A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, nesta terça-feira (13), em segunda votação, o projeto de lei que reestrutura a carreira dos auditores fiscais do município. Com isto, a categoria terá aumento dos atuais R$ 14,5 mil para R$ 19,7 mil. O valor pode chegar a R$ 28,9 mil no último nível da carreira.Ao todo, são 12 níveis. O impacto mensal é de 877 mil por mês, considerando ativos e inativos. O texto foi encaminhado à Câmara pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos), mas foi discutido diretamente com os auditores, atendendo demanda antiga da categoria.Com a aprovação do texto, os auditores também passam a contar com adicionais de titularidade e aperfeiçoamento, adicional de produtividade fiscal e indenização de transporte. A Procuradoria-Geral do Município (PGM) alertou, em parecer, que o texto permite que a categoria acumule outros ganhos ao salário, como quinquênio e o próprio adicional de titularidade.O texto foi aprovado em plenário pela primeira vez no dia 10 de novembro. Na Comissão do Trabalho e Servidores Públicos, o relator Cabo Senna (Patriota) apresentou emenda que propôs carga horária de 40 horas semanais para os auditores que atualmente trabalham na prefeitura. O texto original prevê esta jornada apenas para membros da categoria que ingressarem na prefeitura após a publicação da lei. Atualmente, os auditores trabalham 30 horas semanais.Leia também:- Por benefícios à Guarda Civil e procuradores, auditores temem recuo de projeto- Projeto do Paço quase dobra valor do salário de auditores em Goiânia- Segunda lista que cria novas vagas para vereadores tem rubricas ‘sem dono’Presidente da Associação dos Auditores de Tributos de Goiânia, Elisio Gonzaga, disse que houve articulação com vereadores da comissão e, por fim, a emenda foi derrubada. O documento de rejeição à proposta do relator foi escrito e assinado à mão.No plenário, a votação da proposta foi comemorada por vereadores e por auditores que estavam na galeria. “Demorou um pouco, para fazer a coisa certa, na hora certa”, disse Izídio Alves (MDB).Enquanto a matéria estava na comissão, houve temor de que o texto fosse retirado pela prefeitura. Nos bastidores, houve trabalho no Paço para incluir no texto benefícios à Guarda Civil Metropolitana (GCM) e aos procuradores do município. Reportagem do POPULAR publicada no dia 17 de novembro mostrou que o presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota), foi o responsável pela movimentação, quando assumiu o posto de prefeito interino, durante a última viagem de Cruz. Policarpo é servidor e representante da GCM.