A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reconhece a gravidade dos retrocessos de Donald Trump na área ambiental, mas tenta minimizar seus efeitos na COP 30, em Belém, planejada para ser o mais importante evento internacional do Brasil no terceiro mandato do presidente Lula. Para ela, os Estados Unidos sempre entraram nas discussões para atrapalhar. Logo, não muda muita coisa. Trump já assumiu fazendo apologia da indústria automobilística, do petróleo e do uso dos combustíveis fósseis em geral. Os passos seguintes foram retirar os EUA do Acordo de Paris, que limita emissões de CO2 na atmosfera, e suspender a contribuição de US$ 4 bilhões para o Fundo Climático da ONU. Ele vai ampliando o negacionismo e a propagação delirante de que não existe crise climática, que isso é coisa de esquerdista, de comunista. Javier Milei, aqui do lado, já segue o mesmo riscado e põe a Argentina na mesma rota, como se não estivéssemos numa emergência climática histórica, com incêndios devoradores, inclusive nos EUA, alagamentos, secas inclementes, geleiras derretendo, temperaturas recordes por toda parte.