Neste mês que representa um momento especial e importante sobre a questão da saúde mental, e das reflexões relacionadas às prevenções ao suicídio, torna-se bem importante falar sobre os rostos intensos da solidão atual. Nossa relação com o mundo virtual tem tomado proporções graves, em tais quesitos; nas redes sociais, vemos publicações constantemente, na verdade, em afluxo assustador, de usuários comuns e influencers que sempre tendem a apresentar uma vida “melhor” do que a nossa. Esquecemos, muitas vezes, que o self é meticulosamente calculado, a foto: preparada, o texto do post pensado e repensado, para passar uma mensagem que, muitas vezes, e acredito que, na grande maioria das vezes, não diz respeito à verdade. Assim, em nossa solidão, cansados após o trabalho, e diante de tantas exigências que a vida hoje nos impõe, vemos e cremos em recortes artificiais do cotidiano do(s) outros(s), colocados nas redes sociais.