Senhoras e senhores senadores, escrevo-lhes diante da notícia de que o presidente Lula indicou o advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se de uma decisão que, mais uma vez, reacende o debate sobre o papel da Suprema Corte na manutenção do Estado de Direito e sobre a responsabilidade constitucional do Senado em sabatinar, avaliar e aprovar ou rejeitar os nomes que lhe são submetidos. O indicado ganhou notoriedade nacional em 2016, quando foi citado em conversa telefônica entre o então ex-presidente Lula e a então presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, Dilma o tratou por “Bessias”, episódio que marcou indelevelmente sua imagem pública. À época, Messias era alguém de confiança direta do Palácio do Planalto, responsável por tarefas sensíveis para o núcleo político do governo.