A comissão executiva do PSDB de São Paulo homologou, na manhã deste domingo (21), a candidatura do vice-governador do estado, Rodrigo Garcia (PSDB), ao Palácio dos Bandeirantes em 2022. Com o xadrez eleitoral dos estados em formação, a candidatura de Garcia impacta ainda a eventual filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, partido aliado dos tucanos em São Paulo.O governador João Doria (PSDB) escolheu Garcia como seu sucessor e o filiou ao PSDB em maio, abrindo uma crise com o comando do DEM, antigo partido do vice. A filiação interrompeu os planos do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que pretendia concorrer mais uma vez ao Governo de São Paulo como tucano.O PSDB de São Paulo sugeriu que Alckmin fosse candidato ao Senado, o que ele não topou. O diretório chegou a abrir inscrição para prévias entre ele e Garcia, mas apenas o vice se inscreveu. A votação seria neste domingo - sem outros concorrentes, houve apenas a homologação formal.A avaliação do ex-governador foi a de que não conseguiria bater Garcia na eleição interna, considerando que o vice tem a seu favor as máquinas do PSDB-SP e do governo, do qual é uma espécie de gerente. As finanças e os projetos do Palácio dos Bandeirantes passam pelo vice, que exerce a função de secretário de Governo.Presente no evento das prévias presidenciais em Brasília, Garcia confirmou que sua candidatura foi homologada, mas não quis fazer comentários. Desde meados do ano, Garcia vestiu o figurino de candidato e passou a percorrer o estado fazendo entregas e inaugurações. Também intensificou sua interação nas redes sociais e promoveu encontros regionais com filiados do PSDB - tanto para se apresentar como para promover Doria nas prévias