<p>O vereador Sargento Novandir (sem partido) entrou no plenário da Câmara Municipal de Goiânia, nesta terça-feira (1º), vestido de palhaço, fazendo malabarismos, ao som de música circense. Ele disse ter "sido feito de palhaço" e ter sido enganado quanto ao Código Tributário Municipal (CTM), aprovado no ano passado com seu voto. O parlamentar ainda atacou o secretário de Finanças, Geraldo Lourenço.</p><p><strong>Aumento do IPTU em Goiânia</strong></p><p>A manifestação de Novandir vem depois da repercussão negativa do aumento do IPTU. O discurso dos vereadores da base é de que não sabiam que haveria acréscimo no imposto que passasse dos 45%, mais a inflação, determinados na lei.</p><p>Novandir sugeriu que Geraldo deixasse o cargo e voltasse para Brasília, em alusão ao grupo político que indicou o secretário para a pasta.</p><p>"Nunca mais voto projeto de lei com urgência e emergência, nunca mais voto sem estudar o projeto", disse o vereador. Em performance na Câmara, Novandir ainda disse que Geraldo merecia "coro de cinto". Novandir ainda pediu perdão pelo voto que deu no CTM.</p><p>O discurso de Novandir é a alegoria do que tem sido propagado por outros vereadores da base, que têm jogado a culpa pelo aumento, exclusivamente, sobre os secretários, e têm tentado se isentar e até isentar o prefeito Rogério Cruz (Republicanos).</p><p><strong>Pedidos de recurso</strong></p><p>Em reunião na noite de segunda-feira (31), o prefeito reforçou aos vereadores o que o Paço já tinha informado à imprensa, de que haverá mais prazo para os pedidos de recurso. Segundo a Prefeitura, houve erro nos boletos com aumento acima da trava estabelecida em lei.</p><p>Há parlamentares, porém, que ainda esperam pela correção em lei. O vereador Lucas Kitão (PSL) vai apresentar projeto para que seja reduzido o aumento aprovado na revisão do CTM, votado em setembro do ano passado.</p><p><strong>Vídeo:</strong><br />&nbsp;</p><blockquote class="instagram-media" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/tv/CZcHFt5KhDV/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style=" background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:540px; min-width:326px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(100% - 2px); width:calc(100% - 2px);"><div style="padding:16px;"><div style=" display: flex; flex-direction: row; align-items: center;"><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 40px; margin-right: 14px; width: 40px;">&nbsp;</div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 100px;">&nbsp;</div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 60px;">&nbsp;</div></div></div><div style="padding: 19% 0;">&nbsp;</div><div style="display:block; height:50px; margin:0 auto 12px; width:50px;"><a href="https://www.instagram.com/tv/CZcHFt5KhDV/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" background:#FFFFFF; line-height:0; padding:0 0; text-align:center; text-decoration:none; width:100%;" target="_blank"><svg height="50px" version="1.1" viewbox="0 0 60 60" width="50px" xmlns="https://www.w3.org/2000/svg" xmlns:xlink="https://www.w3.org/1999/xlink"><g fill="none" fill-rule="evenodd" stroke="none" stroke-width="1"><g fill="#000000" transform="translate(-511.000000, -20.000000)"><g><path d="M556.869,30.41 C554.814,30.41 553.148,32.076 553.148,34.131 C553.148,36.186 554.814,37.852 556.869,37.852 C558.924,37.852 560.59,36.186 560.59,34.131 C560.59,32.076 558.924,30.41 556.869,30.41 M541,60.657 C535.114,60.657 530.342,55.887 530.342,50 C530.342,44.114 535.114,39.342 541,39.342 C546.887,39.342 551.658,44.114 551.658,50 C551.658,55.887 546.887,60.657 541,60.657 M541,33.886 C532.1,33.886 524.886,41.1 524.886,50 C524.886,58.899 532.1,66.113 541,66.113 C549.9,66.113 557.115,58.899 557.115,50 C557.115,41.1 549.9,33.886 541,33.886 M565.378,62.101 C565.244,65.022 564.756,66.606 564.346,67.663 C563.803,69.06 563.154,70.057 562.106,71.106 C561.058,72.155 560.06,72.803 558.662,73.347 C557.607,73.757 556.021,74.244 553.102,74.378 C549.944,74.521 548.997,74.552 541,74.552 C533.003,74.552 532.056,74.521 528.898,74.378 C525.979,74.244 524.393,73.757 523.338,73.347 C521.94,72.803 520.942,72.155 519.894,71.106 C518.846,70.057 518.197,69.06 517.654,67.663 C517.244,66.606 516.755,65.022 516.623,62.101 C516.479,58.943 516.448,57.996 516.448,50 C516.448,42.003 516.479,41.056 516.623,37.899 C516.755,34.978 517.244,33.391 517.654,32.338 C518.197,30.938 518.846,29.942 519.894,28.894 C520.942,27.846 521.94,27.196 523.338,26.654 C524.393,26.244 525.979,25.756 528.898,25.623 C532.057,25.479 533.004,25.448 541,25.448 C548.997,25.448 549.943,25.479 553.102,25.623 C556.021,25.756 557.607,26.244 558.662,26.654 C560.06,27.196 561.058,27.846 562.106,28.894 C563.154,29.942 563.803,30.938 564.346,32.338 C564.756,33.391 565.244,34.978 565.378,37.899 C565.522,41.056 565.552,42.003 565.552,50 C565.552,57.996 565.522,58.943 565.378,62.101 M570.82,37.631 C570.674,34.438 570.167,32.258 569.425,30.349 C568.659,28.377 567.633,26.702 565.965,25.035 C564.297,23.368 562.623,22.342 560.652,21.575 C558.743,20.834 556.562,20.326 553.369,20.18 C550.169,20.033 549.148,20 541,20 C532.853,20 531.831,20.033 528.631,20.18 C525.438,20.326 523.257,20.834 521.349,21.575 C519.376,22.342 517.703,23.368 516.035,25.035 C514.368,26.702 513.342,28.377 512.574,30.349 C511.834,32.258 511.326,34.438 511.181,37.631 C511.035,40.831 511,41.851 511,50 C511,58.147 511.035,59.17 511.181,62.369 C511.326,65.562 511.834,67.743 512.574,69.651 C513.342,71.625 514.368,73.296 516.035,74.965 C517.703,76.634 519.376,77.658 521.349,78.425 C523.257,79.167 525.438,79.673 528.631,79.82 C531.831,79.965 532.853,80.001 541,80.001 C549.148,80.001 550.169,79.965 553.369,79.82 C556.562,79.673 558.743,79.167 560.652,78.425 C562.623,77.658 564.297,76.634 565.965,74.965 C567.633,73.296 568.659,71.625 569.425,69.651 C570.167,67.743 570.674,65.562 570.82,62.369 C570.966,59.17 571,58.147 571,50 C571,41.851 570.966,40.831 570.82,37.631"></path></g></g></g></svg></a></div><div style="padding-top: 8px;"><div style=" color:#3897f0; 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Vestido de palhaço, vereador pede perdão pelo voto no Código Tributário

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<p>Os vereadores de Goiânia aprovaram em segunda e última votação, na manhã desta quinta-feira (29), projeto de lei que atualiza o Código Tributário Municipal (CTM), incluindo 15 emendas que aumentam o número de benefícios para contribuintes que pagam tributos como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Territorial Urbano (ITU) e o Imposto sobre Serviços (ISS).</p><p>A expectativa agora é com a sanção pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que tem até esta sexta-feira (30) para publicar no Diário Oficial do Município (DOM) a lei aprovada com ou sem vetos. O Executivo Municipal foi contra as emendas apresentadas pelos vereadores, mas demorou a reagir durante a tramitação do projeto e não conseguiu evitar a aprovação das mesmas.</p><p>A proposta original previa uma série de benefícios para os contribuintes, como forma de minimizar o impacto negativo que teve a aprovação do novo CTM em setembro de 2021. Quando a cobrança do IPTU/ITU chegou neste ano, boa parte da população reclamou bastante e o desgaste entre Legislativo e prefeito se acentuou bastante.</p><p>Entre as mudanças que a Prefeitura propôs estava a redução do IPTU para imóveis residenciais de apenas um pavimento e para imóveis que se enquadravam no tipo especial (hotéis, postos de combustíveis etc), a correção do IPTU/ITU apenas pela inflação até 2024, sendo que nos casos que a correção promovida em 2021 ainda não foi total a trava de aumento prevista no código cairia de 45% para 10% e o aumento do valor dos imóveis residenciais atendidos pelo programa IPTU Social, que prevê isenção do imposto.</p><p>Já os vereadores incluíram outros pontos. Primeiro, ainda na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), aumentaram o prazo de correção apenas pela inflação para 2025 e reduziram a trava para até 5%, além de isentarem contribuintes com mais de 60 anos e imóveis em lotes até 150 metros quadrados, e prorrogarem até final de março o período para contribuintes recorrerem contra o valor cobrado em 2022 do IPTU/ITU.</p><p>Só depois que o projeto passou na CCJ e na primeira votação em plenário, quando chegou na Comissão Mista, que a Prefeitura reagiu. O prefeito colocou o vice-presidente da Câmara, Clécio Alves (Republicanos) e o líder do governo, Anselmo Pereira (MDB), para apresentarem emendas tentando derrubar as anteriores. Não conseguiu. E ainda viu novas sendo apresentadas ampliando os benefícios, inclusive pelo próprio Anselmo.</p><p>Entre as novas medidas estão a que prevê isenção de três anos para IPTU de imóvel comercial que sofrer com sinistro e a criação do IPTU verde, descontos progressivos para contribuintes que cumprirem algumas medidas ambientalmente benquistas.</p><p>A segunda votação foi rápida, durou alguns segundos, mas foi antecedida de uma série de discursos que durou uma hora e 13 minutos. Vereadores aproveitaram o momento para impor uma narrativa sobre o que aconteceu em 2021 e argumentar que estão aprovando uma lei que foi mexida por eles para beneficiar ainda mais os contribuintes.</p><p>O único a se posicionar contra as emendas foi Clécio Alves, que havia pedido vistas ao projeto na terça-feira (27) para garantir quórum para outra votação de um projeto que acabou sendo retirado pelo prefeito posteriormente. Ao devolver o documento para votação, o vereador disse que as emendas dos colegas são “cheques sem fundos” e que a Câmara está fazendo um “circão”.</p><p>“Que conversa fiada, você não pode fazer isso não, rapaz! Vereador não pode legislar sobre matéria financeira. Isso aqui é engodo, é mentira! Isso aqui vai ser vetado e a Justiça vai manter o veto”, afirmou Clécio.</p><p>Até o momento o prefeito não se posicionou sobre como vai sancionar a lei. Oficialmente, o Executivo tem afirmado que o debate até então estava dentro da Câmara e os vereadores tinham autonomia para discutir a lei e modifica-la como quisessem.</p><p>Anselmo chegou a comentar que a Prefeitura poderia barrar emendas consideradas inconstitucionais ou que fossem contra o previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) durante a sessão de terça-feira. Entretanto, ele foi contradito imediatamente pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota), que defendeu o poder dos vereadores em legislar e derrubar vetos a pontos que tenham sido aprovados pelos vereadores durante a tramitação do projeto. “(A Prefeitura) Pode definir por obras, e este é o papel dela, mas a palavra final sobre leis nesta cidade é da Câmara Municipal”, disse na terça-feira.</p>

Vereadores aprovam em definitivo correção do IPTU

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<p>O secretário municipal de Finanças de Goiânia, Geraldo Lourenço, continua na pasta até o fim deste mês. A saída do titular do cargo foi anunciada nesta terça-feira (22).&nbsp;</p><p>Segundo o chefe de gabinete do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), José Alves Firmino, disse ao POPULAR que Geraldo pediu para continuar no posto até o fim de março para dar tempo de terminar as demandas que estava tocando e finalizar as burocracias do retorno ao cargo público que ocupa no Distrito Federal.</p><p>Geraldo está a frente dos cálculos que envolvem a negociação com os servidores da Educação, que estão em greve, relacionada à data-base, o piso dos professores e o plano de carreira dos servidores administrativos.&nbsp;</p><p>Leia também:</p><p>-&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/noticias/politica/geraldo-louren%C3%A7o-deixa-secretaria-municipal-de-finan%C3%A7as-de-goi%C3%A2nia-1.2424128" target="_blank"><strong>Geraldo Lourenço deixa Secretaria Municipal de Finanças de Goiânia</strong></a></p><p>-&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/novo-secret%C3%A1rio-de-finan%C3%A7as-de-goi%C3%A2nia-teve-suspenso-contrato-de-r-720-mil-com-a-comurg-em-2021-1.2424188" target="_blank"><strong>Novo secretário de Finanças de Goiânia teve suspenso contrato de R$ 720 mil com a Comurg em 2021</strong></a></p><p>Em nota, a Prefeitura informou que Geraldo pediu sua exoneração para voltar para Brasília. A saída se dá em meio a desgastes gerados pelo novo Código Tributário Municipal (CTM).</p><p>Ele será substituído pelo cientista contábil Vinícius Henrique Pires Alves, que é dono da JBV Assessoria e Contabilidade Pública Governamental.&nbsp;</p><p>A empresa teve contrato com a Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg), de R$ 720 mil, questionado pelo TCM-GO e pelo MP-GO.&nbsp;</p><p>Com a decisão de prorrogar a permanência de Geraldo, Vinícius assume no mês que vem. Seu nome foi indicado pelo Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO).</p>

Geraldo Lourenço fica na Sefin de Goiânia até o fim do mês

<p><em><strong>Atualizada às 21h51</strong></em></p><p>O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Goiânia não terá aumento além da inflação no ano de 2023. Para garantir o teto, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) decidiu incluir dispositivo em projeto de lei que será encaminhado à Câmara de Goiânia para revisão do Código Tributário Municipal (CTM).&nbsp;<br />A informação foi divulgada durante entrevista de Cruz à TV Anhanguera nesta quinta-feira (10).</p><p>O novo CTM prevê que o valor do IPTU para o exercício de 2022 não poderá ter acréscimo superior a 45% em relação ao lançado em 2021, mais a reposição inflacionária. Este é um dos principais pontos polêmicos envolvendo o tema porque foram registrados casos de aumentos que superaram o porcentual.&nbsp;</p><p>A prefeitura afirma que há casos com erro de cálculo, que serão revisados. Além disso, o contribuinte também pode pedir nova análise do imposto devido.&nbsp;<br />O código também afirma que no cálculo do IPTU para o exercício de 2023 e anos seguintes, enquanto não houver a nova planta de valores ou a nova lei, será aplicada a planta de valores vigente, observado também o porcentual limite de 45%.&nbsp;</p><p>Ou seja, o texto abre a possibilidade de novo aumento de IPTU neste porcentual. Diante da declaração de Cruz, a expectativa é de este ponto do texto seja modificado e que o aumento em 2023 se limite à inflação. No entanto, ainda não há informações sobre qual será a metodologia aplicada em 2024.</p><p>Este cenário pode provocar outro problema. Sem a possibilidade de aumento além da inflação, aquele contribuinte que teria reajuste no IPTU superior a 45% neste ano, mas teve o valor do imposto limitado pela trava, não precisará pagar a diferença ou consequência de valorização de seus imóveis em 2023. Cerca de 17 mil teriam aumento maior.</p><p>Para a advogada tributarista Eléia Alvim, o cenário aponta para falta de isonomia entre os contribuintes. A advogada ainda ressalta que a planta de valores será atualizada em breve. Com isso, ocorrerão novas alterações no IPTU da capital.</p><p><strong>Benefício</strong></p><p>Na entrevista, o prefeito disse que o projeto também trará isenção de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) cobrado para emissão de documento necessário para confirmar em cartório que um lote teve área construída.&nbsp;</p><p>O advogado tributarista André Abrão explica que é por meio desse processo que o contribuinte deixa de pagar por Imposto Territorial Urbano (ITU) e passa para o IPTU. A mudança foi chamada de ISS Solidário.</p><p>Serão beneficiados pela mudança contribuintes de baixa renda, com imóveis avaliados em até R$ 200 mil, segundo a prefeitura. Ainda de acordo com o Paço Municipal, a ação tem o objetivo de incentivar a população a atualizar os cadastros de seus imóveis.</p><p>O prefeito voltou a afirmar que há 35 mil imóveis que passam por nova análise do IPTU e que este número pode chegar em 50 mil. Questionado sobre quando essas revisões serão concluídas, Cruz disse que há casos em que novos boletos já estão sendo gerados.&nbsp;</p><p>O chefe do Executivo também voltou a justificar que o sistema usado é “arcaico” e “antigo” e afirmou que a prefeitura está trabalhando por melhorias. “Com o sistema que temos na prefeitura, parece uma areia movediça, quando mais você mexe, mais você afunda”, disse.&nbsp;</p><p><strong>Isenção</strong></p><p>A Prefeitura de Goiânia também confirmou que constará no projeto a isenção da taxa de licença para localização e funcionamento para igrejas e entidades filantrópicas. Estas entidades já não pagavam essa taxa, mas ficaram sem a isenção no novo código.</p><p>Como o POPULAR mostrou no final de janeiro, o secretário de Finanças, Geraldo Lourenço, afirmou que a cobrança da taxa seria revogada nestes casos. Na época, o pastor Gentil Oliveira, dirigente da Igreja Assembleia de Deus – Bethel, disse que chegou a pagar R$ 3.240 em um templo.</p><p>Esta taxa de licença é cobrada para a realização de qualquer atividade na capital.</p><p>De acordo com o novo CTM, o pagamento é anual e varia de R$ 124,65 a R$ 9.555,09, segundo a área ocupada pelo estabelecimento. No antigo CTM, esta taxa era calculada levando em consideração a quantidade de funcionários de uma empresa.&nbsp;</p><p><strong>Tramitação</strong></p><p>Na Câmara de Goiânia, vereadores críticos ao CTM já se preparam para receber o projeto e apresentar emendas. Mauro Rubem (PT) diz que as medidas anunciadas por Cruz são insuficientes para fazer justiça fiscal e levar o IPTU a ser “pelo menos razoável”.&nbsp;</p><p>O petista afirma que irá apresentar mais uma vez todas as emendas que sugeriu durante a tramitação do texto original do CTM, mas foram rejeitadas. Lucas Kitão (PSL) aguarda ter acesso ao texto para tomar decisão técnica, mas afirma que o Paço deveria ter ação que leve à queda do IPTU ainda neste ano.&nbsp;</p><p>Vereador da base, Leandro Sena (Republicanos) diz que os parlamentares do grupo estão otimistas de que o Executivo buscará saída para o que chamou de “distorções” no IPTU. “Acreditamos que coisas boas virão”, disse. O parlamentar também ressaltou que o CTM tem pontos positivos, como a isenção de IPTU para 50 mil imóveis.&nbsp;</p><p>Ex-líder do prefeito, Sandes Júnior (PP) disse que os ajustes são positivos e destacou que o prefeito afirmou antes da votação do CTM que estava aberto a fazer ajustes no texto mesmo após aprovado. “A própria prefeitura já disse que não tem compromisso com erro”, declarou.</p><p>O novo CTM já provocou uma série de reclamações, como de moradores de condomínios horizontais, que pedem a revisão do cálculo. Há possibilidade de judicialização. (Colaborou Italo Yuri)</p>

Em Goiânia, IPTU de 2023 terá como teto só inflação, diz Rogério Cruz

<p class="TEXTO">O presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota), afirmou nesta terça-feira (8) que a Prefeitura fará revisão do Código Tributário Municipal (CTM) após toda a polêmica criada pelo aumento de cobranças de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Em entrevista ao Chega Pra Cá, da jornalista Cileide Alves, ele defendeu que o projeto seja enviado ainda este mês ao Legislativo.</p><p class="TEXTO">Em entrevistas recentes, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) e o secretário de Governo, Arthur Bernardes, haviam descartado mudanças na legislação. O prefeito anunciou apenas a atualização de dados e as correções de distorções.</p><p class="TEXTO">Policarpo afirmou que as mudanças estão em discussão pela equipe técnica da Prefeitura, mas a intenção é reduzir a discricionariedade do Executivo diante da insuficiência de dados. Segundo ele, a Prefeitura vinha informando que tinha cadastro imobiliário atualizado, e, diante da comprovação de defasagem, é preciso alterar o código.</p><p class="TEXTO">“Ou fazemos a revisão para que a gestão não tenha essa discricionariedade toda sem as informações ou vamos ter de exigir que tenham essas informações em curto espaço de tempo, o que não é simples assim com a tecnologia atual. A Prefeitura falava que tinha (cadastro atualizado) e não tem”, explicou o vereador.</p><p class="TEXTO">Sobre a pressa para que seja enviado ainda em fevereiro, ele afirmou que é uma cobrança do Legislativo. “Até para evitar risco de colapso financeiro. Estamos falando de imposto que representa 20% a 25% da arrecadação. Não pode protelar até o fim do semestre. É uma questão grave, urgente, e precisa ser resolvido ainda no mês de fevereiro.”</p><p class="TEXTO">O presidente do Legislativo também defendeu a exoneração de responsáveis por erros nas emissões de boletos do IPTU. Nos bastidores, é forte a pressão de vereadores pela exoneração do secretário municipal de Finanças, Geraldo Lourenço. </p><p class="TEXTO">Questionado se seria o caso da saído do titular da pasta, Policarpo disse que cabe ao prefeito apontar o responsável, seja Sefin ou Secretaria de Ciência e Tecnologia.</p><p class="TEXTO">“Vejo que é necessário (exonerações) porque um problema tão grave como esse não pode ser uma normalidade dentro de uma gestão. Aquelas pessoas que cometeram equívocos precisam ser retiradas dos seus espaços”, afirmou. “Quem errou que pague pelo erro. Não pode um grave erro como este ficar do jeito que está”, completou.</p><p class="TEXTO">Policarpo afirma que quase 15 mil imóveis com cobranças equivocadas e outros 30 mil que ainda carecem de revisão não podem ser considerados “erros pontuais”. </p><p class="TEXTO">O vereador minimizou a guerra interna na Prefeitura entre grupos de Brasília e da capital, e defendeu o secretário de Governo, Arthur Bernardes - tido como o principal nome da primeira turma. </p><p class="TEXTO">As últimas exonerações feitas pelo prefeito, na Secretaria de Comunicação e no Instituto Municipal de Assistência Social (Imas), expuseram os embates entre aliados do prefeito no Estado e o grupo indicado pelo Republicanos do Distrito Federal.</p><p class="TEXTO">“Eu não vejo como dois grupos. Quem está na base faz parte do mesmo grupo que trouxeram para Goiânia. É bom dizer que Arthur, como secretário de Governo, executa aquilo que o prefeito Rogério Cruz determina. Ele tem sido um parceiro importante da Câmara para resolução de muitas crises que têm ocorrido.”</p><p class="TEXTO">Policarpo disse ainda que não se preocupa com influências de Brasília. “Não me preocupa de onde vem o grupo, mas como será a administração, que seja séria, coerente e faça bem à população.” </p><p class="INTERTITULO"><b>Base</b></p><p class="TEXTO">Questionado sobre a proximidade da gestão de Rogério Cruz com a Câmara, Policarpo afirmou que é natural por conta dos dois mandatos de vereador do prefeito e disse não acreditar em base com 30 ou mais integrantes. “Eu nunca vi isso. É base de ilusão. Com o tempo, eu já dizia que iria se ajustar”, afirmou.</p><p class="TEXTO">Ele também disse que há diferença da forma de relação com os vereadores na comparação com a gestão anterior, de Iris Rezende (que morreu em novembro do ano passado). “Esta gestão decidiu optar por abrir espaços políticos. Iris, apesar de também ter nomeações, destacava o trabalho dos vereadores em cada região para consolidar sua base. Mas não vai existir base de 30 vereadores, é impossível.”</p><p class="TEXTO">O presidente também negou “compartilhamento” da gestão com o Executivo. Segundo ele, se houvesse essa grande participação do Legislativo, “o problema do IPTU já teria se resolvido há muito mais tempo”.</p><p class="INTERTITULO"><b>Comissionados</b></p><p class="TEXTO">Policarpo minimizou o aumento de 200 comissionados no Legislativo, alegando que não representaram mais gastos e, de outro lado, garantem mais independência e liberdade aos vereadores. Ele afirma que a Câmara fará a “maior devolução da história de duodécimo”, de R$ 27,1 milhões referentes a 2021.</p><p class="TEXTO">“Hoje o vereador está na base por convicção, não por dependência de indicações. Ele votava com medo de perder seus espaços no Paço. Era importante para que o vereador tivesse mais força e mais liberdade nas suas escolhas no mandato”, justifica o presidente.</p><p class="TEXTO">Ele reafirma, no entanto, que haverá concurso público para cargos efetivos este ano na Casa. </p>