Silvana Bittencourt

<p><div attr-cid="policy:1.2561953" attr-version="policy:1.2561953" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2561953" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2561953', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2561953">Imagem (1.2561953)</a></span></div></p><div>A goiana Ieda Leal, membro da equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na área de Igualdade Racial, falou sobre a importância da retomada da condição de ministério para assuntos de combate ao racismo no programa Chega pra Cá#47.</div><div>&nbsp;</div><div>Atualmente, os temas são discutidos pela Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, subordinada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.Ieda é pedagoga, coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU) e é secretária de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).&nbsp;</div><div>&nbsp;</div><div>Segundo a entrevistada, os últimos seis anos (somando-se o governo de Jair Bolsonaro e Michel Temer), o Brasil viveu um “absoluto marasmo” no que diz respeito às políticas públicas de combate ao racismo. Na sua opinião, este é um dos pontos que reforçam a necessidade de se criar um ministério exclusivo para a discussão da igualdade racial, pois poderá discutir “de igual para igual” com as outras pastas do governo federal questões de infraestrutura e fomento para a população negra.</div><div>&nbsp;</div><div>&nbsp;</div><p><iframe frameborder="0" height="200px" src="https://widget.spreaker.com/player?episode_id=51921064&amp;theme=light&amp;playlist=false&amp;playlist-continuous=false&amp;chapters-image=true&amp;episode_image_position=right&amp;hide-logo=false&amp;hide-likes=false&amp;hide-comments=false&amp;hide-sharing=false&amp;hide-download=true" width="100%"></iframe></p>

Um Ministério para combater racismo! Faz sentido?

Política

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Matéria - Política

<p><span><span><span><span>O </span></span></span></span>ex-vereador Pedro Batista foi presidente da Câmara de Goiânia em 1992 e recorda-se que o orçamento anual da prefeitura era de aproximadamente US$ 400 milhões – a Secretaria da Fazenda de Goiânia não dispõe dos dados daquele ano – ou cerca de US$ 873 milhões em valores de 2025, segundo a correção monetária do período (cerca de R$ 4,792 bilhões). Naquele ano coube à Câmara um orçamento de US$ 15,714 milhões (1,8% da receita corrente líquida, também em valores atualizados) ou R$ 82,64 milhões. Passados 33 anos, a receita do tesouro municipal cresceu cerca de 90% acima da inflação, e fechou 2024 em R$ 9,145 bilhões. Como a Câmara segue tendo direito à mesma proporção da receita municipal, seu orçamento em 2024 foi de R$ 209,1 milhões, quase duas vezes e meia a mais que o de 1992.</p>

<p>Segundo a coluna Giro desta segunda-feira (23), o repasse mensal da Assembleia Legislativa foi de R$ 8 milhões (R$ 10,2 milhões corrigidos pelo IPCA) em 2021. A partir de janeiro último subiu para R$ 19,6 milhões (excluída a folha de pessoal da Alego, que o Estado paga), crescimento de 90% em apenas cinco anos.</p>

<p>O Congresso Nacional aprovou a criação de mais 18 vagas de deputado federal para a eleição de 2026. O custo anual estimado é de R$ 64,6 milhões, mas, pelo projeto, não ocorrerá crescimento dos gastos, porque a Câmara dos Deputados tem recurso sobrando para novos custos. Essa votação ocorreu no mesmo dia em que o Congresso derrubou o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aumentou as tarifas de IOF, alegando que o governo aumenta impostos sem cortar gastos. Os congressistas exigem da União o que não se dispõem a fazer.</p>

<p>As Câmaras municipais têm obrigação de devolver às prefeituras sobras do duodécimo não utilizadas no ano fiscal. Segundo seu Portal de Transparência, a Câmara de Goiânia já devolveu R$ 9,950 milhões à prefeitura em 2025, parte de sobras do orçamento de 2024. Já na Assembleia Legislativa é diferente. Acórdão do Tribunal de Contas do Estado (TCE), de dezembro, estabeleceu que caberá aos poderes e órgãos independentes (Assembleia, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e os dois Tribunais de Contas) decidirem se devolvem restos de receita. Se houver devolução, ela terá de ser para a conta centralizadora do Estado e o recurso volta ao Executivo.</p>

<p>A Assembleia tem em conta R$ 400 milhões de sobras, apesar de ter aumentado seus gastos com pessoal (criação de secretarias, diretorias e aumento de cargos comissionados) e com outras despesas desde 2023. Mesmo gastando muito, sobram recursos. Os deputados, contudo, querem decidir o destino desse montante. No início do ano, eles aprovaram projeto de lei para enviar as sobras a fundos estaduais, e, assim driblar a conta centralizadora. Quer dizer, eles querem executar o Orçamento, uma prerrogativa do Executivo. O texto foi vetado integralmente pelo governador Ronaldo Caiado e o veto segue à espera de apreciação na Assembleia.</p>

<p>Os caixas dos Legislativos (federal, estadual e municipais), do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas – todos com direito a uma proporção fixa da receita dos Executivos – crescem ano a ano. Com isso, esses órgãos se tornaram os primos ricos do setor público, o que lhes permite criar despesas, como os supersalários no MP e dos tribunais e aumentos de cargos.</p>

<p>Já os Executivos seguem como os primos pobres, pois seus orçamentos têm de dar conta das necessidades vitais da população, como educação, saúde, segurança pública, e para investimentos. Os parlamentares brasileiros ainda parasitam o pouco que sobra dos orçamentos dos Executivos, com as emendas impositivas destinadas até mesmo para festas (da Pecuária e agora festa junina), como aconteceu em Goiânia, enquanto a prefeitura corta repasse à saúde pública.</p>

<p>O ex-vereador Pedro Batista está convencido da urgência de o país rever a porcentagem do duodécimo destinada a cada poder e órgão independentes. Pode ser um bom começo de debate público sobre a hipertrofia dessas instituições sobre o definhamento dos Executivos, um retrocesso político, institucional e social.</p>

<p>Pausa: estarei de férias a partir desta segunda-feira (1º).</p>

<p><em>Cileide Alves, jornalista</em></p>


Primos ricos e primo pobre

Opinião

Opinião - título

Cileide Alves

Matéria - Opinião - Cileide

<p>O governador Ronaldo Caiado (UB) apontou que uma das prioridades no <a href="https://opopular.com.br/politica/agilizando-votac-es-deputados-referendam-o-propag-e-a-ldo-1.3281668" target="_self">processo de adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados</a> (Propag) é evitar o que chamou de “vazio legislativo”, no período de transição do atual Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A ausência de regras específicas no período poderia acarretar em pagamento da totalidade dos serviços da dívida com a União, limitados a 33% nos termos atuais em 2025 e a 20% no primeiro ano depois da adesão.</p>

<p>Caiado ainda confirmou que a previsão para aumento do teto de gastos em R$ 3 bilhões logo após a troca dos regimes, apresentada por ele próprio no fim de 2024, poderá não ser confirmada, a depender dos termos a serem acertados com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para o Propag.</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/agilizando-votac-es-deputados-referendam-o-propag-e-a-ldo-1.3281668" target="_self">Agilizando votações, deputados referendam o Propag e a LDO</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/politica/novos-termos-de-ades-o-ao-propag-s-o-aprovados-1.3281194" target="_self">Novos termos de adesão ao Propag são aprovados</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/politica/novo-projeto-vai-detalhar-termos-de-ades-o-ao-propag-1.3280747" target="_self">Novo projeto vai detalhar termos de adesão ao Propag</a></div>

<p>As avaliações foram apresentadas pelo governador em respostas ao <strong>POPULAR </strong>durante o lançamento da temporada Mais Araguaia 2025, na Praça Cívica, depois da aprovação, pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), de projeto do Executivo que altera lei estadual sancionada em maio com os termos para a <a href="https://opopular.com.br/politica/novos-termos-de-ades-o-ao-propag-s-o-aprovados-1.3281194" target="_self">adesão do estado ao Propag</a>. Segundo Caiado, apesar da nova aprovação, ainda não é possível estimar a efetiva realidade financeira do governo para o próximo ano, com a possível entrada no programa em outubro.</p>

<p>“Não podemos ter porque nós ainda encaminhamos a lei. O Tesouro Nacional já tinha sido consultado e eles retornaram com duas solicitações que foram acrescidas ao plano. Então, nós aprovamos e encaminhamos ao Tesouro, que vai retornar para saber se vai ser aprovado. Se for, nós faremos imediatamente o cumprimento daquelas etapas, com uma legislação com uma previsão de teto já dentro do Propag”, apontou.</p>

<p>O governador também afirmou que é preciso garantir a segurança jurídica na transição para que, ao aderir ao Propag, o estado já esteja sob as novas regras. “Até então, tínhamos estudos preliminares em que a Secretaria da Economia já avançou muito e temos esses cálculos feitos. Nós vamos aguardar se, com a inclusão no programa, nós não apenas sairemos do Regime de Recuperação Fiscal e se não estaremos em um vazio legislativo. O que nós queremos é a garantia de que, ao entrar no Propag, nós já passamos a responder a novas regras, sem estar desguarnecido do Regime de Recuperação Fiscal”, defendeu Caiado.</p>

<p>O texto do Executivo que altera regras para a adesão ao programa teve aprovação final em plenário por unanimidade de 23 votos, na quinta-feira (26). As principais mudanças solicitadas pelo governo federal definem a autorização específica para a celebração de contratos e termos aditivos no Propag e a manutenção das garantias originalmente pactuadas nos atuais contratos da dívida. O projeto ainda autoriza o governo estadual a definir, em projeto futuro, a instituição do ano base para o cálculo do novo teto de gastos.</p>

<p><a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_self">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a></p>

<h2><b>Teto de gastos</b></h2>

<p>Goiás oficializou o pedido de adesão no dia 11 de junho e a troca do RRF deverá garantir redução de juros dos serviços da dívida, permitir amortização de até 20% do valor total da dívida, e possibilitar aumento do teto de gastos, hoje considerado muito limitado pelo RRF. Durante a tramitação do projeto que criou o Propag no Congresso Nacional, Caiado chegou a estimar ampliação dos investimentos no próximo ano em R$ 3 bilhões, mas agora admite que o número poderá não se confirmar.</p>

<p>“Não é uma certeza porque nós podemos ter uma posição que vai depender da receita e isso pode variar. A nossa previsão inicial seria isso, mas precisamos da previsão de receita para liberar esse teto. Esse é o acordo que discutimos no Congresso Nacional junto ao Propag. Para que liberasse o teto diante daquele acréscimo porcentual que tivéssemos na receita anual. As regras, nós definiremos junto à Secretaria de Economia”, afirmou.</p>

<p>Pelo regime atual, o Estado pode gastar apenas aquilo que registrou de despesas no ano de referência mais a inflação. Com o novo programa, entra no cálculo até 70% do crescimento da receita primária. A dúvida, no entanto, é sobre o ano base que será considerado no cálculo.</p>

<p>No RRF, a referência é 2021 e o governo goiano quer manter o mesmo para o Propag, buscando também considerar o crescimento da receita daquele ano. A STN sinalizou que o mais adequado seria ter como referência de aumento da receita o ano anterior à adesão ao novo programa, ou seja, 2024. O projeto aprovado nesta quinta dá ao Executivo a prerrogativa de definir o ano base por futura lei estadual.</p>

<p>A depender da referência, o valor do teto pode variar. Os dados não foram informados pelo governo estadual, mas a Economia antes tinha previsão de alta de R$ 3 bilhões no teto de gastos. As estimativas apontam que a elevação mínima no primeiro ano de validade do Propag, em 2026, seja de R$ 1,4 bilhão.</p>


Estado tenta evitar 'vazio legislativo' entre RRF e Propag

Dívida estadual

<p>Phishing é o crime de roubo de dados pessoais, como senhas, nos quais hoje os fraudadores estão mais interessados, para então praticarem outros golpes em outros ambientes. Quem alerta é a jornalista de dados especializada em investigação Beatriz Farrugia, entrevistada nesta terça-feira (24) por Cileide Alves, no Chega pra Cá, do <strong>POPULAR</strong>. Com acesso a grande número de <a href="https://opopular.com.br/cidades/criminosos-usam-nome-do-trt-e-criam-links-com-informac-es-sobre-processos-para-dar-golpes-1.3189793" target="_self">informações da vítima</a>, os criminosos não buscam mais apenas roubar dinheiro imediatamente, completa Beatriz.</p>

<p>“Você não faz uma transferência, você não passa o seu cartão de crédito. Você cede seu nome, seu CPF, seu e-mail, seus dados de residência. Você preenche todos os seus dados pessoais. Alguns dos golpes, inclusive, pediam para a vítima fazer um suposto login na conta do gov.br, que é aquela conta do governo federal em que é possível fazer a gestão de todos os serviços públicos, documentos, benefício social”, discorre a especialista.</p>

<p><a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a></p>

<p>Assim, é ao ter todos os seus dados, às vezes até o seu acesso aos programas do governo, que fraudadores, golpistas, vão cometer os crimes, na “jornada do golpe”, expõe ela.</p>

<p>“Vão criar contas no seu nome, vão abrir cartões com bancos, cartões de crédito, realizar compras de produtos e outras fraudes financeiras utilizando esses dados”, exemplifica. “Então não é somente um golpe em que você clica num link e vai fazer uma transferência, vai fazer um pagamento por Pix e vai perder dinheiro.”</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/criminosos-usam-nome-do-trt-e-criam-links-com-informac-es-sobre-processos-para-dar-golpes-1.3189793" target="_self">Criminosos usam nome do TRT e criam links com informações sobre processos para dar golpes</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/economia/golpes-pelas-redes-sociais-causam-cada-vez-mais-prejuizos-1.3070316" target="_self">Golpes pelas redes sociais causam cada vez mais prejuízos</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/cidades/golpistas-roubam-fotos-de-mulheres-para-criac-o-de-perfil-falso-1.2611018" target="_self">Golpistas roubam fotos de mulheres para criação de perfil falso</a></div>

<p>Jornada dos Golpes é nome de uma pesquisa coordenada por Beatriz para a agência Lupa, que nesta semana divulgou o primeiro relatório do Observatório Lupa, o qual analisa mais de 140 golpes aplicados através de redes sociais ou aplicativos de mensagens entre 2020 e 2025. Os dados indicam que os golpistas evoluíram em suas técnicas para enganar as vítimas, comentou Cileide Alves, explicando ainda que Lupa é uma agência de notícias especializadas em fact-checking e ensino de técnicas de checagem para sensibilização sobre desinformação e seus riscos.</p>

<p>Também professora na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), com estudos sobre operações de interferência e manipulação estrangeira, discurso de ódio, polarização política e desinformação mediada por inteligência artificial, Beatriz chamou atenção para o fato de que o Observatório Lupa permitiu chegar a um perfil, a um raio x do tipo de golpe mais comum de acordo com a base de dados da agência.</p>

<p>“Nesses 140 golpes, tem algum tipo de golpe mais frequente? Ou são tipos variados?”</p>

<p>A resposta da especialista é que o phishing tem prevalecido. Ela vê três pontos básicos na tática desses golpistas: buscar apoio num nome famoso, numa marca conhecida; usar apelo de vantagem e ganho financeiro, o que predomina em 90% dos casos analisados; e a jornada do golpe.</p>

<p>“A gente notou que são operações muito sofisticadas, não são meramente uma mensagem contendo um link em que a pessoa clica e caiu no golpe, não. Geralmente é uma mensagem, que é a primeira isca para a vítima clicar naquela mensagem. A partir daí, a vítima é levada para uma outra plataforma, geralmente um site fraudulento, um site falso, que se faz passar por aquela marca, por aquela instituição. E nesse site, a vítima é convidada a preencher um formular ou a responder a um quiz ou a uma pesquisa que tem como intuito coletar os dados pessoais”, discorre.</p>

<p>“Este relatório é o primeiro recorte destes dados, então nós olhamos especificamente para golpes e fraudes online e como que isso foi ao longo dos anos.”</p>

<h2><b>IA e deepfake </b></h2>

<p>A tecnologia está evoluindo, é um caminho sem volta, não dá mais pra ficar num mundo sem inteligência artificial, constata Beatriz, acrescentando que as próprias ferramentas de IA estão se desenvolvendo para criarem conteúdos cada vez mais realistas. “Vai ficando cada vez mais difícil pros checadores, jornalistas, identificarem esse tipo de conteúdo.”</p>

<p>Diante do desafio crescente em identificar desinformação que utiliza edições ultrarrealistas, tarefa difícil até para os profissionais, a pesquisadora fala da necessidade de desenvolver metodologias concretas, muito precisas. “A gente precisa se apoiar em ferramentas também.”</p>

<p>Ela defende a regulação de plataformas no Brasil e um refinamento de suas políticas de anúncios. Após constatar que as plataformas da Meta são muito fortes, Facebook, Instagram e WhatsApp são basicamente as que todo brasileiro usa no dia a dia, a pesquisadora afirma ter notado que muito golpista utiliza os anúncios da Meta.</p>

<p>“Existe uma pressão forte, não só no Brasil, no mundo inteiro, para que a Meta tome mais medidas para permitir ou não esses anúncios. Que tenha um critério mais forte, mais robusto para evitar que fraudadores, pessoas aleatoriamente que paguem por esses anúncios, impulsionem esses anúncios e eles acabam sendo derrubados só depois que foram para o ar, depois que eles já fizeram vítimas, né? Existe uma pressão internacional para que a Meta refine as suas políticas de anúncio.”</p>

<p>Beatriz informa que na pesquisa que coordenou, não foi possível chegar aos estelionatários. Mas diz que em pesquisas mundiais que também vêm analisando a situação e o desenvolvimento desses golpes, o cenário é bem similar ao do Brasil Essas pesquisas sinalizam ser muito provável a ação de grupos maiores, mais organizados.</p>


Crimes em apps e redes focam em dados pessoais

Chega pra Cá

Cileide Alves entrevista Beatriz Farrugia

<div attr-cid="policy:1.3280448" attr-version="policy:1.3280448:1750775399" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3280448" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3280448', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3280448">Cileide Alves entrevista Beatriz Farrugia (1.3280448)</a></span></div>

<p>A agência Lupa divulgou nesta segunda-feira (23) o Observatório Lupa, seu primeiro relatório que analisa mais de 140 golpes aplicados através de redes sociais ou apps de mensagem entre 2020 e 2025. De acordo com os dados, os golpistas evoluíram suas técnicas para enganar as vítimas.&nbsp;</p>

<p>O relatório “A Jornada dos Golpes – Como redes sociais e apps de mensagem são explorados por golpistas e fraudadores no Brasil”, trata de fraudes digitais que usam falso SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor, um canal de comunicação entre empresas e seus clientes), deepfake e o prestígio de marcas para enganar e roubar. A Lupa, responsável pelo relatório, é uma agência de notícias especializada em fact-checking e de ensino de técnicas de checagem e para a sensibilização sobre desinformação e seus riscos.</p>

<p>A coordenadora da pesquisa A Jornada dos Golpes, é a jornalista de dados especializada em investigação, Beatriz Farrugia, a convidada deste episódio do Chega pra Cá. Beatriz é professora universitária na Faap, e suas áreas de atuação incluem desinformação, operações de interferência e manipulação estrangeira (FIMI), discurso de ódio, polarização política e desinformação mediada por inteligência artificial. É coautora do livro “1950: O Custo de uma Copa do Mundo”, uma investigação sobre a Copa do Mundo da FIFA no Brasil.</p>
