-Imagem (1.2515073)O presidente Jair Bolsonaro trouxe o tema da religião e da fé para a política desde a campanha de 2018, quando incluiu a palavra Deus em seu slogan da campanha eleitoral. Neste 2022, novamente arrastou o assunto para a campanha, seja por meio de sua mulher, Michele Bolsonaro, ou de pastores aliados. O tema não chega a ser uma novidade na política, haja vista a criação da Frente Parlamentar Evangélica, ou simplesmente bancada evangélica, na Câmara dos Deputados lá em 2005. Bolsonaro, entretanto, foi mais além ao eleger a pauta de costumes da maioria das igrejas pentecostais e neopentescostais para o centro de sua agenda eleitoral. Ele ainda adota um tom messiânico em sua retórica eleitoral. O resultado das pesquisas divulgadas na semana passada indicam que essa estratégia está dando certo: o presidente tem vantagem de 17 pontos porcentuais sobre Luiz Inácio Lula da Silva no segmento evangélico.Há limites para a exploração eleitoral da fé? Por que a religião entrou no centro do debate eleitoral? Por que temas de comportamento e de costume atraem cristãos em pleno século 21? Para conversar sobre esses assuntos, o convidado desta terça-feira (23) do Chega pra Cá é o professor Uene José Gomes.Professor da PUC–Goiás, Uene Gomes tem experiência na área de Teologia e Ciências da Religião e em ensino religioso.Leia também: Cileide Alves entrevista o juiz Márcio MoraesCileide Alves entrevista Pablo Ortellado, professor de políticas públicas e pesquisador da USP