Atualizada em 14/12 às 8h.O projeto que propõe aumentar a quantidade de cadeiras na Câmara de Goiânia de 35 para 39 tem mais um documento com assinaturas misteriosas. Desta vez, o problema foi encontrado na lista com 19 rubricas que permitiu a inclusão da matéria na pauta da sessão do dia 6 de dezembro, quando a proposta foi aprovada em primeira votação no plenário.Naquela data, a Câmara divulgou uma relação com os nomes dos 19 vereadores que seriam responsáveis pelas rubricas. No entanto, o POPULAR comparou cada uma delas com assinaturas em projetos de lei e requerimentos apresentados pelos próprios parlamentares, e que estão disponíveis no site da Câmara de Goiânia, e três rubricas não foram identificadas.Na relação da Câmara constam os nomes de Henrique Alves (MDB), Leandro Sena (PRTB), Pastor Wilson (PMB), Paulo Magalhães (União Brasil) e Sabrina Garcez (Republicanos), mas as rubricas deles não foram identificadas no levantamento, que também mostra que o vereador Lucas Kitão (PSD) assinou a inclusão duas vezes. Além disso, a rubrica de Léo José (Republicanos) consta no documento, mas seu nome não estava na lista divulgada.Leia também:- Projeto que cria vagas de vereador na Câmara de Goiânia tem assinaturas misteriosas- Clécio critica Novandir por rever decisão sobre novas vagas de vereadores em Goiânia- Novandir questiona uso de sua assinatura em aprovação de novas vagas para vereadoresA reportagem mostrou o documento para Kitão, que confirmou ser o dono de duas assinaturas. O vereador justificou que assina todos os pedidos de inclusão e inversão de pauta com o objetivo de contribuir com a celeridade da votação e argumentou que assinou duas vezes neste caso sem perceber. Léo José também confirmou que sua assinatura está no documento.Leandro Sena apontou que uma das assinaturas não identificadas pela reportagem é sua. O vereador disse que usa diferentes rubricas. Já Henrique e Sabrina, citados na lista da Câmara, disseram que suas assinaturas não estão no documento. A reportagem não conseguiu contato com Paulo Magalhães e Wilson.Em nota, a Câmara apenas informou que a Comissão Mista recolheu as assinaturas do documento, mas não respondeu às perguntas sobre os problemas encontrados. A proposta de criação de novos cargos na Câmara foi engavetada no fim do ano passado diante de pressão provocada pela falta de identificação de cinco assinaturas na apresentação da matéria. O problema persiste, mas é ignorado pelos vereadores.-Imagem (1.2577721)