A Operação Máfia das Falências, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) na última quinta-feira (21), cumpriu sete mandados de prisão preventiva, entre eles do dono do grupo empresarial Borges Landeiro, Dejair Borges Landeiro, seis de prisão temporária, 26 de busca e apreensão e 26 ordens/mandados de sequestro de bens, inclusive de propriedades rurais.Além disso, R$ 500 milhões em bens dos investigados foram bloqueados. Os mandados foram cumpridos em Uberlândia, Goiânia, Londrina, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.A operação teve o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa que lava dinheiro e comete fraudes a credores de empresas que passam por recuperações judiciais e falências.Conforme o MP, a primeira etapa da operação, há oito meses, investigou crimes que teriam sido cometidos antes e depois da recuperação judicial do grupo Borges Landeiro, que entrou com o pedido em novembro 2017, alegando estar com dívidas de mais de R$ 250 milhões. A investigação contou com a quebra telemática e também com a colaboração premiada de um dos investigados.Os suspeitos podem ser condenados pelos crimes de organização criminosa, fraude a credores da recuperação judicial, lavagem de capitais e outros crimes específicos da Lei de Falências.Nesta sexta-feira (22), o dono do grupo empresarial Borges Landeiro, Dejair Borges Landeiro, passou por audiência de custódia e a juíza Placidina Pires decidiu pela continuidade da prisão preventiva.Confira os nomes dos presos:Presos preventivos- Dejair Borges Landeiro, dono do grupo Borges Landeiro; está preso preventivamente em Goiânia.- Elias Moraes Borges, administrador financeiro; está preso preventivamente em Goiânia.- Anderson Heck, chefe de contabilidade; está preso preventivamente em Goiânia.- Rodolfo Macedo Montenegro, advogado e o chefe do departamento jurídico; está preso preventivamente em Goiânia.- Vicente Conte Neto, empresário sócio de inúmeros empresas com envolvimento; está preso preventivamente em Goiânia.- Ricardo Miranda Bonifácio e Souza, advogado, e Alex José Silva, advogados donos do escritório Alex Silva & Ricardo Bonifácio Advogados Associados: ofereciam “kits” para empresas cometerem fraudes em falências ou recuperações financeiras; estão presos preventivamente em Goiânia. Presos temporários- Silfarnei Rossi Rocha, diretor jurídico da Capital Securities Investimentos; preso em Uberlândia temporariamente, foi o único a receber alvará de soltura nesta sexta-feira (22).- O diretor e sócio de uma das empresas no nome de laranjas; está preso em São Paulo (SP).- Marco Aurélio Bottino Júnior, advogado e sócio de uma das empresas no nome de laranjas; está preso preventivamente em São Paulo (SP).- Tiago Oliva Schietti, envolvido na administração de uma das empresas no nome de laranjas; está preso em São Paulo (SP).- Lucas Oliva Schietti, envolvido na administração de uma das empresas no nome de laranjas; está preso em Londrina (PR).- Camila Landeiro Borges, diretora empresarial do grupo Borges Landeiro, teve mandado de prisão temporária expedido, porém ele não foi cumprido por ela estar fora do País.(Com informações de Mariana Carneiro, estagiária do GJC em convênio com a UFG)