Um dia antes da convenção estadual de seu partido, o deputado federal Vitor Hugo (PL) ainda não tem o nome definido de quem vai disputar o cargo de vice-governador em sua chapa. Em coletiva concedida nesta quinta-feira (28), ele admitiu que essa definição pode ficar aberta e ser fechada até o prazo final das convenções, no dia 5 de agosto.O PL tem convenção marcada para as 9 horas desta sexta-feira (29), em Goiânia, quando devem ser lançadas as candidaturas de Vitor Hugo para governador, Wilder Morais (PL) para senador e das chapas proporcionais para deputado estadual e federal. Na parte da tarde, o partido realiza mais um evento que terá a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) (leia nesta página).Vitor Hugo afirma que a intenção é ter, de preferência, uma mulher como vice-governadora e que seja evangélica, já que ele e Wilder são católicos. Segundo ele, quem tem esse perfil é Izaura Cardoso (PL), esposa do senador Vanderlan Cardoso (PSD), que acabou decidindo não entrar na disputa eleitoral neste ano.“O fato de ser mulher porque minha esposa é juíza, não vai poder participar do governo, e não vai poder estar no palanque amanhã (na convenção desta sexta), por exemplo. Então seria uma maneira de também demonstrar o apreço e a presença feminina na nossa chapa”, explica o pré-candidato.Apesar de Vanderlan manter o apoio a Vitor Hugo, a família decidiu que Izaura não disputará o pleito deste ano. Com o nome de Izaura descartado, o deputado agora busca novas opções. Ele afirma que busca nomes dentro do PL, mas também ainda está a procura de aliança com outros partidos.Vitor Hugo disse que ainda espera abertura do PSD para aliança. O partido tem o deputado estadual Lissauer Vieira, presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, como pré-candidato ao Senado. A coluna Giro mostrou, nesta semana, que a sigla tende a se manter na base do governador Ronaldo Caiado (UB), candidato à reeleição.“Temos uma expectativa de definição dentro do PSD, de qual rumo eles querem. Já deixei as portas totalmente abertas para o Lissauer, acho que é um grande quadro. A nossa situação no PL se cristalizou. Eu sou pré-candidato a governo, o Wilder ao Senado, mas temos portas abertas para o Lissauer em uma composição para vice, suplência ou qualquer outra composição que ele se disponha”, disse.Segundo Vitor Hugo, seu interlocutor no PSD é Vanderlan. “Eu acho que para o PSD, que já compôs com o Tarcísio (de Freitas) em São Paulo, do senador Vanderlan que tem nos apoiado há meses, eu acho que seria uma boa para todos nós. Temos que encontrar agora qual é a mediana”, avalia.O pré-candidato também disse que fez convite, recentemente, ao Avante, presidido em Goiás pelo vereador de Goiânia Thialu Guiotti. “Eu conversei com ele, ele não se posicionou, eu sei que ele está na base do Caiado. Mas eu falei com ele que eu tinha interesse em abrir o diálogo. Rolou, então, uma piscada para ele, não sei se vai ser recíproca”, conta.Thialu disse ao POPULAR que o Avante se mantém na base do governador. “Sobre convite, tivemos de todos os pré candidatos a governador, fora Caiado que já tem chapa pronta. Porém nada real e claro”, respondeu.Vitor Hugo afirma que, fora o PSD e o Avante, tem vontade de conversar com outros partidos, mas admite a possibilidade de sair uma chapa pura. “(O que) eu não encaro como um problema, pelo contrário, a gente quer fazer um governo que seja dos melhores, não queremos um governo composto por alianças políticas”, disse.RachaPresidente do diretório estadual do PL, Vitor Hugo afirma que vai esperar a convenção para ver como fica a situação com a deputada federal Magda Mofatto (PL).O grupo da parlamentar tinha o comando do PL em Goiás, por meio de Flávio Canedo, seu marido, que presidia a sigla no estado. Ambos queriam que o partido apoiasse a candidatura do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota), mas, por intervenção de Bolsonaro, ficou acordado que seria lançada a candidatura de Vitor Hugo.Desde então, Magda e Flávio estão rompidos com a direção regional. A deputada, inclusive, tem participado de agendas eleitorais de Mendanha, a quem continua apoiando.Vitor Hugo diz que tem sido pressionado por aliados a tomar alguma medida em relação a isso. “Tenho sido pressionado pelos convencionais para que a gente utilize os instrumentos legais, estatutários, para garantir a unidade desse projeto. Eu torço para que isso, a partir de amanhã, aconteça”, diz.Magda afirma que vai participar da convenção desta sexta-feira e que espera ter seu nome aprovado para disputar a reeleição a deputada federal. Ela reforça que não muda sua posição de apoio a Mendanha, independentemente da candidatura do PL ao governo de Goiás.Quanto à fala de Vitor Hugo, que diz estar sendo pressionado a tomar medidas legais em relação às dissidências, a deputada rebateu: “Acho que é ele que está pressionando. Ele tem pressionado os companheiros dele.”Leia também:- Entidades goianas não confirmam adesão a carta por democracia- Pros desiste de chapa majoritária em Goiás e define apoio a Caiado- Bolsonaro participa de motociata em Goiânia nesta sexta-feira (29)-Imagem (Image_1.2499808)