-Imagem (1.2523825)Você já teve ter ouvido falar em “ideologia de gênero”, escola sem partido, kit gay, movimento contra o aborto, campanha a favor das armas, e de defesa da família. Estes são alguns dos temas que alimentam a guerra cultural no Brasil, ou seja, são conflitos políticos sobre temas morais que entraram no debate político em 2018, ajudando a eleger o presidente Jair Bolsonaro, e que permanecem nas eleições de 2022.As guerras culturais não são um fenômeno novo nem ocorrem apenas no Brasil. Aliás, é um fenômeno internacional, mas que entrou no debate brasileiro mais recentemente. Se dependesse só presidente Bolsonaro a campanha eleitoral discutiria apenas esses temas da guerra cultural, porque ele mobiliza suas bases eleitorais, em especial os evangélicos.Já os demais candidatos tentam recolocar na pauta eleitoral os assuntos que são relevantes na vida do cidadão, como emprego, geração de renda, saúde, educação, etc. Professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e crítico literário, João Cezar Castro Rocha é estudioso das guerras culturais e autor do livro Guerra Cultural e Retórica do Ódio.A obra analisa a ascensão da direita no Brasil e a liderança de Bolsonaro alavancado pelas técnicas da guerra cultural, como a criação de um mundo paralelo e o uso do discurso de ódio contra o adversário político, transformado em inimigo. João Cezar é o convidado do Chega Pra Cá desta terça-feira para falar sobre esses assuntos.