Em meio à confirmação de que a reforma do secretariado ficará para janeiro, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), viajou nesta quarta-feira (30) para Foz do Iguaçu (PR) para participar de evento de divulgação de turismo.Antes da viagem, ele assinou a nomeação do novo titular da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), o jornalista Reale Palazzo, e o decreto que torna permanente o comando de Denes Pereira em duas pastas: as secretarias de Administração e de Infraestrutura Urbana.O prefeito foi participar do Festival das Cataratas, evento de divulgação de atrativos turísticos do Mercosul, segundo informações da própria organização. A Feira de Turismo e Negócios, que ocorre em meio à programação, será até o dia 2 de dezembro.De acordo com a assessoria do Paço Municipal, o prefeito apresentará vídeo institucional sobre a capital goiana, ressaltando a vocação para o turismo de negócios e buscando gerar novas oportunidades turísticas. Ele deve retornar no fim de semana.O presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Valdery José da Silva Júnior, acompanha o Cruz, assim como representantes da Região da 44.Leia também:- Ação do MP-GO geramulta a ex-prefeito ea deputado estadual- Por compensação de perdas com ICMS, Goiás vai ao STF- Câmara rejeita o projeto sobre estandes de tiros, em GoiâniaO prefeito havia retornado de viagem particular no dia 19 e foi diagnosticado com Covi-19 dois dias depois, quando permaneceu trabalhando de casa até o fim da semana passada. Ele teve poucas atividades desde então.SecretariasPalazzo, que era assessor da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Goiás (OAB-GO), assumirá o lugar do jornalista Tony Carlo, que havia acertado a saída da Secom desde o início de novembro.A Prefeitura informou que ele terá autonomia para definir toda a equipe. Tony havia solicitado a recontratação dos comissionados de seu grupo este mês, o que foi atendido pelo prefeito.Conforme mostrou O POPULAR nesta quarta-feira (30), Cruz travou a reforma do secretariado, que havia sido anunciada em 17 de outubro, à espera principalmente do desfecho sobre a mesa diretora da Câmara de Goiânia para o biênio 2023-24.A dificuldade de encontrar quadros também ajuda a explicar a demora em definir a nova equipe. Em edição que circulou na noite do dia 29, o Diário Oficial do Município (DOM) trouxe decreto excluindo a interinidade de Denes Pereira na Seinfra.Ele havia sido nomeado no dia 27 de outubro para assumir temporariamente a pasta, no lugar de Everton Schmaltz, que foi para o Escritório de Prioridades Estratégicas. A própria prefeitura informou à época que Denes ajudaria a definir o próximo titular da pasta.Segundo informações de bastidores, Cruz considera que Denes está conseguindo “destravar” ações relevantes nas duas pastas e que é possível que ele permaneça à frente de ambas. Ele teria citado auxiliares do ex-prefeito Iris Rezende (morto em novembro de 2021), que também acumularam duas pastas por muito tempo.O decreto desta terça-feira revogou aquele de outubro e estabeleceu que Denes acumulará as duas secretarias.Na primeira quinzena de outubro, aliados do prefeito chegaram a cogitar possibilidade de trocas em um quarto das pastas de primeiro escalão (29 ao total).Cruz havia admitido que faria reforma da equipe em meio a “novo ciclo” na gestão. “A reforma existirá. Iremos entrar em um novo ciclo da prefeitura de Goiânia, com tantos investimentos que teremos. Então, realmente, a reforma é necessária”, disse.As mudanças considerariam um rearranjo de forças, levando em conta a saída do grupo de Brasília, que mantinha influência sobre a gestão desde o início do mandato, o resultado das eleições deste ano e a tentativa de fortalecimento de aliança para a disputa de 2024.Determinado a ter mais controle sobre a administração, o prefeito também exonerou no dia 26 de outubro 1,46 mil comissionados e as recontratações têm ocorrido de forma lenta.Auxiliares do prefeito confirmaram nesta quarta que ele de fato vai aguardar o julgamento de ação contra a segunda reeleição do presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota), no Supremo Tribunal Federal. Há riscos de o presidente não conseguir permanecer no cargo, o que provocaria uma nova eleição para a mesa da Casa. O julgamento foi marcado para a semana de 9 a 16 de dezembro.-Imagem (Image_1.2571280)