Jackson Abrão Entrevista: Angelita de Lima

<div attr-cid="policy:1.2415124" attr-version="policy:1.2415124" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2415124" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2415124', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2415124">Imagem (1.2415124)</a></div>Nesta segunda-feira (7/3), o programa Jackson Entrevista recebe a reitora da UFG, Angelita de Lima.

Vídeos

Assine - Offers Target - 2

Matéria - vídeo

Ao assumir a administração de Niterói em 2021, o prefeito Axel Grael (PDT) iniciou uma agenda bastante incomum como prioridade para uma administração no Brasil: atenção especial ao meio ambiente e às mudanças climáticas. O maior sinal nesse sentido foi ter criado a primeira Secretaria do Clima de um município no País.

O titular da pasta, Luciano Paez, esteve em Goiânia na segunda-feira (25) para apresentar o exemplo da cidade fluminense no evento Fórum Goiânia Resiliente, idealizado pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental (Idesa) e pelo Instituto Iandé Verde, em parceria com a Fiocruz Cerrados e o Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (Ciamb) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Paez foi à recente cúpula do clima, a COP 29, que ocorreu no Azerbaijão, em Baku, e avaliou o resultado como “não muito ambicioso”. Doutor em Mudanças Climáticas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde também se graduou em Geografia, ele também é professor da rede pública e privada de Niterói há mais de 20 anos. Em entrevista ao POPULAR, o secretário se mostra bem pragmático em relação ao quadro ambiental: “A gente não consegue frear as mudanças climáticas. Elas seguirão cada vez mais frequentes. Por isso mesmo é preciso nos preparar cada vez mais.” 
 
O que mudou em Niterói desde a implantação de uma Secretaria Municipal do Clima? 
A educação é a principal ferramenta de transformação cultural para uma sociedade, em qualquer área. Em Niterói temos exemplos específicos. Estamos fazendo um plano de educação climática, embora ainda não esteja 100% pronto, em uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com algumas ações desse plano, já vimos resultados positivos para as crianças, para a comunidade escolar, para a rede de professores. Isso vai desde a rotina da unidade de ensino, onde não se usa mais copo plástico, porque entenderam que é um material que vem de combustível fóssil e que, se cada um levar seu copo, isso será uma mudança importante. Então, banimos o copo plástico na escola. Os alunos também estão preocupados com o reflorestamento. Avaliam que precisam plantar mudas, em vez de destruir árvores, porque compreenderam que cada árvore é uma importante sequestradora de carbono e que, quanto mais ela cresce, mais ela retira carbono da atmosfera. 
 
E em outras áreas, como sua pasta está impactando? 
Niterói é uma cidade muito compacta e plana, também, onde se pode pensar várias estratégias modais, por exemplo. Em sua maioria, as regiões metropolitanas têm nos meios de transporte seu maior problema quanto à emissão de carbono. Então, precisamos repensar a mobilidade na área urbana. Em nossa gestão, alugamos 49 veículos elétricos, entre carros oficiais, vans, caminhões de coleta etc. É uma forma de a gente mostrar que precisamos fazer a indução da transição energética sem esperar o governo federal. A prefeitura tem realizado também um trabalho muito efetivo na questão cicloviária, o que está fazendo com que muita gente deixe o carro na garagem – ou até o negocie – e passe a usar a bicicleta como seu principal meio de transporte pela cidade, para ir para ao trabalho, à universidade, à escola, para o lazer. Niterói tem a ciclovia mais movimentada do País de segunda a sexta-feira, só perdendo para a de Copacabana no fim de semana. 
 
Há o envolvimento direto das camadas mais pobres da sociedade nesse processo? 
As favelas e comunidades são territórios muito sensíveis quando se fala em mudança climática, porque geralmente se encontram em áreas de risco. Precisamos atacar de frente as demandas nessas regiões. Iniciamos um programa social de neutralização de carbono nas comunidades: as famílias são cadastradas e passam por um processo de capacitação; então, recebem metas de redução de carbono em três setores – água, energia e resíduos – e, quando as alcançam, ganham renda por meio de cartão que criamos em forma de moeda social, a Arariboia Clima. Capacitamos as famílias, que se sentem acolhidas pelo poder público, e envolvemos a comunidade em uma economia verde de forma mais pujante. É um processo cheio de consequências positivas. 
 
Grande parte do problema ambiental, porém, vem não das pessoas físicas, mas das empresas. O que a cidade tem feito nesse sentido? 
Temos um programa de certificação para as empresas. A Secretaria do Clima possui como parceiras entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Conselho Regional de Contabilidade (CRC), o Sebrae, a CDL [Câmara de Dirigentes Lojistas], a Acierj [Associação Comercial e Industrial do Estado do Rio de Janeiro] e outras grandes instituições, que nos ajudam na capacitação de empresas que se voluntariam dentro desse programa. A partir de dados enviados a um grupo de auditoria, com a comprovação de que reduziram a emissão de carbono, elas ganham uma certificação municipal, o que sensibiliza novos negócios. 
 
Em termos de verbas para prevenir eventos extremos, o orçamento de Niterói tem sido adequado também? 
Sim. Estamos fazendo um investimento robusto em contenção de encostas. Na maioria esmagadora, as pessoas vulneráveis a desastres nessas áreas são moradores de favelas. Passamos por um desastre fatídico em abril de 2010, que ganhou repercussão nacional, o deslizamento no Morro do Bumba, quando infelizmente perdemos centenas de vidas. Em fevereiro de 2023, ou seja, 13 anos depois, tivemos a mesma quantidade de chuva daquele mês. Só que dessa vez ninguém morreu na cidade. Isso foi fruto de muito investimento nessa área. Estamos, de forma qualificada, atuando para um protocolo de evacuação, caso haja, por exemplo, risco de inundação. Fizemos a compra de um radar meteorológico de banda X, um dos mais modernos do Brasil, e que está operando já há dois anos. 
 
Durante uma gestão que parece tão dedicada à questão do clima, vocês estão conseguindo expandir esse debate? 
Temos vários grupos e instâncias colegiadas para isso. Por exemplo, o Fórum Municipal de Mudanças Climáticas; o Fórum das Juventudes; o Comitê Intersecretarial de Mudanças Climáticas, com dez secretarias de governo, entre outros. Fizemos o Plano de Ação Climática de Niterói, construído durante um ano para orientar as políticas públicas durante as próximas décadas. Já temos um documento para nortear Niterói frente aos eventos extremos, pelo menos até 2050, coisa que nem todas as capitais brasileiras possuem. 
 
A questão climática precisa ser tratada como política de Estado e não de governo. Apesar de o vencedor da eleição municipal (Rodrigo Neves, do PDT) ter sido da situação, a mudança de gestor preocupa em relação à continuidade do projeto? 
Eu considero que, na nova gestão, não vamos continuar no mesmo nível: vamos amplificar. Não porque o prefeito que entra agora seja melhor ou pior do que o anterior, mas porque a emergência climática é uma questão que vai precisar ser cada vez mais encarada. Essa agenda pública não tem mais volta. O que fizemos até agora é só um primeiro passo. Daqui para frente, é pegar esse primeiro passo e fortalecê-lo, mostrando tudo como referência positiva ao Brasil e ao mundo, como estamos fizemos aqui em Goiânia. 
 
E como o senhor vê o avanço da agenda climática nas cidades brasileiras em geral? 
É de nosso interesse que esse debate aconteça cada vez mais de forma efetiva em cidades como Goiânia, São Paulo, Fortaleza etc. Como gestores públicos, essa priorização é a de uma agenda para salvar vidas. Sabemos que vai ocorrer um evento extremo neste verão e que vai morrer gente nele. Vamos ficar de braços cruzados? Não podemos. 
 
O senhor tem esperanças de que haja uma mudança verdadeira no modo de a população em geral encarar a questão ambiental, passando a tratá-la com a prioridade que merece? 
Eu digo que sim, porque se não for pelo amor, será pela dor. A gente passou por isso recentemente no Rio Grande do Sul – a maior mostra que tivemos, por enquanto, daquilo que os eventos climáticos extremos podem produzir. Mas podemos incluir também os incêndios no Pantanal, a seca na região amazônica. Isso tudo cada vez será mais recorrente. E, a partir daí, os tomadores de decisão terão de saber qual seu papel no enfrentamento dessas mudanças.

"Se não aprendermos a lidar pelo amor, será pela dor", diz primeiro secretário municipal de Clima do Brasil

Cidades

Cidades - título

Matéria - Cidades

Mudanças climáticas

Jackson Abrão entrevista Paulo Ortegal

<div attr-cid="policy:1.3200575" attr-version="policy:1.3200575:1731932407" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3200575" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3200575', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3200575">Jackson Abrão entrevista Marcio Correa (1.3200575)</a></div>

O Jackson Abrão Entrevista desta segunda-feira (18) recebe o prefeito eleito Marcio Correa (PL) que acaba de vencer a corrida pela Prefeitura de Anápolis com 58,56% dos votos válidos. O candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro derrotou o candidato Antônio Gomide (PT).

<a href="https://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Acompanhe a transmissão a partir das 10h. 
&nbsp;

Jackson Abrão entrevista Marcio Correa

Política

Política - título

Matéria - Política

AO VIVO

vídeo do jackson e vilela

<div attr-cid="policy:1.3198545" attr-version="policy:1.3198545:1731447977" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3198545" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3198545', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3198545">vídeo do jackson e vilela (1.3198545)</a></div>

O Jackson Abrão Entrevista desta segunda-feira (11) recebe o prefeito eleito Leandro Vilela (MBD) que acaba de vencer a corrida pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia com 63,60% dos votos válidos. O candidato apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (União) e o vice-governador Daniel Vilela (MDB) derrotou o candidato Professor Alcides (PL) apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. 
 
<a href="https://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Acompanhe a transmissão a partir das 10h. 
&nbsp;

Chega pra Cá #130: Edward Madureira (PT), vereador eleito em Goiânia

Jackson Abrão entrevista Leandro Vilela

live

<div attr-cid="policy:1.3195071" attr-version="policy:1.3195071:1730723675" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3195071" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3195071', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3195071">live (1.3195071)</a></div>

O Jackson Abrão Entrevista desta segunda-feira (4) recebe a vice-prefeita eleita Cláudia da Silva Lira (Avante) que acaba de vencer as eleições na chapa com Sandro Mabel (União Brasil) para a Prefeitura de Goiânia com 55,53% dos votos válidos.&nbsp;

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

A tenente-coronel da Polícia Militar de Goiás Cláudia da Silva Lira é estreante na política e&nbsp; no início de 2025 ela deixará o uniforme militar de lado para abraçar uma nova "missão" em sua trajetória.

Acompanhe a transmissão ao vivo a partir das 10h.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/jackson-abr-o-entrevista-sandro-mabel-1.3192480" target="_blank">Jackson Abrão entrevista Sandro Mabel</a> 
<a href="https://opopular.com.br/videos/jackson-abr-o-entrevista-rasivel-dos-reis-santos-junior-1.3189430" target="_blank">Jackson Abrão entrevista Rasivel dos Reis Santos Júnior</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/jackson-abr-o-entrevista-aava-santiago-1.3186961" target="_blank">Jackson Abrão entrevista Aava Santiago</a></div>

<img attr-cid="policy:1.3195072" attr-version="policy:1.3195072:1730723798" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3195072/WhatsApp Image 2024-11-04 at 08.29.22.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
vice-prefeita eleita Cláudia da Silva Lira (Divulgação)

&nbsp;

&nbsp;

Jackson Abrão entrevista Cláudia da Silva Lira

Jackson Abrão Entrevista 

O Popular