-Imagem (1.1412494)O vice-presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), desembargador Nicomedes Borges, indeferiu pedido de liminar da Associação dos Magistrados do Estado (Asmego) para que houvesse pagamento de licença-prêmio a juízes e desembargadores este mês. A decisão não representa negativa ao pagamento, mas apenas o adiamento para apreciação de mérito ou nova deliberação do tribunal.Nicomedes argumentou que não haverá "lesão irreparável ou de incerta reparação ao direito", o que justificaria a liminar. "A impetrante não corre o risco evidente de não obter a satisfação de sua pretensão, pelo simples retardamento do referido pagamento", alegou.O POPULAR revelou sexta-feira (27) que, em meio à projeção de déficit de R$ 4,6 bilhões na contas do Estado por conta do coronavírus, os magistrados protocolaram ação judicial para garantir o pagamento, de até R$ 18 mil por membro, depois que o TJ-GO excluiu da folha que será quitada na segunda-feira (30).O mandado de segurança foi protocolado às 10h40 de ontem e a decisão, publicada às 20h40, depois que O POPULAR havia divulgado a notícia. A assessoria do tribunal afirmou que o pagamento foi suspenso em razão da crise provocada pelo coronavírus. Até a tarde de quinta-feira (27), os valores de indenização pela licença-prêmio constavam nos contracheques liberados pelo tribunal. A Asmego alegou que "vários magistrados fizeram compromissos com os valores".Os juízes e desembargadores têm salários que variam de R$ 30,4 mil a R$ 35,4 mil e recebem outros pagamentos, como diferenças de URV, decisões judiciais e auxílio-alimentação.Questionado pela reportagem, o tribunal não informou qual seria o valor pago e quantos magistrados receberiam.