Com a confirmação de que São Sidônio não faz milagre, o governo arregaçou as mangas para dar boas notícias e recuperar a popularidade do presidente Lula. Exemplo: medidas para conter os preços abusivos dos alimentos, decreto para evitar 6% de aumento nas contas de luz, liberação do FGTS de quem tinha optado pelo saque aniversário e a ampliação do empréstimo consignado para o setor privado, enquanto dá prioridade à aprovação da isenção do IR até R$ 5.000,00 no Congresso. Sendo ou não realmente necessárias, são medidas populistas, ou populares, e coincidem com um recuo de Fernando Haddad no palco, a entrada em cena de Gleisi Hoffmann, Lula se preservando e o vice e ministro Geraldo Alckmin assumindo a liderança nos dois principais temas do momento: além da inflação dos alimentos, as negociações com os EUA sobre a taxação de aço e alumínio.