O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota) defendeu que o projeto que aumenta o número de vereadores, de 35 para 39, precisa de mais debate. Ele encerrou a sessão desta quinta-feira (23), depois que vereadores tentaram suspender e convocar novo encontro para a tarde de hoje, com o intuito de votar a matéria.O vereador Clécio Alves (MDB), que presidia a sessão e foi o responsável por colher assinaturas no projeto, colocou em votação a suspensão, com o retorno para as 14h desta quinta-feira. O objetivo, segundo ele mesmo disse, era votar o aumento de vagas, cumprindo o intervalo de 24 horas entre a aprovação na Comissão Mista, feita na quarta-feira (22), e a apreciação em plenário.Os vereadores aprovaram a suspensão com votos contrários de Gabriela Rodart (DC) e Pastor Wilson (PMB). Minutos depois, porém, Policarpo reabriu a sessão e a encerrou, convocando outra para fevereiro. Esta acabou sendo a última sessão do ano."Eu entendo que é necessário o debate, as coisas não podem ser feitas de forma atropelada. Não estou aqui para emitir opinião se sou a favor ou contra. Mas entendo que esse projeto precisa ser debatido, como projetos que causam impacto pra cidade necessitam ser", disse em coletiva de imprensa.Policarpo ainda argumenta que não teria como terminar de votar o projeto neste ano, já que uma emenda à Lei Orgânica exige um intervalo de 10 dias entre a primeira e a segunda votação. "Então ainda que fosse votado em primeira, seria impossível esse projeto ser finalizado neste ano. Então a gente tem que ter paciência e tranquilidade pra debater melhor esse projeto com a sociedade, porque de fato a palavra final tem que ser da sociedade", argumentou.Segundo Policarpo, ele ficou sabendo do teor do projeto pela imprensa e não viu nenhuma reunião sendo convocada para debater a proposta internamente. "Uma matéria como essa, que precisa de uma grande quantidade de votos, com uma conversa maior poderia ter tido um caminho diferente. Não vou dizer que faltou diálogo, porque não participei da discussão", afirmou.