A Secretaria Municipal de Finanças de Goiânia adiou o edital de licitação da venda da folha de pagamento dos servidores municipais. Inicialmente marcado para segunda-feira (8), o pregão presencial agora será realizado no dia 26 de novembro. A informação foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) desta sexta-feira (5), com a justificativa de que serão feitas alterações no edital.Segundo o presidente da Comissão Especial de Licitação que está conduzindo o processo, Cleyton Menezes, após a publicação do edital, no dia 25 de outubro, a Prefeitura recebeu pedidos de esclarecimentos das licitantes e, por isso, vai adaptar o documento com os detalhes da licitação.Um dos pedidos se refere à gestão da chave PIX do Executivo. De acordo com Cleyton, as empresas questionaram como irá funcionar esse sistema. "Então nós vamos fazer um anexo técnico com o detalhamento dessa gestão", explica.A empresa vencedora do certame ficará responsável pela folha de pagamento, mas também por cuidar da chave PIX do executivo, da gestão das aplicações financeiras do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Goiânia (GoianiaPrev), além da concessão de crédito consignado aos servidores municipais, sem exclusividade e a realização de pagamento a fornecedores em geral, em caráter preferencial.Ele conta que também houve questionamentos quanto ao prazo entre o lançamento do edital e o dia do pregão. "As instituições financeiras pediram um tempo maior de análise do edital para poder fazer a proposta. Como teve o feriado de 2 de novembro no meio e ainda terá o feriado do dia 15, decidimos marcar a licitação para o dia 26", diz.A Prefeitura espera receber, no mínimo, R$ 165 milhões com a venda da folha. A administração contratou o Instituto Brasileiro de Tecnologia, Empreendedorismo e Gestão (BR TEC) para precificar a folha. Com isso, a empresa deve receber pelo menos R$ 8,45 milhões da gestão.A contratação de banco para gerir a folha de pagamento dos servidores virou polêmica desde abril, quando a Prefeitura desistiu de considerar as ofertas da Caixa Econômica e do Banco do Brasil (R$ 100 milhões e R$ 120 milhões, respectivamente) e resolveu contratar a BR TEC, sem licitação, e, depois disso, realizar pregão para a venda. A Prefeitura espera conseguir, na iniciativa privada, um valor maior pela venda da folha.