmam a pressão popular pela assinatura na PEC e por eventual voto favorável ao <a href="https://opopular.com.br/economia/carga-de-trabalho-no-brasil-e-maior-que-no-jap-o-na-coreia-do-sul-e-nos-estados-unidos-1.3198423" target="_blank">fim da escala 6x1</a>. “Eu tenho sido pressionado desde o fim de semana e vi uma discussão grande no instagram, com muita gente me cobrando”, contou Zacharias Calil (UB), em entrevista à repórter Eliara Salla, da CBN Goiânia. “E aí deputado? Como o senhor fica? Cadê vossa excelência nessa PEC? São muitos mesmo mandando mensagem cobrando. Acabei de receber mais um aqui”, disse o deputado em meio ao som de notificação.

“Isso causa muita polêmica e é uma questão de redução que deve ser tratada em convenções e acordos coletivos de trabalho e não em uma PEC. É uma situação bastante complicada, porque não discutimos isso na bancada, mas eu participo de grupos da oposição e realmente existe uma situação de preocupação sobre o empresariado. Isso também causa muita discussão e nós também temos que ter responsabilidade com o país”, avalia Zacharias.

Além dos três, Ismael Alexandrino (PSD), Gustavo Gayer (PL) e Daniel Agrobom (PL) também confirmam posição contrária à PEC e questionam o objetivo prático do texto. “É totalmente inviável. Pode agradar aos ouvidos, mas não é possível executar”, diz Agrobom.

Além dos contrários, José Nelto (UB), Célio Silveira (MDB) e Lêda Borges (PSDB) afirmam que ainda não têm posicionamento definido. “Tenho que ouvir a minha bancada. É um debate mais demorado e eu não vou, com o meu voto, quebrar a economia brasileira. Isso é muito sério, mas espero meu partido definir”, aponta José Nelto à CBN.

“Uai, eu acho que a proposta é a melhor possível. Eu só quero saber quem vai pagar a conta. Isso vai chegar é para o próprio povo, porque os empresários vão ter que dobrar o número de funcionários e não há condição para isso. Ou então reduzir salários. Nós precisamos ver os estudos para saber quem vai pagar a conta, para ter uma posição”, aponta Célio Silveira.

Favorável

Já Otoni defende que a mudança “segue a tendência mundial” e que o processo é de “investir na qualidade de vida dos trabalhadores para ter maior produtividade”. Questionado sobre a viabilidade econômica da medida, o petista avalia que se trata da “velha discussão: é gasto ou investimento?”.

“Não tenho dúvida que é investimento. Tanto é verdade que mesmo não tendo obrigação legal, centenas de empresas no Brasil já usam um modelo mais flexível de escala de trabalho”, afirma. <a href="https://opopular.com.br/economia/ministro-da-secom-defende-mudar-escala-6x1-no-trabalho-1.3198453" target="_blank">Adriana acredita que a alteração “com certeza é viável”</a> e que é preciso “dialogar e achar o caminho”.

“Quando a PEC for apresentada, vamos indicar o debate verdadeiro. Dialogar com o setor produtivo e trabalhista, para achar um caminho bom para todos. Onde foi feito o teste deu bom resultado, com os trabalhos rendendo mais”, diz.

Em entrevista à CBN Goiânia, a autora da PEC disse ter certeza de que conseguirá as assinaturas para iniciar o debate. “Haverá resistência, mas nós dialogaremos. O texto está pronto, mas, com certeza ao atingirmos as 171 assinaturas, vamos conseguir trabalhá-lo melhor para que atenda os interesses da sociedade como um todo”.

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Maioria da bancada goiana é contra o fim da jornada 6x1

Câmara dos Deputados

O governador Ronaldo Caiado (UB) se reuniu nesta quinta-feira (31) com o deputado federal e candidato favorito na disputa à presidência da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB). Acompanhado do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), e do vice-governador Daniel Vilela (MDB), ambos ex-deputados federais, Caiado ouviu o pedido de apoio para o pleito interno, marcado para o início de fevereiro.

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Motta é o nome indicado pelo atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP/AL), e passou a acumular apoios de bancadas partidárias após a confirmação pública de composição com o PT e PL. Depois das siglas lideradas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o líder do Republicanos recebeu a formalização do apoio de PV, PP, Republicanos, Podemos, MDB e PCdoB.

“Realmente, o sentimento hoje é de a gente construir esse amplo acordo na construção da presidência da Casa e, como tal, o União Brasil, por intermédio da sua executiva nacional, com Antônio Rueda, ACM Neto, Mendonça Filho, eu e todos nós, saberemos nos posicionar naquilo que é o melhor para o Congresso e a nossa Câmara dos Deputados”, afirmou Caiado, em vídeo gravado após o almoço.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-cobra-autonomia-ao-criticar-pec-da-seguranca-1.3194158" target="_blank">Caiado cobra autonomia ao criticar PEC da segurança</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/agora-sobre-bolsonaro-vamos-nos-encontrar-nas-urnas-afirma-caiado-1.3194153" target="_blank">'Agora (sobre Bolsonaro) vamos nos encontrar nas urnas', afirma Caiado</a></div>

Apesar da inclinação de Caiado, a direção do União Brasil ainda não havia confirmado apoio a Motta, até o fechamento da reportagem. O partido tem a candidatura de Elmar Nascimento (BA), que se mantém em meio ao avanço do adversário sobre as legendas. Em Goiás, a aliança passa também pelo alinhamento para composição do Republicanos com eventual candidatura de Daniel Vilela em 2026.

Motta afirmou que pretende procurar Elmar Nascimento e Antonio Brito (PSD-BA), além das outras sete bancadas que ainda não o apoiam. As declarações foram dadas após anúncio do PV. “Nós respeitamos toda e qualquer legítima colocação de qualquer outro deputado para disputar a presidência da Casa. Tanto o deputado Elmar Nascimento como o deputado Antonio Brito são amigos”, afirmou.

<h2>Recepção</h2>

O candidato de Lira ao comando da Casa também esteve em Goiânia acompanhado do líder da bancada do MDB, Isnaldo Bulhões (AL) e agradeceu a recepção no Palácio das Esmeraldas e a “acolhida à nossa caminhada”. A conversa ainda contou com o prefeito eleito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), também ex-deputado. “Fiz questão de vir pessoalmente. Temos admiração pela trajetória do governador, que tem uma das maiores aprovações do país e dá aula de gestão pública”, disse Motta.

Chegando à presidência da Câmara, esperamos contar com a sua experiência e colaboração para que, juntos, possamos tratar das pautas de interesse do povo brasileiro”, apontou.

“O senhor faz uma das melhores gestões do Brasil. Tivemos agora um ótimo resultado nas eleições municipais, com a eleição do meu padrinho aqui, Sandro Mabel”, disse Motta, ao citar também Leandro e Daniel. “O vice-governador foi nosso colega lá em Brasília e, com certeza, chegando ao governo do estado vai também fazer um grande trabalho e dar segmento ao trabalho do governador Caiado”.

Daniel, Mabel e Leandro conviveram com Motta durante suas passagens pela Câmara dos Deputados e o vice participou das conversas que originaram a visita do parlamentar. Mabel foi padrinho de casamento do candidato de Lira ao comando da Casa Legislativa.

Caiado recebe candidato de Lira à presidência da Câmara dos Deputados

Outra eleição

Com o tema “Clima, biodiversidade e direitos humanos: perspectivas para a Agenda 2030”, começou em Goiânia nesta quarta-feira (11) o 22° Congresso Brasileiro do Magistério Superior de Direito Ambiental, promovido pela Associação Brasileira de Professores de Direito Ambiental do Brasil (Aprodab). O evento segue até esta sexta-feira (13), no Teatro PUC, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), no Jardim Goiás.

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Respeitado pesquisador de Direito Internacional de Meio Ambiente, o jurista e docente emérito José Juste Ruiz, da Universidade de Valência (Espanha) proferiu a palestra magna, na abertura do encontro, que homenageia o professor Fernando Walcacer. Jurista brasileiro de grande renome, especializado em Direito Ambiental e com muitos anos dedicados à docência na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Walcacer morreu em julho deste ano.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/tjgo-suspende-legislac-o-estadual-contra-incendios-por-inconstitucionalidade-1.3173662" target="_blank">TJGO suspende legislação estadual contra incêndios por inconstitucionalidade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/municipios-goianos-ganham-mais-tempo-para-fim-dos-lix-es-1.3171446" target="_blank">Municípios goianos ganham mais tempo para fim dos lixões</a></div>

Além da abertura, houve também duas mesas de debate e apresentação de trabalhos. A professora Luciane Martins de Araújo, da PUC-GO e também da organização do evento, participou da mesa “Biodiversidade, Direitos de Acesso e Participação Popular”. “Em sua palestra, o professor Juste Ruiz mostrou como a questão econômica sempre se fez prevalecer, deixando o meio ambiente em segundo plano. Agora o mundo está sofrendo as consequências que os cientistas já vinha apontando”, comentou a pesquisadora.

No Dia do Cerrado, houve enfoque especial sobre o bioma, tratando especialmente sobre o desmatamento, a perda de biodiversidade e, com isso, também da disponibilidade hídrica. “Estamos perdendo água e o Cerrado é importantíssimo como fonte para gerar recursos hídricos para o planeta”, concluiu Luciane, que também é advogada.

Em meio a uma estiagem das mais longas da história de Goiás, também estão presentesno encontro professores do Rio Grande do Sul, que fizeram o relato da tragédia provocada pelas águas e que tomou o Estado entre abril e maio deste ano.

Além de eleger a nova diretoria da Aprodab, o congresso também contará com mais uma edição do Prêmio Vladimir Garcia Magalhães, que faz referência ao professor e ex-presidente da associação, que faleceu em 2014.

Direito ambiental na pauta em Goiânia

Cidades

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Congresso 

Candidato à Prefeitura de Anápolis pelo PSDB, Hélio José Lopes, o Hélio da Apae, afirma que, se for eleito, vai criar ao menos cinco novas secretarias municipais, entre elas a de Inclusão, voltada para o cuidado de pessoas deficientes. A pasta teria caráter inédito em Goiás e colaria como um ativo à sua própria imagem, uma vez que o tucano dedicou boa parte da vida a trabalhos filantrópicos. “Anápolis tem em torno de 1.196 autistas numa fila de espera. Nós precisamos valorizar essa questão e receber esses supostos pacientes”, disse.

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Na primeira sabatina promovida pelo POPULAR com os candidatos à Prefeitura de Anápolis, nesta quarta-feira (4), conduzida pelos jornalistas Cileide Alves e Rubens Salomão, o ex-presidente do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) propôs a revitalização das áreas da Saúde e Educação, algumas das principais preocupações dos anapolinos.

Após saída conturbada do quadro de auxiliares do governador Ronaldo Caiado (UB), quando do seu pedido de exoneração do Ipasgo, em setembro de 2021, em meio a polêmica provocada pelo corte de 50% das cotas dos atendimentos eletivos pela autarquia à época, Hélio retornou a Anápolis e recebeu convite do ex-governador Marconi Perillo para se filiar ao PSDB. O agora tucano afirmou que “nunca foi político”, e reconheceu ser desconhecido entre o eleitorado da cidade.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/campanhas-miram-corpo-a-corpo-contra-base-governista-em-goiania-1.3171062" target="_blank">Campanhas miram corpo a corpo contra base governista em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/sabatina-com-o-candidato-a-prefeitura-de-anapolis-helio-da-apae-1.3170810" target="_blank">Sabatina com o candidato à Prefeitura de Anápolis Hélio da Apae</a></div>

<h2>Ipasgo</h2>

Segundo Hélio, sua trajetória no meio político teve início quando Caiado “se impressionou” com seu trabalho na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e fez reiterados convites para que assumisse um cargo na administração estadual — o que ocorreu quando aceitou a presidência do Ipasgo. A relação com o governador foi marcada por desafios, incluindo um decreto que reduziu os exames, as cirurgias eletivas e o orçamento da autarquia, o que deu início a um período conturbado de divergências entre ambos, culminando em seu pedido de exoneração.

“O governador não gostou das críticas dos deputados da oposição, me chamou numa segunda-feira pela manhã, e eu disse a ele que resolveria. Cheguei no Ipasgo, sentei com todos os diretores, agradeci; depois com todos os gerentes, agradeci; passei de sala por sala, agradeci a todos os colaboradores de Anápolis; esperei a chegada do Ismael Alexandrino; fiz o processo de transição de dois ou três dias; e assim que Alexandrino tomou posse de toda a situação, eu fui embora para Anápolis”, relatou.

<h3>PSDB</h3>

Após a saída do Ipasgo, Hélio se tornou diretor-financeiro da Federação Nacional das Apaes e, em 2022 e 2023, viajou por todo o Brasil. De volta a Anápolis, recebeu um convite de Marconi, com quem diz que tinha apenas compromissos institucionais em outros tempos, para se filiar ao PSDB. “Sempre disse que nunca entraria para a política. Eu tinha duas condições para ser político: a primeira, que não tivesse obrigatoriedade de filiação; a segunda, que não tivesse a remuneração”, afirmou o agora tucano.

Hélio destacou que seu convite para o PSDB foi motivado por sua admiração e empatia com a política do ex-governador. “Meu convite com Caiado foi no sentido de gestão tão somente, nunca foi político”, rebateu, sobre a contradição de atuar em lados que se tornaram adversários ferrenhos.

<h3>Prefeitura</h3>

Questionado sobre a motivação para querer ser prefeito de Anápolis, Hélio recorreu aos atributos pessoais, discorrendo que seu reconhecimento é até em nível federal. “Porque eu entendo que sou um bom gestor, aliás o reconhecimento é municipal, estadual e até nacional; porque acho que o Hélio da Apae é tão boa pessoa, tão boa pessoa, que ele pensa que Deus vai elegê-lo. Tudo na minha vida é missão”, disse.

<h3>Saúde </h3>

Além da ampliação do número de secretarias, com a criação de pastas destinadas à Cultura, Esporte e Agropecuária, as principais propostas do candidato tucano para a gestão municipal estão direcionadas para as áreas da Saúde e Educação. Hélio defendeu a criação de um centro de especialidades médicas em Anápolis, uma medida que, segundo o candidato, é fundamental para melhorar o atendimento à população.

“Estive há 10 dias no ABC Paulista, fui recebido pelo Paulo Serra, prefeito de Santo André, e vou implementar na cidade de Anápolis aquilo que eu conheci no Átrio Shopping em Santo André: um centro de especialidades médicas, em que você descobre seu quadro e sai de lá com a cirurgia agendada”, afirmou. “Eu não tenho medo de assumir esse compromisso porque as emendas parlamentares de dois ou três deputados ou senadores dá muito bem pra equipar, e já temos o local em que nós pretendemos colocar em Anápolis.”

Em sua análise da atual administração municipal, Hélio fez críticas, principalmente no que diz respeito à terceirização de serviços, como os laboratórios vinculados à Saúde. Ele defendeu que muitos dos serviços terceirizados poderiam ser realizados por servidores concursados da própria prefeitura, o que, segundo ele, geraria uma maior eficiência no atendimento e uma economia significativa para os cofres públicos.

“Eu quero trazer os efetivos para trabalhar. E têm muitos concursados lá que estão atendendo telefones. Médicos também, não só biomédicos”, afirmou. “Infelizmente a atual gestão virou as costas para a associação médica e para o Conselho Regional de Medicina.”

<h3>Educação</h3>

Outra proposta do tucano é a criação de um Cmei com funcionamento 24 horas, algo inédito na cidade e que, segundo Hélio, vai atender especialmente mães e pais que trabalham em turnos noturnos. “Para atender em torno de 30 mil pessoas que trabalham no distrito agroindustrial e que possam deixar nos três turnos seu entezinho querido”, explicou.

O candidato também criticou a situação atual das escolas municipais, mencionando que muitas estão em condições inadequadas de infraestrutura. “Nós precisamos terminar. Não adianta eu fazer uma política rasteira aqui falando que vou entregar uniforme, mochila, sem que os nossos alunos tenham sequer sala de aula para assistir às aulas adequadamente”, criticou Hélio.

<h3>Pesquisa</h3>

O tucano está em quinto lugar na pesquisa Serpes/O POPULAR, divulgada em 30 de agosto, com 2,8% das intenções de voto. Em Anápolis, lidera a corrida pela prefeitura o candidato Antônio Gomide (PT), com 34,9%, seguido de Márcio Corrêa (PL), com 30,1%. Nesta quinta (5), será sabatinada a candidata pelo União Brasil, Eerizania Freitas.