Em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) na manhã desta sexta-feira (4), trabalhadores da educação de Goiânia rejeitaram a proposta do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) de conceder 7,5% de reajuste no piso salarial para os professores e de 9,3% para os servidores administrativos. Nova assembleia deve ser realizada no dia 10, com indicativo de greve, mas há expectativa de nova rodada de negociação antes desta data.A presidente do Sintego, Bia de Lima, diz ao POPULAR que a categoria “bateu o pé” nos 33,2% de atualização do piso anunciados pelo governo federal em janeiro. “O prefeito tinha que apresentar uma proposta nesse percentual, de maneira parcelada. Falei isso a ele, mas recusou. Porém, continuamos na mesa de negociação e falaremos com o prefeito novamente antes da assembleia.” Segundo ela, uma nova conversa pode ocorrer na segunda-feira (7) ou no dia seguinte.A atualização em 33,2% no piso salarial para professores da educação básica tem sido alvo de reclamações de prefeitos desde que foi anunciada no fim de janeiro, devido ao alto custo. A Federação Goiana dos Municípios (FGM) prevê um impacto superior a R$ 650 milhões por ano. Com o reajuste, o salário recebido por professores em início de carreira passa de R$ 2,8 mil para R$ 3,8 mil. Em nota à reportagem, o Paço diz que “o prefeito Rogério Cruz demonstrou à representante dos professores o cumprimento do pagamento do piso salarial a todos os professores do município.” “O reajuste apresentado, de 7,5%, é suficiente para que todos os trabalhadores recebam mais do que o mínimo previsto, de R$ 3.845,63 para os profissionais com dedicação de 40 horas semanais.”De acordo com o texto, não é possível conceder correção maior. “O prefeito também apresentou os números do impacto financeiro das concessões da data-base referente aos anos 2020 e 2021; piso salarial de 7,5% dos professores; aumento vegetativo da folha; e do concurso público que será realizado. Com isto, demonstrou a impossibilidade de conceder correção maior, como a pleiteada, de 33%. O prefeito continuará dialogando e prestando as informações necessárias para que haja consenso na aplicação da correção salarial.”DATA-BASENa assembleia do Sintego, a categoria também não aceitou os 9,3% de data-base para os servidores administrativos referentes a 2020 e 2021. “Vamos buscar construir um novo plano de carreira que seja mais atrativo. A possibilidade de data-base de 2022, já amplia (a possibilidade de aceitação), mas precisamos reconstruir. Recebemos os piores salários da administração.”Como mostrou o POPULAR na edição desta sexta-feira (4), a reposição salarial de 2022 será negociada em maio, mas a Lei Orçamentária Anual (LOA) do município para este ano prevê aplicação de 3,8% de reajuste.