O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira (25) que a aprovação da PEC dos Precatórios é uma prioridade, mas não garantiu que a votação será feita na próxima semana, como deseja o presidente Jair Bolsonaro.O governo havia estabelecido como prazo máximo a votação na próxima semana da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e também no plenário do Senado. Jair Bolsonaro pretende pagar ainda em dezembro o Auxílio Brasil de R$ 400 e para isso depende da aprovação da proposta, que vai abrir espaço no orçamento.Pacheco foi questionado sobre o pedido do presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para que a pauta do plenário fosse dedicada exclusivamente para a apreciação das indicações para cargos. Isso porque o presidente do Senado marcou uma semana de esforço concentrado para esse fim.O governo, por sua vez, gostaria de apresentar o alto quórum do esforço concentrado para aprovar a PEC dos Precatórios, que precisa do voto favorável de 49 senadores, em dois turnos.“Vamos tentar coexistirem os interesses das sabatinas que são a prioridade do esforço concentrado, mas a PEC do Precatório também o é. Ultrapassada a fase da Comissão de Constituição e Justiça e cabendo ao plenário a apreciação, aproveitando inclusive a presença dos senadores e das senadoras no plenário, eventualmente tentarmos a apreciação da PEC já na próxima semana, muito importante para o Brasil”, afirmou o presidente do Senado, que ressaltou em seguida que não poderia, no entanto, garantir a votação.“Não posso garantir. A PEC tem que cumprir a etapa da Comissão de Constituição e Justiça, o parecer já foi lido, houve pedido de vista. Precisa ser apreciada na CCJ. Finalizada na CCJ, vai a plenário e assim que chegar no plenário eu vou ter o senso de urgência em relação à PEC, porque ela precisa ser apreciada”, completou.A PEC dos Precatórios começou a tramitar na quarta-feira (24) no Senado, com a leitura na CCJ do texto do relator e líder do governo Fernando Bezerra (MDB-PE). Houve, no entanto, um pedido de vistas coletivo e por isso a votação foi adiada para a próxima terça-feira (30).Alguns partidos no Senado, como o PSD, pressionam para que a análise da proposta seja retomada apenas em dezembro.