Donald Trump e Mark Zuckerberg shipparam. À semelhança de Elon Musk, o CEO da Meta se converteu ao trumpismo em defesa da desinformação e da extrema direita. Mais do que a garantia do controle da privacidade e dos dados nas mãos de poucos, a aliança entre big techs e Washington é geopolítica. Trata-se de um imperativo para manter (ou recuperar?) a hegemonia estadunidense no século 21. Em 2023, quando Chris Miller publicou o livro que este título parafraseia, a preocupação central eram as disputas tecnológicas entre Estados Unidos e China em torno dos semicondutores (ou chips). Agora, essas disputas estão mais intensas e as big techs se comportam de maneira mais agressiva em relação às rivais chinesas. Os ‘ships’, Trump/Musk, Trump/Zuckerberg e outros, entraram na guerra dos chips. Os chips são essenciais para a fabricação de produtos, de eletrônicos a sistemas de defesa e de inteligência artificial, e constituem um pilar da economia global contemporânea. No entanto, a cadeia produtiva dos semicondutores é extremamente concentrada e interdependente, envolvendo poucos países e com funções bem definidas.