Quase seis meses depois de fechar aliança com o governador Ronaldo Caiado (UB) e assistir ao rompimento do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), pré-candidato ao governo, o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, eleva o tom contra o ex-aliado. Diz que o prefeito demonstra “raciocínio político raso” e que tem como “grande mentor” o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que ele afirma ter sido “defenestrado” de Goiás. “Quem quer a volta do Marconi já tem uma opção: é só votar no Gustavo”, diz. Também critica a gestão de Gustavo em Aparecida, apontando queda em índices de gestão fiscal, e afirma que o prefeito não tem projetos próprios.Ao comentar o acordo entre o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (sem partido), e a família Tejota, Daniel, que é pré-candidato a vice-governador na chapa de Caiado, afirma não ver “nenhuma derrota e nenhuma perda” para Caiado. A aliança do MDB com o governador Ronaldo Caiado foi fechada há quase seis meses. Houve reações iniciais, mas depois ficou mais ameno e a situação da chapa governista era tida como confortável. Agora começam a aparecer alguns reveses, como essa articulação do Lissauer Vieira com a família Tejota e a incerteza sobre Henrique Meirelles. Achou que seria mais fácil?Primeiro que não há nada definido nos dois casos. Agora é que as coisas estão se definindo. E as alianças e decisões inclusive de chapa majoritária vão ocorrer ao longo dos próximos meses, após este período de filiação. O acordo feito entre a família Tejota e Lissauer teve um tom de revanche pela aliança do governador com o MDB. O que acha?Acho que foi uma decisão do Poder Legislativo junto a um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Não foi nada que passou pelo governador ou que o contrariou. Não vejo nenhuma derrota e nenhuma perda para o governador. Foi uma decisão entre eles. Não vejo como algo de impacto ou de uma situação como consequência dos acordos políticos já anunciados. Mas trata-se de um acordo do vice-governador com o presidente e principal articulador político do governo na Assembleia Legislativa. Não seria natural uma consulta ou ao menos um aviso ao governador?Acho que seria natural, mas quem tem de responder sobre isso não sou eu. Eu acho que, a princípio, o governador compreendeu que era uma decisão e uma construção do Legislativo com os conselheiros do TCE e do TCM. Mesmo que diga que isso não tem a ver com a insatisfação com a aliança MDB-UB, há informações de bastidores de que Lissauer lembrou o fato de o governador ter definido a chapa sem consultá-lo e ele já manifestou várias vezes a insatisfação com seu nome, disse que não queria caminhar com o sr. Por que acha que há tanta resistência assim?É uma pergunta que tem de ser feita a ele porque eu sinceramente não tenho razões para entender isso. Nós nunca tivemos um relacionamento político. O Lissauer sempre foi, nos mandatos anteriores, da base do ex-governador Marconi Perillo. Eu sempre fui oposição ao Marconi. Então nunca tive nenhuma relação política e nem mesmo pessoal com Lissauer. Neste mandato dele de presidente da Assembleia, tínhamos nos encontrado poucas vezes. Então, sinceramente me surpreende porque ele não me conhece e nem eu o conheço. Eu não posso dizer que não teria condições de caminhar com ele porque eu nem o conheço. Nunca fiz política com ele. Sempre estivemos em lados opostos. Não estou julgando, dizendo que é certo ou errado, bom ou ruim. Estou dizendo que desconheço. Não sei as razões que o levam a ter esse tipo de posicionamento. O sr. disse que não vê perdas para o governador, mas Lissauer e Humberto Aidar, que agora vai para o TCM, eram considerados os principais articuladores políticos do governo na Alego. Isso não é uma perda?Sem dúvida, foram parlamentares muito importantes para a governabilidade, por tudo de que o governo precisou ao longo desses três anos. Isso é fato. Agora, esse é um ano decisivo, eleitoral, em que mudanças vão ocorrer. E a Assembleia tem outros deputados competentes, articulados, preparados, experientes, e, com certeza, esses espaços serão ocupados por outras pessoas que têm condição de colaborar com o governo e com o Estado. O governador já deve estar conversando sobre isso. Fora Lincoln e Tejota, o sr. também atuou para reconciliação com outros nomes insatisfeitos, como Adib Elias e Roberto Naves. Como está a relação com eles agora?Eu tento colaborar com o governo politicamente e do ponto de vista de gestão. Quando fechamos a aliança, dissemos que não queríamos ocupar espaço de ninguém e assim seguimos. Busquei construir diálogo com todos e acho que as coisas vão se equacionando. Temos conseguido avançar. Sobre Henrique Meirelles, ainda segue a dúvida sobre a vinda dele para a candidatura ao Senado. Acha que ele pode desistir? E se isso ocorrer, qual é a alternativa para a base?Nas vezes em que conversei com o ministro Meirelles, ele se mostrou muito decidido a ser candidato. Está inclusive preparando toda a parte da estrutura da campanha. Eu não posso falar sobre boatos. Mas será fácil para o governo definir outro nome caso ele desista? Repito que não posso falar sobre boato. Continuamos acreditando que ele é um dos pré-candidatos ao Senado. E é o mais forte na base?Acho que está bem posicionado nas pesquisas, assim como o Delegado Waldir, que vem pleiteando também e tem sido um grande companheiro do governador. Naturalmente, será preciso encontrar os critérios. O governador já disse que será uma escolha compartilhada com toda a base. No momento certo, definiremos. Sobre o Waldir, que é do União Brasil, acha que é possível duas vagas na chapa majoritária para o mesmo partido?Sem dúvida, é um complicador. Mas ao mesmo tempo o Waldir tem um facilitador, que é sua popularidade e a boa intenção de votos nas pesquisas. Todos os candidatos têm pontos positivos e negativos. O ex-governador Marconi Perillo aparece bem posicionado nas pesquisas para o governo e o Senado e isso inclusive estaria sendo considerado por Henrique Meirelles. O que acha desse ressurgimento de Marconi, quando as apostas eram de que os desgastes seriam maiores?Eu sinceramente não vejo preocupação excessiva dos pré-candidatos ao Senado da base com a possível candidatura do ex-governador Marconi Perillo. Até porque, nas pesquisas que temos feito, há uma rejeição muito significativa ao nome dele, tanto para o Senado como para o governo. Isso aponta potencial de crescimento mais baixo do que a maioria dos outros pré-candidatos. Você pode registrar que Gustavo Mendanha e Marconi Perillo estarão juntos. Isso é consolidado. Mas acredito que é uma candidatura que não traz preocupações excessivas aos nossos pré-candidatos ao Senado. Acha que eles estarão juntos no primeiro turno?Com certeza. Marconi hoje é o grande mentor do Gustavo. Não de agora. Gustavo já estava sendo orientado pelo Marconi desde o princípio. Foi ele que aconselhou todas as decisões tomadas pelo Gustavo desde o ano passado. Eu respeito a decisão dele, mas não concordo, ainda mais porque o MDB foi o partido que deu todas as oportunidades a ele. E aí de repente trocar o seu partido e as pessoas que confiaram em você e estiveram a seu lado, para andar com alguém que foi inclusive defenestrado do Estado, teve de se mudar para São Paulo porque não tinha condições de caminhar pela cidade. Marconi até hoje, quando vem de São Paulo para cá, temos informações de que vem de carro para não pegar avião e passar por algum constrangimento. É algo que a gente não consegue compreender, mas é um fato consumado: eles estarão juntos. E isso vem de algum tempo. Gustavo nunca escondeu, pelo menos para mim, a sua admiração pelo Marconi, a sua afinidade. Ele foi várias vezes a São Paulo no ano passado e sempre para se encontrar com Marconi. Algumas vezes inclusive ele comentou que Marconi tinha o levado para jantar, com bom vinho. Era perceptível que Marconi estava desenhando uma estratégia na qual usava o Gustavo porque via que, da minha parte e de outros do MDB, a possibilidade de estar ao lado dele nunca existiu. Ao contrário, sempre combatemos o marconismo, esse jeito arcaico, atrasado de fazer política. Mas o sr. também não teve conversa com Marconi em São Paulo?Eu tive uma conversa com ele no início de 2019, depois das eleições, quando eu estava em São Paulo a trabalho e ele falou que gostaria de falar comigo. Conversei, mas nunca mais nos falamos. No falecimento do meu pai, ele me ligou, o que é natural. Mas fora disso, nenhum conversa. Nunca tivemos afinidade, essa é a verdade. Sempre tivemos divergências. Alias, ele sempre tentou me seduzir levando deputados estaduais, federais, para estar ao lado dele, mas os meus princípios são incompatíveis com os dele na política. E o seu pai, Maguito Vilela, não mantinha muitas conversas com Marconi? Isso é problema?Marconi era governador e meu pai era prefeito. E meu pai sempre defendeu essa tese, sempre foi coerente neste sentido, de que prefeito não faz oposição a governo. Ele nunca teve conversas, nunca foi de ficar aí se encontrando às escondidas com Marconi, jantando, bebendo vinho. Ele sempre recebia o governador em Aparecida ou ia a eventos do governo que eram importantes para os investimentos da cidade. Meu pai nunca teve amizade com o Marconi. Amigo e confidente político, sempre foi o Iris. Era uma relação talvez única de grandes líderes nesse Estado, e talvez até em outros Estados. Não há tantos exemplos de uma amizade como dos dois. E acha que Marconi ser o “grande mentor” do Gustavo é positivo para o governo?Acho que uma pessoa que se muda de Goiás, vai morar em São Paulo porque não tem condição de viver no seu Estado, não é interessante para se caminhar ao lado politicamente. Mas talvez o Gustavo tenha entendimento diferente. Ou por ter afinidades ou se parecerem tanto. Marconi sempre diz que se mudou para São Paulo porque o governador Ronaldo Caiado é perseguidor, que não deixaria que ele arrumasse emprego aqui e que ele precisava trabalhar. Marconi sempre tenta iludir as pessoas com um discurso que não é real. Pergunte aí para os goianos, para os goianienses, se acham que isso é verdade. Ou se saiu daqui porque foi o primeiro governador da história de Goiás a ser preso. Foi pelos constrangimentos e pela dificuldade de caminhar aqui que ele mudou. Não foi por falta de emprego, até porque é de conhecimento público dos goianos que ele não precisa de emprego para sobreviver. Mas se o Gustavo conseguir um partido maior, com estrutura, e ficar junto com Marconi candidato a senador, não acha que é uma chapa forte de oposição?A gente nunca acha que adversário é fraco e nunca se escolhe adversário. O que posso dizer é que Marconi é o grande idealizador dessa candidatura do Gustavo, das atitudes que ele teve junto a mim e junto ao MDB, e que estarão juntos. A composição partidária não sei. Agora, quem quer a volta do Marconi já tem uma opção: é só votar no Gustavo. A candidatura do Gustavo significa a volta do Marconi para Goiás. Aliados de Gustavo têm dito que é positiva uma candidatura do deputado Vitor Hugo e até do próprio Marconi para facilitar segundo turno e acreditam que qualquer nome vence o governador no segundo turno. O que acha?Como oposição, ele tem de dizer isso. E Gustavo é apegado a esses clichês, a essas frases feitas. Apresenta um raciocínio político raso, gosta de repetir essas frases feitas para atacar gratuitamente o governador. E isso não ganha eleição. As pessoas vão querer saber qual é o projeto para Goiás. Vai chegar uma hora que será exposto, vai ter de mostrar sua condição, a sua capacidade intelectual, de apresentar um projeto para Goiás. E acho até bom porque vai ser uma oportunidade para ele dizer o que fez em Aparecida. Porque as condições nas quais ele se tornou prefeito foram muito favoráveis a uma continudade. Ele vai ter de dizer o que foi de fato originário da cabeça dele, do projeto dele. O que foi feito que tenha sido pensado, iniciado e executado na gestão dele. Então acho que não pode ficar se apegando a clichês e discurso muito frágil. Eu ouvi nesta semana ele repetindo o próprio discurso do governador Ronaldo Caiado, de que vai devolver Goiás aos goianos. Acho que está faltando até criatividade no uso dessas frases. Ele foi reeleito prefeito com votação recorde, de 95%, e uma grande aprovação. Acha que isso não apontaria capacidade de gestão e intelectual?Acho que temos de discutir o que foi feito em Aparecida nesses últimos cinco anos. A verdade, e isso nunca foi dito, é que foi uma eleição artificial. Não teve adversário. Ele foi candidato único. A Márcia (Caldas) acabou sendo candidata de última hora em razão da desistência daqueles que poderiam ser candidatos de fato e competitivos. A gestão do Gustavo tem mais de 30 secretarias. Cada partido, cada uma dessa sopinha de letras, tem uma secretaria, independentemente da qualificação do ocupante do cargo. Isso tudo foi prometido durante a campanha. Gustavo fez todo um trabalho para não ter adversário. Fez a política do toma-lá-dá-cá. Ofereceu secretarias e tantos cargos para não lançarem candidato. Mas essa ampla aliança em Aparecida não começou a ser construída pelo Maguito?Sim, mas ele sempre teve adversários. Disputou primeiramente contra o Marlúcio Pereira, depois contra o ex-vice-governador e ex-prefeito Ademir Menezes, que representava a base do Marconi e tinha uma ampla aliança de partidos também. E quando o sr. estava lá apoiando a reeleição do Gustavo Mendanha, acha OK o toma-lá-dá-cá ou fazia alguma crítica?Eu fiquei muito dedicado à campanha do meu pai aqui em Goiânia. Mas o Gustavo sabe de algumas críticas que fiz. Por exemplo, eu fui radicalmente contra a mudança do Veter (Martins) como vice. Era uma pessoa que merecia todo apoio porque tinha sido um grande parceiro ao longo do primeiro mandato. E achava desnecessária também essa busca incessante por outros partidos e oferecimento de secretarias. Isso gera inchaço, gera custo, o que inclusive já está sendo apresentado nos índices de gestão fiscal dos municípios. Aparecida está despencando. Isso não é à toa. E eu tenho até visto um discurso já pronto: Gustavo renuncia, a bomba fiscal começa a surgir de forma mais intensa e a culpa vai ser do vice, o Vilmarzinho (Mariano). Vai dizer que quando estava lá estava tudo bem. O que não é verdade, porque esses índices já têm demonstrado uma queda vertiginosa e significativa. Acha que Vilmar fará uma boa gestão?Espero que sim. A gente não quer ver Aparecida retroagir tudo que conquistou nos últimos anos. Espero que possa montar uma equipe competente e ter uma gestão equilibrada e eficiente. E superar essas dificuldades que estão sendo apresentadas para que amanhã não seja imputada a ele qualquer culpa. Voltando aos seis meses de fechamento da aliança do MDB com o governador, hoje acha que foi acertado antecipar?Acho que sim, até porque foi uma aliança sincera. Já havia uma boa relação do saudoso Iris Rezende com o governador Ronaldo Caiado. Eu disputei as eleições com ele, mas tínhamos sido aliados em 2014 e reconheço as grandes virtudes que ele tem. Faz um governo honesto, sem demagogia, que combate a corrupção, que foca nas pessoas, que conclui as grandes obras deixadas pelo governo anterior que não terminava exatamente em razão do custo. Então acho que foi uma aliança sincera e quando é assim, quando não é um jogo político, não importa o momento do anúncio. No ano passado, o sr. disse que não havia interesse algum do MDB em ocupar cargos no governo estadual e que isso não estava em cogitação. Agora o MDB ocupou a Secretaria de Comunicação, o que até gerou um estranhamento porque é incomum governador entregar essa pasta estratégica a um partido aliado. O normal é alguém de sua estrita confiança. Como foi isso?Sempre nos colocamos à disposição com os quadros valorosos que nosso partido tem. Como você disse, a pasta de Comunicação é de muita relação próxima e pessoal com o governador. Gean (Carvalho) é ligado ao MDB, é meu tio, já participou das gestões do MDB, mas é jornalista, não é um estranho no ninho, já foi secretário, tem a sua competência, reconhecida até pelos adversários e pelo próprio governador. O governador se sentiu seguro para que ele conduzisse a comunicação. O sr. também havia dito que tem uma divergência com o Republicanos restrita a Goiânia. E o prefeito Rogério Cruz anunciou há pouco tempo apoio ao governador. O que acha?Acho que Rogério fez um gesto como 90% ou mais dos prefeitos tem feito ao governador, declarando apoio em razão das parcerias saudáveis que têm sido feitas com o governo. Na gestão do Marconi, atrasaram mais de um ano e meio transporte escolar, transferências constitucionais da saúde, segurança era bancada pelo prefeito. Havia um ônus muito grande para o prefeito na gestão do Marconi. Hoje paga-se em dia, foram pagos os atrasados. A relação dos prefeitos com o governador é muito melhor. Acho que o Rogério segue no mesmo sentido, reconhecendo que o governo tem ajudado os municípios. E é bom para o governador ter o apoio do prefeito?Acho que é um reconhecimento da gestão dele. É mais um que reconhece, que enaltece. Agora, a população sabe distinguir. O que vai ser avaliada nesta eleição é a gestão do governador Ronaldo Caiado. E acha que o Republicanos vai ficar com o governador?Não posso falar pelo partido. O que posso dizer é que, a partir do momento que o principal líder do partido, que é o prefeito da capital, manifesta apoio, e pelas relações que ele tem com o partido, imagino que não seja algo único e exclusivamente dele. Mas o presidente estadual do partido, deputado João Campos, hoje conversa com Gustavo Mendanha, e também quer a vaga para o Senado. Isso não dificulta?Eu tenho uma admiração pelo deputado João Campos, fomos colegas deputados e nos aproximamos bastante lá e em outros processos eleitorais. Agora, na política ele tem de buscar seus projetos, tem de defender suas teses internas no partido. Neste momento de janela partidária e de preocupação com as chapas proporcionais, qual será o saldo para o MDB? Ao que parece, a bancada ficará menor na Assembleia.Na chapa estadual, nós tomamos decisão de dar condição de competitividade para todos os companheiros de todas as regiões do Estado e isso implica não termos tantos deputados com mandatos, que têm potencial de voto alto. E estamos muito otimistas com isso, assim como também para deputado federal. Estou otimista com alguns deputados que podem se filiar ao MDB e também com as candidaturas novas. Em breve vamos apresentar alguns nomes que têm grande potencial.Qual acha que deve ser o posicionamento da chapa governista sobre a disputa presidencial?Os nossos partidos em nível nacional ainda não tomaram decisões. Isso nos impede de nos manifestar. MDB tem a pré-candidatura da senadora Simone Tebet. O União Brasil não decidiu. Precisamos aguardar para saber qual é o caminho. Há uma especulação de que Marconi Perillo poderia ficar com o PT e agora Gustavo voltou a conversar com o PSB. Uma frente de centro-esquerda em Goiás, considerando o favoritismo do ex-presidente Lula nas pesquisas, preocupa a chapa do governo?Eu não posso ficar falando de possibilidades de caminhos da oposição. Sobre esse debate em nível nacional, eles demonstram a incoerência deste grupo da oposição, já que em uma semana declara apoio a Bolsonaro, aí as portas se fecham entre partidos ligados a Bolsonaro, aí na outra semana já volta a procurar a esquerda. É uma clara incoerência política. Mas volto a dizer que quem quiser a volta de Marconi vai votar em Gustavo porque eles estarão aliados e representando a política do passado. Desde que acertou a aliança, o sr. tem marcado presença em eventos do governo e participa das decisões, mas não tem cargo no governo. Como é isso? Viaja nos aviões do Estado, usa estrutura do governo?Eu só participei de eventos em que havia uma razão para a minha presença. Estive em inaugurações de obras que tinham recursos que eu destinei como deputado federal, ou em eventos na minha cidade, Jataí, ou Aparecida de Goiânia. Não participo de eventos de entregas de benefícios e nem de reuniões da gestão. A minha participação se dá como um ator político representante de municípios como ex-deputado, e algumas oportunidades em razão da minha colaboração na política estadual e nos municípios.-Imagem (Image_1.2418188)