-Imagem (1.2427622)Em 1987, o deputado federal Antônio de Jesus (MDB), pastor da Igreja Assembleia de Deus em Goiás apresentou projeto de lei na Câmara dos Deputados para que a Bíblia ficasse sobre a mesa diretora à disposição dos constituintes que escreviam a Constituição promulgada no ano seguinte. Esse episódio marca o início da ascensão das religiões evangélicas na política, movimento iniciado na década de 1960. Atualmente a Frente Evangélica no Congresso Nacional conta com 204 membros, mais de um terço dos deputados e senadores; um ministro no STF, o controle de alguns partidos políticos, e compromisso do presidente Jair Bolsonaro, que declarou, em evento com os pastores em 8 de março, que dirige a nação para o lado que os evangélicos desejarem. Essa justaposição de política com religião mostrou uma face crítica na semana passada.Pastores no MECOs jornais O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo revelaram que desde a posse do ministro da Educação, Milton Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura levaram dezenas de prefeitos para reuniões e, segundo acusações de alguns deles, cobravam propina para facilitar repasse de verbas para esses municípios. Esse episódio abriu o debate sobre a relação entre religião e política, sobre o voto dos evangélicos e seu papel na sociedade brasileira. Nosso convidado para discutir esse tema é o bispo Oídes José Do Carmo, uma das lideranças evangélicas mais conhecidas no Brasil. O bispo Oídes é o presidente da Igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira Campo Campinas, com sede na Rua Senador Jaime, no mesmo bairro, presidente da CONEMAD-GO, que é a Convenção Estadual dos Ministros Evangélicos das Assembleias de Deus em Goiás, com quase 10 mil ministros filiados, e 3º vice-presidente do CONAMAD (a Convenção Nacional das Assembleias de Deus Madureira).